Resenha - Primer - Shane Gaalaas
Por Thiago Sarkis
Postado em 05 de maio de 2004
Nota: 5
Você pega a discografia de Shane Gaalaas a partir de 1995, quando tocou em "Magnum Opus" de Yngwie J. Malmsteen, até 2003, e só vê lançamento de alto gabarito. O Cosmosquad, os ‘n’ trabalhos com nomes como Michael Schenker, Joe Lynn Turner, Glenn Hughes, Vinnie Moore, Uli Jon Roth, Artension, etc. Aí ele decide lançar um álbum solo e é claro, uma segurança induzida diz que deve ser coisa de primeira linha. Que nada, a decepção é completa.
No encarte, Shane agradece a Deus pela oportunidade de realizar seu sonho, basicamente iniciar sua carreira solo. Bem dizem os psicanalistas sobre a forma dos sonhos e seus conteúdos enigmáticos, que trazem algo até então eficientemente velado. No caso do baterista em questão, descobrimos que seu sonho não passa de um devaneio.
Gaalaas assumiu a responsabilidade de tudo no álbum. Canta, toca guitarra, baixo, teclados, bateria ("novidade"), além de ter escrito todas as letras, mixado, produzido, e o escambau. Missão difícil que poucos músicos conseguem desempenhar.
"Primer" contém guitarras pesadas e bem tocadas, além de mixagem e produção realmente boas, com excelentes idéias. Um rockão direto com progressividades. No entanto, Shane Gaalaas não detona na bateria, tampouco se revela um grande compositor. Suas músicas são fragmentadas. Quebra-cabeças miraculosamente montados, já que todas as peças parecem estar no lugar errado.
Um amontoado de temas interessantes que não seguem a lógica – o que pode ser muito bom – porém, que infelizmente também não TÊM lógica. Canções como "New Beginning", "The Lost Weekend", "Carol" e "Time To Feed" deixam pedaços pelo caminho, pistas de que classe não falta, mas bom senso, certamente.
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