Sébastien: Power Metal com influências de Hard e AOR
Resenha - Tears Of White Roses - Sébastien
Por Júlio André Gutheil
Postado em 30 de janeiro de 2011
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Eis um precioso achado que eu devo ao meu grande amigo Pikachu Sama, do blog Discipline of Steel. O Sébastien é uma banda oriunda da Republica Tcheca, de músicos bem rodados na cena metálica do país, sendo de certa forma a remanescência de duas outras bandas, que por motivos diversos acabaram não vingando. O que temos aqui trata-se um Power Metal Melódico, repleto de influências de Hard Rock e AOR, delicioso de se ouvir e com um potencial gigantesco de muito em breve estourar no cenário internacional.

A união de músicos talentosos, apoio de uma boa gravadora, apadrinhamento de ninguém mais ninguém menos que a lenda Roland Grapow (ex-Helloween) e várias participações muito especiais, não poderia redundar se não num excepcional resultado final. Este "Tears of White Roses" reúne grandes nomes, muita inspiração e uma vontade enorme de fazer ótima música, de músicos ainda jovens mas com experiência, garra e determinação.
O disco começa com a extremamente melódica 'Musee du Satan Rouge', que tem uma pegada bem ao estilo Helloween, com muita personalidade própria, e conta com a participação do guitarrista da banda do Jorn Lande, Tore Moren. Tem ritmo intenso, ótimo refrão e esbanja energia e força de vontade. Não haveria maneira melhor de começar.
Depois temos 'Femme Fatale', outro petardo melódico de altíssimo nível e bom gosto, que tem um refrão que é impossível de não acompanhar. Esta conta com todo o talento e carisma da bela Amanda Somerville. Na sequência, 'Dorian' mantém a escrita de grandes refrões, grandes solos de guitarra, teclados atuantes e um quê sinfônico que dá um clima majestoso à música. E somos brindados com a inconfundível voz do frontman do Rhapsody of Fire, Fábio Lione.
'Remiel in Flames' tem uma levada muito hard rock moderno, mas com o peso característico do metal melódico. Outra belíssima faixa que merece todos elogios. Depois vem a faixa título, com jeitão oitentista nos seus teclados, ótimos riffs de guitarra, bateria cadenciada, mas conseguindo acelerar e ter bastante ginga. O refrão não é tão marcante, mas as linhas vocais (que contam com Mike DiMeo, que esteve no Masterplan até alguns anos atrás) conseguem suprir isso, dando todo o ar de grandiosidade que a faixa tem. A veia de Power Melódico fica super latente em 'Phoenix Rising', um excepcional metal melódico, fresco, rejuvenescido, sem apelar para clichês ou modices do estilo. Mais um vez com a guitarra poderosa de Rolland Grapow. Simplesmente demais!
Pesada, rápida e de um bom gosto impressionanete é 'Voices in Your Heart'. Nessa faixa, e na maioria das demais também, o vocalista George Rain lembra um pouco Tonny Kakko (Sonata Arctica) mas isso não é demérito, já que ele consegue e muito bem ter sua própria personalidade. Temos mais doses da voz poderosa de mister Lione em 'Fields of Chlum 1866 AD', uma música realmente épica, mais cadenciada, mas ainda pesada e grandiosa. De fato, uma verdadeira pérola metálica que esbanja feeling e poder.
Mais um vez a velocidade dá as caras, dessa vez em 'Lake of Dreams', que tem uma sensacional pegada AOR, lampejos de Hard Rock e o espírito do metal melódico europeu. A seguir chega 'Silver Water', repleta de feeling, guitarras bem contruídas, teclados por todos os lados e com passagens que são os mais genuíno Heavy Metalold school. Conta com o apoio de Apollo Papathanasio, vocalista do Firewind. Outro importante destaque do disco.
Pra fechar temos uma música dividida em duas partes. 'Black Rose Part-I' conta nos vocais com Doogie White, vocalista renomado que teve passagem pela banda de Yngwie Malmsteen, e é uma perfeita balada guiado por teclado, com um feeling tocante. E 'Black Rose Part II' segue na mesma proposta de ser uma linda balada, dessa vez com a voz de Amanda Somerville. É um lindíssima forma de terminar com este maravilhoso disco.
Eu ponho muita fé nessa banda, e acredito que com a divulgação correta, tem tudo para se tornar um dos grandes nomes do cenário contemporâneo do metal. Sinceramente espero que algum selo brasileiro se interesse por lançar o disco aqui no Brasil, já que seria algo extreamemnte lamentável restringir o trabalho magnífico desses tchecos apenas a downloads às vezes de baixa qualidade ou a quem pode comprar o importado.
Para resumir: um discaço!
O Sébastien é:
George Rain – Vocais e guitarra
Andy Moon – Guitarra
Peter Forge – Baixo
Rob Vransky – Teclados
Radek Rain – Bateria
Track List:
1. Musee du Satan Rouge (3:48)
2. Femme Fatale (4:15)
3. Dorian (4:14)
4. Remiel in Flames (4:10)
5. Tears of White Roses (4:04)
6. Phoenix Rising (3:27)
7. Voices in Your Heart (3:28)
8. Fields of Chlum (1866 A.D.) (4:34)
9. Lake of Dreams (3:49)
10. Silver Water (5:03)
11. Black Rose Part-I (3:14)
12. Black Rose Part-II (3:01)
Site oficial:
http://www.sebastienofficial.com/
Myspace:
http://www.myspace.com/sebastienband
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Como James Hetfield, do Metallica, ajudou a mudar a história do Faith No More
A única música do "Somewhere in Time" do Iron Maiden que não usa sintetizadores
A melhor banda de metal de todos os tempos, segundo Scott Ian do Anthrax
Os três melhores guitarristas base de todos os tempos, segundo Dave Mustaine
Os três clássicos do Iron Maiden que foram "copiados" do Michael Schenker Group
Os dois solos que, para Ritchie Blackmore, inauguraram a "guitarra elétrica inglesa"
West Ham une forças ao Iron Maiden e lança camiseta comemorativa
O álbum que rachou o Deep Purple: "O Jon gostou da ideia, mas o Ritchie não"
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
A melhor música de cada disco do Metallica, segundo o Heavy Consequence
Slash dá a sua versão para o que causou o "racha" entre ele e Axl Rose nos anos noventa
Cinco clássicos dos anos 90 que ganharam versões heavy metal
Marty Friedman conta o que o Metallica possui, mas falta ao Megadeth
As polêmicas escolhas do Nirvana para o "MTV Unplugged in New York"
George Harrison era "o cara mais infeliz do mundo", diz Jay Jay French


Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto



