Resenha - Nothing Is Easy - Jethro Tull
Por Thiago Sarkis
Postado em 25 de agosto de 2005
Nota: 10
Essa série de lançamentos da ST2 incluindo Sebastian Bach, Gillan And Glover, The Shadows, e este magnífico Jethro Tull é de tirar o chapéu. Música ressurge como cultura em discos desse calibre e, sinceramente, se o Brasil não responder bem a isso, é porque deve mesmo se contentar com o que lhe é imposto pelas redes de TV e rádio.
Para revigorar o raciocínio basta uma checada nos dados de "Nothing Is Easy: Live At The Isle Of Wight 1970", CD ao vivo que traz o Tull numa performance histórica durante o festival da Ilha de Wight, considerado o ‘Woodstock britânico".
Ian Anderson, Glenn Cornick e Clive Bunker excursionavam pelo terceiro ano de suas carreiras, acompanhados por Martin Barre, que entrou na banda em 1969, e o tecladista John Evan, novato que estreara recentemente em "Benefit" (1970). Na discografia constavam, além deste mencionado, somente "This Was" (1968) e "Stand Up" (1969), suficientes para colocá-los como segunda maior atração do dia 30 de Agosto de 1970.
Então imagine você num festival na Inglaterra - entre seiscentas mil pessoas no total de cinco dias de espetáculos - ainda se deliciando pelo show que acabava de terminar, ninguém menos que The Moody Blues, e aguardando pelo Jethro Tull, o qual, por sua vez, abria as portas para Jimi Hendrix. Remonta-se o cenário!
Desta maneira, sobe ao palco uma banda entrosada, liderada por flautista possuído que sequer contém a explosão de emoções entre um sopro e outro em seu instrumento. Bem-humorado, comunica-se com o público; igualmente o fazem seus companheiros, especialmente o sempre fantástico Martin Barre nas guitarras, e o inspirado batera Clive Bunker.
O início é marcado por "My Sunday Feeling", e "My God", à época canção inédita que apareceria apenas doze meses após a apresentação, em "Aqualung" (1971). Chega a hora de promover "Benefit", e não haveria composição melhor para isso que a fabulosa "With You There To Help Me", seguida de "To Cry You A Song". Com os arranjos de Anderson misturando raízes de blues, música clássica e andamentos celtas, vem "Bourée", de Johan Sebastian Bach. Na seqüência, a densa "Dharma For One" com solo de bateria, a intricada "Nothing Is Easy", e um ‘medley’ de "We Used To Know" e "For A Thousand Mothers" para fechar.
As atuações são tão estonteantes que os pequenos problemas na qualidade da gravação tornam-se ínfimos. Sou impossibilitado por nosso sistema – inapto a decimais - de registrar 9.5, e há males que vem para o bem. Sendo assim é dez... e fico imaginando que naquele mesmo festival tocaram Hawkwind, Sly And The Family Stone, Free, Cactus, Emerson Lake And Palmer, Ten Years After, The Who, Leonard Cohen, The Doors, Joan Baez e até o brasileiro Gilberto Gil. Ô inveja, isso mata mesmo!
Site Oficial – http://www.sebastianbach.com
Ian Anderson (Vocais – Flauta - Violão)
Martin Barre (Guitarra)
John Evan (Teclados)
Glenn Cornick (Baixo)
Clive Bunker (Bateria)
Material cedido por:
ST2 Music – http://www.st2.com.br
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