Resenha - Love - Beatles
Por Rodrigo Kinchescki
Postado em 17 de dezembro de 2006
É, estamos novamente acompanhamento um lançamento de um "novo" álbum dos Beatles. Intitulado "LOVE", o disquinho traz músicas remasterizadas a partir das fitas originais que são utilizadas como trilha sonora para o mais recente espetáculo do Cirque du Soleil.
Talvez você deva estar se perguntando: -- Quando isso irá acabar? Todo ano a mesma notícia, e todos nós sabemos que os Beatles eram 4 caras que formavam algo mágico, e essa reunião hoje é impossível. E todos nós sabemos que de "novo", tirando material antigo ainda inédito, não teremos acesso, infelizmente. Sinceramente, isso não passa de oportunismo da indústria da música para manter suas vendas aceitáveis.
Será mesmo? Será que qualquer trabalho bem executado por nomes de respeito (leia-se George Martin e Cirque du Soleil) não vale a pena para, no mínimo, lembrar o histórico de contribuição do grupo para a música mundial?
O que pensar de uma banda que evoluiu tecnicamente de forma inversa ao convencional, ou seja, a técnica foi sendo adquirida enquanto batalhava em shows estafantes e noites intermináveis.
Como desprezar o pioneirismo em lançar composições no formato LP (inclusive com as letras das músicas encartadas) ao invés dos compactos com duas músicas sendo um marco no mundo fonográfico e é a forma utilizada até hoje.
E mais, como não agradecer que a idéia arriscada em lançar compactos com músicas não incluídas nos LP´S acabaria se tornando um diferencial aos fãs e uma arma utilizada hoje no combate à pirataria (incluí-se aqui DVD´S promocionais, CD-ROM, CD´S com entrevistas e clipe de lançamento, senha de acesso restrito aos sites oficiais).
Onde encontrar a solução para o problema de não estar em vários lugares ao mesmo tempo para divulgar novas músicas? Os Beatles acharam simples: gravar pequenos vídeos para apresentar as canções (eis que acaba de nascer, portanto, o infalível videoclipe).
Você que leu este texto até aqui, no mínimo já questionou minha imparcialidade sobre o assunto. Realmente sou um fã ardoroso dos garotos de Liverpool, porém não alienado.
Não parei no tempo e apenas ouço as músicas de meus prediletos. O que seria da história sem Led Zeppelin, The Doors, Creedence Clearwater Revival, The Who, Janis Joplin, Cream, Jethro Tull, Elvis Presley. O que seria da história da música sem suas maravilhosas e impetuosas personalidades.
Mas como não ressaltar uma banda que não se conteve e se enveredou pelo cinema ("Help!", "A Hard Day´s Night" e "Magical Mystery Tour") e animação (Yellow Submarine); que criou uma banda fictícia para lançar um disco tão complexo e inusitado (música indiana, fitas reproduzidas ao contrário, barulho de animais, orquestração) que é marco na experimentação musical!
É preciso muita ousadia para após todo este experimentalismo lançar um álbum duplo básico, com capa totalmente branca, mesclando em um único trabalho, pop, rock, blues, reggae ("Ob-La-Di, Ob-La-Da)" despretensiosos, com melodias e arranjos trabalhados sem soar inconsistente.
Tudo, sempre realizado com uma busca incessante pela perfeição, e sabemos que na música só desta forma bons músicos se sobressaem à gama de "novos talentos" que nascem todos os dias na mídia.
"LOVE" só vem a confirmar o quanto a música dos beatles é original, criativa, eclética e atual.
Oportunismo? Ou é isso que mantém a chama dos fabulosos acesa para que sejam conhecidos e amados por nossos filhos, netos, bisnetos...
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