Holy Moses: a arte de fazer bom Thrash Metal
Resenha - Strenght, Power, Will, Passion - Holy Moses
Por Clóvis Eduardo
Postado em 21 de novembro de 2008
Nota: 8
A careira do Holy Moses é cheia de história. Quase 30 músicos já fizeram parte do grupo nascido nos anos 80, com álbuns de grande repercussão ou registros que passaram em branco. Mas o Thrash metal alemão com a voz rouca de Sabina Classen continua firme, mesmo apesar do pouco reconhecimento.
Há bandas com vocal feminino muito mais prestigiadas, como Epica, Nightwish, Arch Enemy, Doro ou After Forever. Mas nenhuma delas pode ser considerada tão experiente no mundo do metal como o Holy Moses. O disco "Strenght, Power, Will, Passion", lançado em 2005, e agora colocado no mercado brasileiro pela Dynamo Records, dá uma aula. Uma hora exata de puro thrash metal, com riffs poderosos, bateria rápida e os vocais urrados de Sabine, uma "diva" dos guturais. Desde o primeiro disco do grupo, "Queen of Siam", lançado em 1986, Sabine já fazia história, muito antes de alguns de nós sequer entender o que seria o rock.
O álbum tem gravação sem aquela produção extrema, como vem acontecendo com as bandas de thrash metal, como Destruction ou Kreator. O áudio é mais ríspido, mas mesmo assim não deixa de ser empolgante, principalmente com aquela levada balançante tipicamente germânica.
A banda tem uma história imensa, e olhar para o passado do Holy Moses é ver gente de peso já tendo escrito um pouco da história do grupo. Nomes como do guitarrista Thilo Hermann (Grave Digger, Running Wild), do baixista Dan Lilker (Nuclear Assault), assim como o baterista Uli Kusch (Helloween, Masterplan), é acreditar que o Holy Moses tem uma importância singular no metal mundial, e não é à toa, figura sempre entre as principais bandas de bons festivais europeus.
O disco é bem direto, com canções trepidantes, sempre encabeçadas pelo vozeirão de Sabina. Das melhores, "Angel Cry", "I Will", "Space Clearing" e "Lost Inside" são alguns exemplos de bom Thrash Metal, com os riffs rasteiros da dupla de guitarristas Franky Brotz e Michael Hankel, além do baixista Alex DeBlanco e o batera Julien Schmidt. Destes, apenas Hankel continua no grupo, junto é claro, com Sabine.
E um novo disco está prestes a aparecer por aqui. "Agony of Death", já foi lançado, e promete ser um dos destaques de 2008, se mantiver a linha dos últimos trabalhos do Holy Moses. Mas antes de buscar este lançamento, não deixe de conferir "Strenght, Power, Will, Passion". Você não vai se arrepender.
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