RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Stamp

Rolling Stones: O auge interminável documentado por Scorsese

Resenha - Shine a Light - Rolling Stones

Por Maurício Dehò
Postado em 23 de abril de 2008

O pico, auge, topo, é aquele momento especial de uma banda ou artista, em que se chega num nível em que não há outra: eles são os melhores no que fazem. Para o Metallica é o "Black Album", ou, pelo lado do Iron Maiden, seria seu "Powerslave". E assim por diante. Pelo menos até esbarrarmos em um caso nada comum e de nome conhecido por qualquer viv'alma: os Rolling Stones. Misturando Blues e Rock, estes ingleses já batem casa das quatro décadas e meia de atividade, com dezenas de discos lançados e outras centenas de fatos memoráveis (só as maluquices de Keith Richards escreveriam capítulos de sobra nesta História).

Rolling Stones - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Para onde mais ir? Lançar "A Bigger Bang" (2005), conseguir mais uma platina e depois vir ao Brasil tocar para um público de mais de um milhão de pessoas em Copacabana, Rio? Sim, mas isso não é muito "diferente". A mostra do tamanho que estes ingleses atingiram foi conseguir chamar a atenção do cineasta Martin Scorsese, que dirigiu filmes como "A Última Tentação de Cristo", "O Aviador" e "Os Infiltrados". O nova-iorquino, fã declarado da banda, resolveu filmar duas apresentações e colocar os Stones nas tradicionais telonas mundo afora.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

O resultado foi este "Shine a Light", que seria lançado em 2007, mas, com a repercussão que alcançou, foi adiado pela Paramount Pictures e teve seu debut de gala em fevereiro, no Festival Internacional de Berlim, na Alemanha, seguido pela distribuição mundial.

"Shine a Light" é basicamente um documentário em que Scorsese tenta, por meio da música e de fatos históricos da banda, descobrir porque Mick Jagger e Cia. conseguiram chegar a este auge interminável. Para isso, além de ter filmado duas apresentações, no Beacon Theater, em Nova York, nos dias 29 de outubro e 1 de novembro de 2006, ele apresenta as preparações para os shows e vai "salpicando" a performance dos veteranos com imagens e entrevistas de várias épocas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Um exemplo é quando Jagger afirma que não pensava que os Rolling Stones ficassem mais de três anos nas paradas. Já Richards não é modesto e admite que conseguia se ver nos palcos com mais de sessenta anos. É claro que tudo com muito humor, seja nas respostas monossilábicas do guitarrista ou a declaração de Ronnie Wood, quando afirma ser muito melhor que Richards.

A motivação para um fã de Rock levantar-se de seu assento e tomar o rumo do cinema mais próximo é justamente o de ver estes monstros na telona. O escurinho do ambiente da sétima arte, o silêncio do público e a música alta fazem o trabalho por si só. Junte a isso a energia de Jagger, Richards, Wood e (em menos intensidade, mas não com menos importância) o baterista Charlie Watts, e também toda a produção destes shows – contando iluminação, quarteto de sopro, backing vocals - e o resultado é de cair o queixo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

No set list, algumas surpresas, boas participações especiais e, é claro, clássicos desde a abertura com "Jumpin' Jack Flash". O country "Far Away Eyes", com Ronnie Wood na guitarra havaiana é uma das melhores canções escolhidas. Já os convidados são mais que especiais. Jack White (White Stripes) traz uma vibração diferente a "Loving Cup", do disco "Exile on Main St", de 1972. Depois disso, ainda há todo o Blues de Buddy Guy, com sua guitarra de bolinhas pretas, numa homenagem a Muddy Waters. E Christina Aguilera é irrepreensível em "Live With Me", de Let It Bleed (1969), provando que realmente manja quando o assunto passa pelo Blues e o Jazz.

Se a voz de Mick Jagger não mudou após tantos anos, sua energia (e entenda por isso o cálculo de reboladas por minuto) parece até aumentar. O inglês dança para cá, requebra para lá e não mostra o menor sinal de cansaço durante todo o set. Emocionante também é o momento em que Jagger dá um descanso e sobra para o excêntrico Richards dar uma de frontman. Primeiro, com uma capa à la pai do Capitão Jack Sparrow ("Piratas do Caribe"), canta sem guitarra "You Got the Silver", outra do Let It Bleed. Depois, empunhando novamente as seis cordas, faz "Connection", do Between the Buttons (1967). Grande momento!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Esta seqüência só evita que as duas horas acabem sendo muito tempo sentado na poltrona do cinema, assim como a inserção de entrevistas. Para o encerramento, os clássicos maiores, como "Star Me Up" e "(I Can't Get No) Satisfaction". Melhor impossível.

Para os Stones, realmente não há auge e a frase o céu é o limite cai como uma luva. É uma daquelas poucas bandas que, atingido o seu status, parece ter tranqüilidade de seguir fazendo apenas o que gosta, o necessário para manter sua posição no topo. "Shine a Light" é só mais uma prova disso. Banda forte, coesa. Produção de primeira linha. E um toque pessoal de Scorsese, que dá a sua visão do que é um show dos Rolling Stones, com tomadas diferentes das usuais e pegando o melhor que o quarteto principal e seus companheiros tem a oferecer. Bem acompanhado com pipoca.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Formação oficial:
Mick Jagger – vocal, guitarra e gaita
Keith Richards - guitarra e vocal
Ronnie Wood - guitarra
Charlie Watts - bateria

Track List:
Jumpin' Jack Flash
Shattered
She Was Hot
All Down the Line
Loving Cup – com Jack White
As Tears Go By
Some Girls
Just My Imagination
Far Away Eyes
Champagne & Reefer (de Muddy Waters) - com Buddy Guy Tumbling Dice
You Got the Silver – vocal de Keith Richards
Connection – vocal de Keith Richards
Sympathy for the Devil
Live with Me - com Christina Aguilera
Start Me Up
Brown Sugar
(I Can't Get No) Satisfaction

Direção: Martin Scorsese

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Gustavo Godoi Alves | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Maurício Dehò

Nascido em 1986, é mais um "maidenmaníaco". Iniciou-se no metal ao som da chuva e dos sinos de "Black Sabbath", aos 11 anos, em Jundiaí/SP. Hoje morando em São Paulo, formou-se em jornalismo pela PUC e é repórter de esportes, sem deixar de lado o amor pela música (e tentando fazer dela um segundo emprego!). Desde meados de 2007, também colabora para a Roadie Crew. Tratando-se do duo rock/metal, é eclético, ouvindo do hard rock ao metal mais extremo: Maiden, Sabbath, Kiss, Bon Jovi, Sepultura, Dimmu Borgir, Megadeth, Slayer e muitas, muitas outras. E é de um quarteto básico que espera viver: jornalismo, esporte, música e amor (da eterna namorada Carol).
Mais matérias de Maurício Dehò.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS