Resenha - Transcendental - Imago Mortis
Por Rafael Carnovale
Postado em 01 de novembro de 2006
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Depois de contarem a saga de um ser humano à beira da morte (contagiando pela doença VIDA) no CD "VIDA: A Play Of Change", e excursionarem por todo o Brasil divulgando este CD (lançado em 2002) eis que o quinteto carioca Imago Mortis finalmente lança seu "Transcendental". Há pelo menos dois anos a banda preparava este CD, e o desafio era grande, já que seu antecessor foi um trabalho experimental e conceitual dentro da filosofia doom metal que o conjunto investe. Será que com este trabalho a banda transcendeu seus próprios limites e conseguiu se superar musicalmente?

Logo nos primeiros segundos de "Hall Of Souls" podemos ver que tal comparação antes de tudo é improcedente, pois estamos diante de um CD diferente de "VIDA": menos doom e mais metal, mais riffs, mais densidade no peso e um vocal fortemente influenciado por Messiah (ex-Candlemass). O peso e o andamento cadenciado continuam firmes em "Across The Desert", para dar lugar a uma atmosfera mais doom em "Undrying Tears" (os teclados estão muito bem inseridos). Chama a atenção o cuidado no uso dos riffs e as diferentes vocalizações de Alex Voorhees, bem mais emotivas do que em seus trabalhos anteriores.
Se este novo CD não é uma obra conceitual (os temas giram em torno da natureza do ser humano e de suas variações como ser pensante e racional), o mesmo é bem diversificado do ponto de vista musical: momentos mais suaves como "Searching For A Touch Of Divinity" e a balada voz/piano "A Sweet Lullaby" contrastam com a pegada gótica de "Into The Void" (algo de Sisters Of Mercy), o metal mais tradicional de "Kali-Yuga" e a diversidade musical de "Sangue E Dor" (letra interessantíssima, levada alternando metal/doom/black e o melhor momento do CD). O ouvinte precisará de mais de uma conferida para que o trabalho seja assimilado por completo. Quem espera pelo tradicional doom metal pode se deliciar com "Sea Of Uncertainty" e com os nove minutos da faixa título (com grandes vocalizações de Alex).
Digo sem medo que os caras lançaram seu melhor CD, mesmo apostando em vários estilos, já que conseguiram manter uma linha condutora, guiada pelas guitarras e vocal. Vale para quem curte heavy metal e para quem já acompanha a trajetória desta boa banda carioca. E que não levem mais quatro anos para lançar outro CD ok?
Formação:
Alex Voorhees – Vocal
Rafael Bianzeno – Guitarras
Dennis Pombo – Guitarras
Bruno Coe – Baixo
Andre Delacroix – Bateria
Faixas:
Hall Of Souls
Across The Desert
Udrying Tears
Searching For A Touch Of Divinity
Into The Void
Kali Yuga
Sangue E Dor
A Sweet Lullaby
Sea Of Uncertainty
Lovepath
Transcendental
Bring Out Your Head
2006 – Die Hard - NACIONAL
Site Oficial: http://www.imagomortis.com.br
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Com shows marcados no Brasil em 2026, Nazareth anuncia novo vocalista
Disco do Pink Floyd atinge o topo das paradas do Reino Unido 50 anos após lançamento
Brian May escolhe os 5 maiores bateristas e inclui um nome que poucos lembram
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
A banda que John Paul Jones considerava num patamar acima do Led Zeppelin
Cinco músicos brasileiros que integram bandas gringas
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
O megavocalista que Axl Rose teve como seu maior professor; "eu não sei onde eu estaria"
Blaze Bayley relembra reação de Steve Harris ao ser apresentado a "Man on the Edge"
Saída do Scorpions marcou queda irreversível de James Kottak: "Bebia o tempo todo. Dia e noite"
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
"M*rda de cachorro": a opinião de Liam Gallagher (Oasis) sobre o heavy metal
O disco que o incansável Max Cavalera mais se divertiu gravando
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional


