Pyramaze: não soar genérico é cada vez mais desafiador
Resenha - Legend Of The Bone Carver - Pyramaze
Por Rodrigo Simas
Postado em 10 de dezembro de 2008
Nota: 7
Quase desconhecidos pela grande maioria dos fãs de metal e praticamente ignorados pela imprensa especializada, os dinamarqueses do Pyramaze apareceram para o público quando a notícia que Matthew Barlow (que voltou para o Iced Earth e já gravou o novo "Crucible Of Man") iria gravar o mais novo CD do grupo, "Immortal" (2008, já lançado), foi divulgada.
Mais maduro, o Pyramaze conseguiu trabalhar as partes progressivas sem soar pretensioso e uniu as melodias épicas aos andamentos quebrados sem perder suas influências de Power Metal, com um resultado promissor, que mostra uma evolução em relação a "Melancholy Beast", lançado em 2004.
"Legend Of The Bone Carver" (2006) ainda traz o bom Lance King (mais conhecido pelos seus trabalhos com o Balance Of Power) comandando os vocais, em sua melhor performance desde Perfect Balance, de sua antiga banda. Os teclados de Jonah Weingarten se sobressaem criando texturas sombrias, ajudados pelas competentes guitarras de Michael Kammeyer e Toke Skjonnemand.
Com músicas mais curtas (somente "Tears Of Hate" chega aos 6 minutos de duração), o álbum, conceitual, aposta em climas e refrãos pomposos, tornando-se melhor a cada audição, principalmente pela quantidade de nuances, variações e complexidade dos arranjos – nada que os fãs de prog não estejam acostumados (mas que pode surpreender quem esperava algo mais direto).
Mesmo pecando pela falta de originalidade, a história, que conta mais uma vez a eterna briga entre o bem e o mal, é bem representada nas 10 faixas que compõem a obra e é de fácil compreensão.
Os destaques ficam por conta das boas "What Lies Beyond", "Ancient Words Within", "The Bone Carver", "Bring Back Life" e da balada "She Who Summoned Me" (com um belo dueto de King com a vocalista convidada Christina Oberg), que conseguem unir as melhores qualidades da banda em composições sólidas - mas que ainda buscam uma identidade própria, o maior problema do Pyramaze.
Mesmo conseguindo reconhecimento internacional, a banda ainda terá que lutar para se sobressair no complicado mercado do metal progressivo – uma difícil tarefa onde não soar genérico é cada vez mais desafiador.
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