Resenha - VIDA; The Play Of Change - Imago Mortis
Por Eduardo Lema
Postado em 25 de dezembro de 2002
Nota: 10 ![]()
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Fiquei realmente impressionado ao ouvir do cd "VIDA The Play Of Change" da banda Imago Mortis. Me veio ao pensamento: estamos falando do mais nacional produto, é um orgulho ter uma banda como o Imago Mortis no Brasil.

Após a grande repercussão do primeiro álbum, o "Images From The Shady Gallery" que ficou entre os melhores álbuns brasileiros por três anos consecutivos, podemos nos deleitar com o "VIDA The Play Of Change".
O cd é totalmente conceitual e conta de forma arrepiante a história de alguém que está sofrendo de VIDA, uma doença terminal e incurável. Faixa a faixa é representado o estado que essa pessoa se encontra até a sua morte.
Abrindo o cd já nos deparamos com a "Long River" onde é possível notar o belo trabalho de Alex Voorhees mandando super bem nos vocais. Vale lembrar que este é o primeiro trabalho em estúdio com Alex nos vocais após a saída de Fernando Sierpe (vocalista do primeiro CD).
Nas faixas seguintes como "Central Hospital" e "Three Parchae" o ouvinte já estará totalmente envolvido pela história de VIDA. De repente nos deparamos com "Pain", onde um dos grandes destaques, o Baixo de Fabio Barretto dá um tom todo especial para a música... sem dúvidas um dos pontos altos do cd. Mas adianto que é impossível focar-se em um só músico ou uma só faixa; todas as músicas e todos os músicos sem exceção são diferenciais.
E o VIDA segue com "Envy", "Me and God", "The Silent King", "Insomnia", "Terminal Christ", "Unchained Prometheus" e "Saudade".
O que falar de "Envy"... a música é poderosa e divertida ao mesmo tempo, um misto de clássico com o nosso bom e velho Metal. Nesta música a estrela maior é o baterista André Delacroix; paradas, viradas, solinho, tudo o que um baterista deve fazer, só que com carga de emoção, técnica e muita garra. Posso afirmar que Delacroix em pouquíssimo tempo será um baterista de destaque internacional, porque nacional ele já é.
"Me and God" é simplesmente maravilhosa, tanto na interpretação de Alex Voorhees (vocal) quanto na guitarra de Fabrício Lopes. Fabrício faz algo tão sublime e tão poderoso que não tem como deixar de notar toda a emoção e desespero descritos neste momento do cd.
"The Silent King" é o melhor hard metal rock que já ouvi. Uma pegada totalmente dançante que dá a maior vontade de chamar os amigos e fazer uma festinha em casa. Em determinado momento da música, existe um pequeno texto em francês e mais algumas palavras que não se podem identificar facilmente, algo realmente fascinante.
"Insomnia" vem com toda a carga do momento em que o doente já esta bem próximo à morte. Conter as lágrimas é algo que provavelmente, quem ouvir esse cd com "ouvidos de arte", vai fazer. Mais uma vez a guitarra de Fabrício Lopes e o piano de Alex Guimarães nos emocionam ao extremo, sem contar o sussurro ao fundo da letra, nada mais nada menos que Shakespeare. Colada a "Insomnia" vem "Terminal Christ". É a hora em que o personagem morre.
"Unchained Prometheus" representa o enterro do personagem, é um dos momentos, se não o momento mais tocante do cd. É um clássico. Alex Guimarães compôs uma passagem de piano completamente perfeita, não tem como você ouvir e não imaginar o enterro do personagem.
E então vem "Saudade", o momento mais sublime do cd, como o próprio nome da música. Expressa o verdadeiro sentimento, é terminantemente impossível ouvir a música sem sentir saudade de algo ou alguém, e como essa palavra só existe em nosso idioma, não poderia ser diferente, a pequenina letra da música é em português, apenas quatro frases cantada com maestria por Fabrício Lopes. Vale destacar que foi ele que executou a musica toda. Pena que só são quatro frases, ao meu ver o Imago Mortis é a única banda nacional que tem capacidade de compor e cantar músicas em português com qualidade; não descaracteriza, não soa ridículo, ao contrario fica perfeito.
VIDA ainda conta com uma faixa interativa, "The Play Of Change - O Jogo da Mudança". Esse é um jogo de oráculo, baseado no tarot, i ching e outros jogos, e foi criado por Fábio Barreto.
Só posso terminar essa resenha com uma frase: "Imago Mortis, muito obrigado por nos presentear com tanto talento"
Line Up:
Alex Voorhees – Vocal
Fabrício Lopes – Guitarra e Backing vocal
Fabio Barretto – Baixo e Backing vocal
Alex Guimarães – Teclado, Órgão, Hammond e Backing vocal
André Delacroix - Bateria
Site: www.imagomortis.com.br
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