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Mondo Cane: Mike Patton, 30 músicos e música italiana

Resenha - Mondo Cane - Mike Patton

Por
Postado em 11 de maio de 2010

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Em 2007, a Itália foi palco do primeiro show do Mondo Cane, um projeto de Mike Patton junto com uma orquestra de mais de 30 músicos. Qualquer pessoa que conheça um pouco da carreira de Patton saberia que tudo poderia ser esperado: Mike já cantou em tantos discos de tantos estilos diferentes que chamá-lo de "eclético" é pouco. E sempre caminhando para o mais experimental possível.

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Entretanto, a platéia que assistiu ao primeiro show do Mondo Cane não escutou nada tão pesado e frenético quanto o Fantômas, elaborado quanto o Mr. Bungle ou o Faith No More, sexy como o Lovage ou direto como o Tomahawk. A platéia viu um Mike interpretando clássicos da música italiana gravados nas décadas de 50 e 60.

Patton tem uma ligação muito forte com a Itália: foi casado com a artista italiana Titi Zuccatosta por 7 anos e tinha uma casa em Bologna. Fala italiano fluentemente e desde os tempos de Mr. Bungle já dava indícios de seu interesse pela música e cultura do país - basta escutar a faixa Violenza Domestica ou as versões que a banda fazia de músicas de compositores italiano em seus shows - como La Lucertolla ou Muscoli Di Velutto, de Ennio Morricone, ou mesmo 24.000 Baci, que ficou famosa na voz do "Elvis Italiano" Adriano Celentano.

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Eu já havia escutado o Mondo Cane através de um vídeo de ótima qualidade que anda circulando na web, de um show feito em Amsterdã em 2008. Foi amor à primeira vista. O repertório é impressionante, passando por momentos extremamente românticos - bregas, alguns diriam - como "Ore D'Amore", "L'Uomo Che Non Sapeva Amare" e "Senza Fine", jazzísticos como "Che Notte", suaves como "Deep Deep Down" e "Scalinatella" e até frenéticos, como "L'Urlo Negro". Entretanto, não havia um registro devidamente produzido destas canções com a orquestra. Pois bem, aqui está.

"Mondo Cane", o álbum, é extremamente bem produzido e traz os melhores momentos do repertório que a banda costuma executar ao vivo (apesar de ótimos momentos, como "Pine", "Fucile et Ochiali" e "Yeeeeeeh!" não terem entrado no disco). A voz de Patton está impecável como sempre.

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Os arranjos são um show à parte. A faixa de abertura, "Il Cielo In Una Stanza", difere bastante da versão original, do compositor Gino Paoli. Além do uso de guitarras, o andamento da música e a interpretação de Patton são grandes atrativos da releitura.

Em outros momentos, porém, o arranjo é praticamente igual ao original. É o caso de "Che Notte!", originalmente gravada por Fred Buscaglione em 1959 e "Ore D'Amore", famosa na voz de Fred Bongusto.

Além de ter um ótimo tracklist, o disco também vale como um ótimo lugar para buscar referências. Uma faixa que me chama muito a atenção é a pesadíssima "L'Urlo Negro", gravada originalmente em 1967 pela banda de rock The Blackmen. Particularmente eu não esperava que existisse esse tipo de música no fim dos anos 60, e a versão do Mondo Cane é bastante fiel à original exceto por uns poucos efeitos: os gritos estão todos lá.

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Outra faixa que merece destaque é a belissima "Scalinatella", originalmente de Roberto Murolo. O andamento mais lento do Mondo Cane deu uma melancolia incrível à canção, deixando-a tão boa quanto a original.

Belíssimo disco.

Recomendadíssimo.

Tracklist (originais ao lado):
1. Il Cielo In Una Stanza (Gino Paoli)
2. Che Notte! (Fred Buscaglione)
3. Ore D'Amore (Fred Bongusto)
4. Deep Deep Down (Ennio Morricone)
5. Quello Che Conta (Luigi Tenco)
6. L'Urlo Negro (The Blackmen)
7. Scalinatella (Roberto Murolo)
8. L'Uomo Che Non Sapeva Amare (Nico Fidenco)
9. 20km Al Giorno (Nicola Arigliano)
10. Ti Offro Da Bere (Gianni Morandi)
11. Senza Fine (Gino Paoli)

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Sobre Thiago Zanetti

Nascido em 1986 e apaixonado por música, Thiago é formado em Jornalismo pela Unesp de Bauru, mas é natural de Sorocaba/SP. Ouve de tudo, desde grindcore até música clássica, passando por diversos gêneros de música nacional e estrangeira. Toca em uma banda cover de Metallica, mas não tem preconceito musical: se é som, está ouvindo. Sempre aberto a novas bandas.
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