Lock Up: Grindcore levado ao limite da brutalidade
Resenha - Necropolis Transparent - Lock Up
Por Christiano K.O.D.A.
Fonte: Som Extremo
Postado em 31 de julho de 2011
Nota: 10 ![]()
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Depois de quase uma década, vem o tão aguardado novo trabalho de inéditas do Lock Up, talvez uma das únicas bandas do mundo que tem tanto prestígio e importância quanto o grandioso Terrorizer. Não é para menos. Para começar, o saudoso Jesse Pintado, fazia parte de ambos os conjuntos. E ambos levam seu grindcore ao limite da brutalidade.

Em seu terceiro álbum de estúdio, esse dream team formado por Nick Barker (bateria), Shane Embury (baixo), Tomas Lindberg (vocal) e Anton Reisenegger (guitarra) mais uma vez arregaça crânios com o mais violento esporro sonoro.
São 17 músicas calcadas na pura velocidade e peso, diretas e bestiais. Os vocais de Lindberg, que também está à frente do At the Gates, é gritado e potente. Assim como em "Hate Breeds Suffering", combinou com o espírito do grupo. Mas nesse play, ele parece muito mais raivoso. Nick Barker vive demolindo seu kit de bateria, como querendo dizer "lentidão é para os fracos!". Shane Embury (Napalm Death), outra lenda do underground, toca velozmente seu distorcido baixo, característica do músico que, entre os inúmeros projetos, também faz parte do Brujeria. E coube ao desconhecido Anton Reisenegger a difícil tarefa de substituir Pintado, um dos mais carismáticos músicos da cena em questão. Só que cara não fez feio não! Manteve o clima dos velhos tempos do conjunto.
Como se não bastasse tanta experiência e técnica, a Lock Up conta ainda com participações especialíssimas de outros mitos da música pesada - Peter Tägtgren (Hypocrisy – ex-vocalista da própria Lock Up) e Jeff Walker (Carcass). Se alguém ainda tinha dúvidas do poderio de "Necropolis Transparent", considere-as sanadas.
Aqui, como já era de se esperar, não há músicas que se destaquem. Todas possuem o mesmo peso e insanidade, totalizando mais de 40 minutos de terror. Produção perfeita, capa linda, qualidade mais que garantida. A Lock Up não mudou em absolutamente nada sua forma de executar grindcore. E nisso, eles são únicos. O álbum pode ser considerado uma extensão dos discos anteriores. Uma analogia válida aqui: são os Ramones do grind. Não tenho dúvidas de que esse estará entre os mais votados de melhores de 2011. E aí, grandes selos/gravadoras nacionais, quem lançará a versão nacional do CD?
Lock Up – Necropolis Transparent
Nuclear Blast – 2011 – Reino Unido
http://www.myspace.com/lockup
Tracklist
1. Brethren of the Pentagram
2. Accelerated Mutation
3. The Embodiment of Paradox and Chaos
4. Necropolis Transparent
5. Parasite Drama
6. Anvil of Flesh
7. Rage Incarnate Reborn
8. Unseen Enemy
9. Stygian Reverberations
10. Life of Devastation
11. Roar of a Thousand Throats
12. Infiltrate and Destroy
13. Discharge the Fear
14. Vomiting Evil
15. Stigmatyr (Bonustrack)
16. Through the Eyes of My Shadow Self
17. Tartarus
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