Resenha - Old And Real Thoughts - Silver Blade
Por Haggen Kennedy
Postado em 27 de abril de 2000
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Foi em Janeiro de 98 que essa banda Paranaense nasceu. Desde então vêm fazendo o que propunham desde seus primórdios, há dois anos: tocar Heavy Metal. Após seu primeiro CD-Demo (lançado apenas sete meses após a formação da banda), os rapazes da Silver Blade resolveram atacar de novo, lançando o épico "Old And Real Thoughts" pela Megahard Records. Com 9 faixas, o petardo não foge da pretensão do grupo, desfilando exatamente o bom heavy o que a banda estabeleceu como meta.

"Carpe Diem", a faixa de abertura, já dá uma idéia da linha que esse disco segue. Realmente mostra bons riffs guitarrísticos que remetem o ouvinte aos anos 80 e a mais pura sonoridade da época. O que vale a pena destacar nessa música é o senhor Elizeu Pereti, que mostrou uma linha bem elaborada e rapidíssima de baixo. Haja mão.
A seguir, vem "End of the World" com a idéia que se estabelece no decorrer do álbum: parece que cada música que surge é melhor do que a anterior. A melodia é muito bonita e cativante. Mas que o prezado leitor não se engane: é pancadaria heavy do começo ao fim. Ponto para o baterista, que mostrou que a bateria é mais a extensão de seu corpo do que um instrumento tocado.
"In The Land of Losts", a terceira faixa é melhor que a segunda e a primeira - como já havia sido mencionado. Os fraseados de guitarra são bem legais e, assim como a segunda música, dá pra sentir o grande entrosamento entre os músicos. É até interessante porque, visto friamente, são apenas 2 anos de estrada, enquanto que na maioria dos casos leva vários anos para se estabelecer uma conexão firme de linha de pensamento dentro do grupo.
Bem, o disco vai seguindo com "Why Fear?", que também é uma boa música, mas não tanto quanto as anteriores, e depois "Run to the Adventure", que já é de certa forma mais interessante que a prévia. Porém, a melhor faixa do disco é a maravilhosa "Sands of Time", com seus 7:32 minutos. A melodia é simplesmente perfeita e as mudanças de tempo existentes são encaixadas de forma certa na canção. Lá pro final dos 3 minutos e começo dos 4, na música, pode-se ouvir a mais pura beleza guitarrísca com a simplicidade - mas eficácia - da melodia rastejante e extremamente cativante. Sem falar no refrão, que também é perfeito.
A seguir, duas faixas interligadas: "Medieval History" parte 1 e 2, que contam a batalha sendo vencida e a situação após a guerra, respectivamente, com a ressalva de que a parte 1 é instrumental - porém, não menos bela. Por último, a balada "Live Again... Forever" fechando o disco.
No resumo, pode-se dizer que "Old And Real Toughts" é um bom disco. Os únicos poréns são que a produção sonora deveria ser um pouco melhor (as guitarras ficaram um pouco baixas e, por conseqüência, perderam peso) e algumas exageradinhas vocais - nada que a estrada (e um bom produtor) não resolva. De resto, é um excelente lançamento, a parte de composição instrumental é intocável, assim como as letras, que passam uma atitude extremamente positiva no modo de ver a vida. Parabéns!
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 5 melhores álbuns do rock nacional, segundo jornalista André Barcinski
A banda de thrash fora do "Big Four" que é a preferida de James Hetfield, vocalista do Metallica
Os 16 vocalistas mais icônicos da história do rock, segundo o The Metalverse
Guns N' Roses é anunciado como headliner do Monsters of Rock 2026
Os dois maiores bateristas de todos os tempos para Lars Ulrich, do Metallica
A música favorita de todos os tempos de Brian Johnson, vocalista do AC/DC
Os 50 melhores discos da história do thrash, segundo a Metal Hammer
Inferno Metal Festival anuncia as primeiras 26 bandas da edição de 2026
Exodus: quando a banda "engoliu" o Metallica e nunca mais abriu para eles
O disco de reggae que Nando Reis tem seis exemplares; "Quase como se fossem sagrados"
A canção do Queen que Brian May achou que era piada até ouvir "estou falando sério"
A música sobre melancia e infância que fez Ricardo Confessori voltar ao Angra
As 10 melhores músicas do Slayer, segundo o Heavy Consequence
Dave Mustaine confirma que regravou "Ride the Lightning" em homenagem ao Metallica
"Entrei na turnê de despedida do Judas e ainda estou aqui 15 anos depois", diz Richie Faulkner


Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
"Hollywood Vampires", o clássico esquecido, mas indispensável, do L.A. Guns
"Hall Of Gods" celebra os deuses da música em um álbum épico e inovador
Nirvana - 32 anos de "In Utero"
Perfect Plan - "Heart Of a Lion" é a força do AOR em sua melhor forma
Pink Floyd: O álbum que revolucionou a música ocidental


