Salem Mass: estética sonora da virada dos 60 para os 70
Resenha - Witch Burning - Salem Mass
Por Ricardo Seelig
Fonte: Collector's Room
Postado em 02 de janeiro de 2009
Esse disco tem uma história interessante. Primeiro e único registro do grupo norte-americano Salem Mass, "Witch Burning" foi gravado dentro do bar favorito dos músicos, chamado The Red Bam, convertido em estúdio para a tarefa. Além disso, o órgão Moog com que o trabalho foi gravado tinha o número de série 023, ou seja, foi um dos primeiros a serem fabricados!

O som é um hard típico do início dos anos setenta, com grande influência da sonoridade psicodélica do final da década de sessenta, um gênero definido como heavy psych por alguns críticos. Os riffs de Mike Snead têm a mesma importância que as notas do teclado de Jim Klahr, dando um delicioso tempero vintage à música do Salem Mass.
Entre as faixas, destaque óbvio para a tour de force "Witch Burning", que batiza o álbum e tem mais de dez minutos de viagens instrumentais hipnotizantes. O típico som do Moog introduz a densa "My Sweet Jane", melancólica ao extremo, e que apresenta uma certa influência de Velvet Underground (não só no título, mas também na música).
"You Can´t Run My Life" tem um groove cadenciado perfeito para pegar a estrada, enquanto "You´re Just A Dream" é bem chiclete e poderia, sem medo, ter sido lançada como single, já que suas características tinham tudo para agradar, por exemplo, os órfãos fãs do Doors.
O disco fecha com "Bare Tree" e a quase pop "The Drifter", outra que apresenta um latente potencial comercial não explorado.
Enfim, "Witch Burning" é um álbum interessante, que proporciona uma audição agradável, principalmente para os fãs de Moog (que irão se deliciar com os solos de Klahr) e da estética sonora da virada dos anos 60 para os 70.
Vale a pena.
Line-up:
Mike Snead - Guitarra e Vocal
Matt Wilson - Baixo e Vocal
Jim Klahr - Teclado
Steve Towery - Bateria e Vocal
Faixas:
1. Witch Burning 10:26
2. My Sweet Jane 4:35
3. Why 2:44
4. You Can't Run My Life 3:50
5. You're Just a Dream 3:42
6. Bare Tree 6:53
7. The Drifter 3:14
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
O álbum clássico do Iron Maiden inspirado em morte de médium britânica
A banda de rock favorita do Regis Tadeu; "não tem nenhuma música ruim"
A canção emocionante do Alice in Chains que Jerry Cantrell ainda tem dificuldade de ouvir
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
O rockstar que Brian May sempre quis conhecer, mas não deu tempo: "alma parecida com a minha"
O melhor álbum do Led Zeppelin segundo Dave Grohl (e talvez só ele pense assim)
Andi Deris garante que a formação atual é a definitiva do Helloween
Loudwire elege os 11 melhores álbuns de thrash metal de 2025
O álbum do Led que realizou um sonho de Jimmy Page; "som pesado, mas ao mesmo tempo contido"
Metal: A escola de marketing que ninguém te contou
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
As 50 melhores músicas de 2025 segundo a Metal Hammer
A canção que Sandy & Junior recusaram e acabou virando hino do rock nacional nos anos 2000
Gene Simmons "cuidou" de Paul Di'Anno quando Iron Maiden fez tour com o Kiss
O hit dos Beatles do qual John Lennon sentia vergonha: "As letras são horríveis, sabe?"
A percepção de Hansi Kürsch, do Blind Guardian, sobre impacto do Sepultura e Angra

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



