Matérias Mais Lidas


Stamp
Summer Breeze 2024

Ebony Ark: tecnicamente sofisticado e emocional

Resenha - Decoder 2.0 - Ebony Ark

Por Ben Ami Scopinho
Postado em 15 de setembro de 2007

Formado em 2002 na cidade espanhola de Madri, o Ebony Ark gravou apenas um álbum em 2004. Seu nome era "Decoder" e a atuação de seus músicos, em especial a da vocalista Beatriz Albert – eleita a melhor cantora de seu país no ano seguinte – chamou a atenção da gravadora holandesa Transmission Records, que construiu sua reputação por ter em seu cast bandas do porte de After Forever, Aina e Epica. Assim sendo, nada mais natural do que expandir seus negócios para territórios latinos, assinando com outro bom grupo com vocais femininos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Só que o resultado não foi um novo álbum com canções inéditas. O acordo entre a Transmission e o Ebony Ark acabou sendo a regravação de "Decoder", pois ambas as partes queriam ver o resultado mixado em Dolby 5.1, e não no simples formato 2.0 original. As gravações aconteceram em 2006 e agora tudo é novo, projeto gráfico, canções revigoradas; todo este trabalho de aperfeiçoamento ficou, no mínimo, espetacular, e acabou sendo batizado como "Decoder 2.0".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Musicalmente muitos vêm comparando o Ebony Ark com o Nightwish, em especial por causa de suas vocalistas. A coisa não é bem assim, tão simplista... Beatriz varia em muito suas linhas vocais, do óbvio operístico, passando por outros simplesmente limpos e até mesmo mais agressivos. E, no meio desta variação toda, é natural que eventualmente a semelhança com a Tarja apareça. E na seção instrumental, então, as diferenças são ainda mais gritantes, pois os espanhóis elaboram composições bem mais intrincadas, com muito de Prog Metal em meio a arranjos sinfônicos.

Tudo é tecnicamente sofisticado, mas emocional e de fácil assimilação. Algumas canções trazem a colaboração de vocalistas de bandas obscuras de seu país natal e, valorizando ainda mais o produto, esta segunda versão traz a participação inédita de Amanda Sommerville (Aina) cuidando das vozes de fundo, além de Marco Hietala (Nightwish) cantando em três canções, sempre em excelentes duetos com Beatriz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Na dificuldade em encontrar destaques, cito "Damned By The Past", mais pesada, com belos refrões e teclados, onde o já citado Hietala mostra sua voz; a semi-balada "Night's Cold Symphony" – que também traz uma versão alternativa, "A Merced De La Illuvia", cantada em espanhol – e "Farewell" com o refrão mais pegajoso de todo o disco.

Confesso que a equivocada impressão inicial, de que o Ebony Ark era apenas mais uma destas bandas góticas, foi devidamente dissipada. Os espanhóis executam suas canções com tal pujança que passam por cima de qualquer comparação que possa surgir. "Decoder 2.0" merece ser apreciado sem qualquer preconceito, e não apenas por amantes de Prog Metal ou de conjuntos com vozes femininas. Deve ser conferido por quem não abre mão de música de alta qualidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Formação:
Beatriz Albert - voz
Ruben Villanueva - guitarra
Javier Jimenez - guitarra
Diego de Francisco - teclados
Daniel Melian - baixo
Ivan Ramirez - bateria

Ebony Ark – Decoder 2.0
(2006 / Transmission Records – 2007 / Hellion Records – nacional)

01. In Our Memories
02. Dead Man's Lives
03. Damned By The Past
04. Thorn Of Ice
05. Night's Cold Symphony
06. Desire
07. Farewell
08. Humans Or Beasts
09. Dreaming Silence
10. Searching For An Answer
11. Ball And Chain
12. A Merced De La Illuvia

Homepage: www.ebonyark.com

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Outras resenhas de Decoder 2.0 - Ebony Ark

Ebony Ark: repleto de peso e passagens intrincadas

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bruce Dickinson
Jethro Tull

Grave Digger: Ceifando a vida dos incrédulos da Terra Santa

Resenha - Aurora do Triunfo Herétiko - Sevo

Resenha - Black Bible - Judas Iscariotes

Resenha - Master Executor - Warfield

Resenha - Ocean - Holdark

Resenha - SupremeInstinctNumb - Malice Garden

Varathron: A hegemonia do caos

Resenha do álbum "Eu Sou a Derrota", da banda Sangue de Bode

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Ben Ami Scopinho

Ben Ami é paulistano, porém reside em Florianópolis (SC) desde o início dos anos 1990, onde passou a trabalhar como técnico gráfico e ilustrador. Desde a década anterior, adolescente ainda, já vinha acompanhando o desenvolvimento do Heavy Metal e Hard Rock, e sua paixão pelos discos permitiu que passasse a colaborar com o Whiplash! a partir de 2004 com resenhas, entrevistas e na coluna "Hard Rock - Aqueles que ficaram para trás".
Mais matérias de Ben Ami Scopinho.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS