Resenha - Reign In Glory - Majesty
Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 24 de fevereiro de 2004
Nota: 8
"Heavy Metal Battlecry
Echoes in the mountains high
Heavy Metal Battlecry
Hail! Hail! Hail!
Heavy Metal Battlecry
Fight until we win or die!
Heavy Metal Battlecry
Hail! Hail! Hail!"
Depois dessa e da capa, merece um doce quem descobrir que estilo de metal o Majesty toca! A influência de Manowar é claríssima, inclusive no vocal de Tarek "MS" Maghary, lembrando muito Eric Adams (principalmente nos agudos) e complementado pela sua personalidade própria (sim, ele tem!).
Chamar qualquer música deste álbum de "épica" é certeza de redundância extrema. Só que o Majesty investe muito mais no power metal (Defender Of The Brave comprova a tese) do que seus principais influenciadores. "Thunder In The Silence" torna-se um destaque por fugir dos padrões determinados em faixas prévias e virar uma grande balada.
Nenhum dos instrumentistas é excepcional, ficando apenas dentro dos padrões exigidos, com destaques óbvios para a potente e adequadíssima voz de Tarek para o metal (característica básica de qualquer banda de "true metal"), a pegada e boa velocidade da bateria e os discretos e eficientes teclados de Andy Moll.
Nas músicas, podemos elevar Heavy Metal Battlecry (a porradaria grudenta de abertura), a faixa título (candidata á melhor refrão do álbum), Lord Of The Damned e Falcon In The Storm, que é a mais trabalhada, longa e completa, com altas doses de cadência e o termo "épico" elevado ao máximo.
A banda vem numa crescente muito boa, já que este é o seu terceiro trabalho de estúdio, a entrada de Rolf Munkes (complementando o time de verdadeiros dois guitarristas – já que antes uma delas ficava a cargo de Maghary) não foi aproveitada como deveria, corrigindo isso, melhorando o entrosamento e fazendo as guitarras ocuparem mais destaque, essa dupla (Rolf Munkes & Udo Keppner) tem tudo para fazer um trabalho bem superior no próximo álbum.
A produção "crystal clear" só peca por dar muito destaque ao vocal de Tarek ou á bateria de Michael Gräter em alguns momentos, deixando as guitarras um pouco escondidas. Ainda assim não chega a comprometer.
Visual true-metal, letras medievais, refrões grudentos aos milhares... a premissa é boa (ainda que pra lá de batida), mas falta ao conjunto mais personalidade nos riffs (-), solos (+) e nas composições num todo, coisa que Manowar e Hammerfall(para citar um representante mais recente) já fazem muito bem, o primeiro a anos.
O Majesty consegue divertir bastante, tem todos os requisitos para agradar aos fãs de metal em geral – um bom vocalista, riffs eficientes, velocidade, boa desenvoltura na criação de arranjos e melodias, letras evocando a força do estilo, para quem gosta de tudo que foi descrito aqui é certeza de dinheiro bem investido e se você odiar esse álbum com todas as suas forças, tomo a liberdade de retransmitir uma mensagem da banda:
"But if you don't like our style: Fuck Off and die!!!
Dig a grave and take your lies!!! (…)
Hey poser, we know what you do.
So beware, we are huntin’ for you."
E tenho dito!
Formação:
Tarek "MS" Maghary (Vocals, Keyboards)
Rolf Munkes (Lead & Rhythm Guitars, Backing Vocals)
Udo Keppner (Rhythm Guitars, Backing Vocals)
Martin Hehn (Bass, Backing Vocals)
Michael Gräter (Drums, Backing Vocals)
Andy Moll (Keyboards, Backing Vocals)
Track List:
01 – Heavy Metal Battlecry
02 – Into The Stadiums
03 – Reign In Glory
04 – Will Of The Cobra
05 – Defender Of The Brave
06 – Lord Of The Damned
07 – Heroes
08 – Thunder In The Silence
09 – Troopers Of Steel
10 – Falcon In The Storm
Tempo Total: 65:07 min.
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