Resenha - War Games - Grave Digger
Por Fernando De Santis
Postado em 07 de janeiro de 2005
Nota: 8
Quase duas décadas após o lançamento original, a Century Media disponibiliza no Brasil, "War Games", disco que fora lançado em 1986, após o bem sucedido "Witch Hunter". Na ocasião, o Grave Digger era formado por: C.F. Brank (baixo), Albert Eckardt (bateria), Chris Boltendahl (vocal) e Peter Masson (guitarra).
O disco aborda temas de guerra, como o nome do álbum já sugere. No encarte é possível ver imagens de guerra ou bombas, em gráficos no estilo vídeo game do tipo "Atari", fazendo uma referência ao título "War Games". Musicalmente, a banda soava muito mais crua em relação ao som que eles fazem atualmente. Tudo muito mais direto, guitarra com timbre no estilão heavy metal tradicional, vocal de Chris mais agudo e rasgado e composições menos complexas. "Keep on Rockin" é um metal direto, sem firulas, mas com um refrão bem grudento e com coro de vozes. "Heaven Can Wait" é aquela típica composição que começa com riff marcante e toda a melodia é baseada nele. Chega até soar um pouco como Judas Priest.
"Love Is Breaking My Heart", pelo nome, já dá para perceber que é uma música meio que destoada das demais. Não só pela temática, mas pelo estilo. É uma baladinha romântica, mas muito interessante, com "piano" de fundo e um refrão muito bonito. Chris é o destaque na faixa "Paradise", que é outra composição construída em cima de um riff, mas que tem um refrão mais cadenciado. Destaque também para o belíssimo solo de Peter Masson, que não é virtuoso, mas é cheio de sentimento. "(Enola Gay) Drop The Bomb", volta a falar de guerra e bomba atômica e é o destaque do disco, por ser muito empolgante. Com certeza fez muitos garotos "baterem cabeças" nos anos 80 ao som dessa desse clássico. O álbum é encerrado com a faixa instrumental "The End", meio sombria, com sons explosões de background.
"War Games" não foi tão bem sucedido na época, mas carrega todo aquele clima de Heavy Metal tradicional dos anos 80. Som bem cru, mas muito empolgante, que é sempre bom ser revivido. Uma boa aproveitar esse relançamento da Century Media e coloca-lo na coleção.
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