Resenha - C.U. - Jan Akkerman
Por Rodrigo Werneck
Postado em 06 de fevereiro de 2006
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O guitarrista Jan Akkerman e o tecladista e flautista Thijs van Leer foram durante anos os dois principais sustentáculos do grupo de rock progressivo holandês Focus. Após ter deixado o grupo, Akkerman mudou seu estilo, flertando com o jazz e o fusion, entre outros gêneros. Prestes a vir ao Brasil para se apresentar na terceira edição do Rock In Concert Brazil Festival, Akkerman apresenta neste seu novo disco algo que podemos definir como música instrumental contemporânea.

Uma interessante coincidência: dois dos maiores guitarristas surgidos no final dos anos 60, e que tiveram seus picos de popularidade e criatividade nos anos 70, seguem hoje linhas muito parecidas. Quem são? Jeff Beck e Jan Akkerman. Enquanto Beck vem lançando CDs desde 1999 com músicas inspiradas pela música techno, de grande pressão sonora e com uma guitarra cortante para adicionar peso, Akkerman em seu último disco, aqui resenhado, nos apresenta um som calcado na dance music, junto à qual adicionou sua característica guitarra, e tudo com muito bom gosto. Não acredita? Então procure ouvir... O disco foi lançado no Brasil pela Indie Records.
Akkerman explica que num belo dia, após um show seu, assistiu à banda que tocou em seguida ("Soulvation") e ficou fascinado com o som dançante, porém de qualidade, de um trio de músicos que se alternavam entre teclados, baixo e bateria programada. Daí surgiu sua idéia de gravar um disco instrumental com esses músicos, somando a sua guitarra. Eram eles: Michel van Schie (programações e bateria), Ronald Molendijk (bateria eletrônica e teclados adicionais), e Jeroen Rietbergen (teclados e programações adicionais). Para fechar o time, o baixista Wilbrand Meischke, que já vinha acompanhando Akkerman em outros trabalhos.
O disco C.U. (que significa "see you", por mais estranho que o título possa parecer em português), é uma coleção de faixas onde uma base dançante, com muito swing e groove, faz um tapete sonoro perfeito para as harmonias de Akkerman na sua guitarra semi-acústica, além de seus solos rápidos e melodiosos, bem característicos de seu trabalho desde os anos 80. A fórmula na maior parte das músicas funciona muito bem, como na faixa-título; no cover para "In Between The Sheets", dos Isley Brothers; em "Kloenk" e em "Blowing". O baixo criativo de Meischke dá um sabor especial aos arranjos, preciso e contagiante, e o trio oriundo do Soulvation cria uma sólida base rítmica. Outro destaque é a longa e instrospectiva música "Cottonbay", em seus mais de 10 minutos de duração, terreno fértil para Akkerman desfilar com toda maestria seus truques desenvolvidos em vários anos e trabalhos na linha do jazz.
Resumindo, uma boa mostra de que Jan Akkerman não parou no tempo, e mesmo quando corre riscos e tenta modernizar seu som, acaba por demonstrar que talento e genialidade podem conviver facilmente com bom gosto.
Tracklist:
1. See You
2. In Between The Sheets
3. I’m In The Mood
4. Dance The Blues Away
5. Cottonbay
6. Kloenk
7. Blowing
8. Slow Man
9. Urbanstring
Site: www.janakkerman.nl
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Iron Maiden bate Linkin Park entre turnês de rock mais lucrativas de 2025; veja o top 10
A lenda do rock nacional que não gosta de Iron Maiden; "fazem música para criança!"
Justin Hawkins (The Darkness) considera história do Iron Maiden mais relevante que a do Oasis
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
Cinco bandas de heavy metal que possuem líderes incontestáveis
Show do System of a Down em São Paulo entre os maiores momentos do ano para revista inglesa
Show do Slipknot no Resurrection Fest 2025 é disponibilizado online
Ian Gillan atualiza status do próximo álbum do Deep Purple
A banda de rock nacional que nunca foi gigante: "Se foi grande, cadê meu Honda Civic?"
Ian Gillan nem fazia ideia da coisa do Deep Purple no Stranger Things; "Eu nem tenho TV"
A dificuldade de Canisso no estúdio que acabou virando música dos Raimundos
O músico que atropelou o Aerosmith no palco; "Ele acabou com a gente"
Max Cavalera afirma que Donald Trump o fez reativar o Nailbomb
A banda brasileira que levou 4 mil pessoas a show na Austrália: "Cara, olha o que fiz"
O truque que os Beatles e o Bon Jovi adoravam usar e o Led Zeppelin fazia ao contrário
O megahit do Sepultura que conta com membro do Skank na gravação e poucos sabem
A resposta malcriada de Raul Seixas para fã que tentou o corrigir durante show

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



