Nei Lisboa: a cena gaúcha tem identidade única
Resenha - Translucidação - Nei Lisboa
Por Ricardo Seelig
Postado em 11 de agosto de 2007
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
A cena musical gaúcha possui uma identidade única, muito diferente do resto do Brasil. O som dos grupos vindos do Rio Grande do Sul, pra começo de conversa, está muito mais ligado a influências do rock inglês do que a música que bandas de outros estados fazem.

O mercado local, marcado pela presença de duas grandes redes de rádio presentes em todo o estado (e também em Santa Catarina), mantém-se ativo e vivo com uma enorme quantidade de fãs e um circuito de shows intenso.
Nessa realidade, o nome de Nei Lisboa vem carregado de lendas, de histórias e de uma força quase mítica. O veterano trovador, que faz de Porto Alegre a principal personagem de suas canções, pode ser classificado, sem medo de errar, como uma espécie de Bob Dylan do sul. A força de suas letras, de suas histórias, de suas canções, faz parte da vida de seus fãs (antigos e novos) há mais de vinte anos.
"Translucidação", novo disco de Nei, apesar de não trazer nenhuma surpresa (o que em casos como o dele é quase uma benção), conta mais um capítulo de sua longa carreira. Contando com uma banda afiadíssima (Paulinho Superkovia na guitarra, Lucas Esvael no baixo, Luiz Mauro Filho no teclado e Mano Gomes na bateria), destila suas canções características em letras inspiradas, como podemos ouvir em "Tropeço" e "A Verdade Não Me Ilude". Além disso, transita também pelo repertório de Caetano, regravando "Muito", e Oasis, com uma bela versão de "The Importance Of Being Idle".
Nei Lisboa é um artista extremamente autoral, dono de uma personalidade gigantesca. Isso fica evidente, mais uma vez, em "Translucidação". Sua música, sua poesia, ao lado de nomes como Vitor Ramil, vem construindo ao longo das últimas décadas um estilo musical que poderia ser classificado como uma espécie de folk music gaúcha, do extremo do país, que une em um mesmo caldeirão influências vindas do velho mundo e de movimentos como a Tropicália e a Bossa Nova.
Enfim, só ouvindo pra entender.
Recomendado.
Faixas:
1. Translucidação
2. Côte D´Azur
3. Bela
4. Confissão
5. Clichê
6. Em Pleno Carnaval
7. Dois Meses
8. Mundos Seus
9. Tropeço
10. A Verdade Não Me Ilude
11. The Importance Of Being Idle
12. Muito
13. Festa do Kafu´s
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Os dois bateristas que George Martin dizia que Ringo Starr não conseguiria igualar
A obra-prima do Dream Theater que mescla influências de Radiohead a Pantera
A lendária guitarra inspirada em Jimmy Page, Jeff Beck e Eric Clapton que sumiu por 44 anos
Steve Harris admite que a aposentadoria está cada vez mais próxima
O defeito muito grave dos baixistas de heavy metal na opinião de John Entwistle
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
Regis Tadeu indica disco "perfeito" para uma road trip: "Todo mundo detesta, mas é bom"
Guns N' Roses lança duas novas canções
Youtuber que estava no backstage do último show de Alissa com o Arch Enemy conta tudo
O maior compositor do rock'n'roll de todos os tempos, segundo Paul Simon
Ouça "Nothin'" e "Atlas", novas músicas do Guns N' Roses
Sacred Reich anuncia o brasileiro Eduardo Baldo como novo baterista
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
Nicko McBrain caiu de joelhos e rezou por Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden
Corey Taylor: por que as pessoas estão abandonando o rock e o metal
Cinco discos de heavy metal para ouvir sem pular nenhuma faixa


"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



