Resenha - Q2K - Queensryche
Por Fire Power
Postado em 13 de abril de 2003
Com certeza Q2K será um álbum único em toda a discografia da banda, pois trata-se de um periodo de transição, ou seja, neste álbum encontramos elementos dos três últimos álbuns do Queensryche, Empire, Promissed Land e HITNF.
Isso é Bom ou Ruim? Depende do ouvinte. Encontramos bons riffs, solos interessantes, boa participação da indefectível "cozinha" composta por Eddie Jackson e Scott Rockfield (este inspiradíssimo), além das vocalizações perfeitas de Geoff Tate. Porém, é notável que a banda encontra-se perdida em relação ao direcionamento musical a ser adotado, ou seja, ora encontra-se caracteristicas do Queensryche da fase "Empire", principlamnte nas músicas mais lentas, e na colocação vocal de Tate, ora encontramos a banda introspectiva com toques de Rock Progressivo Setentista como no Promissed Land; e por fim encontramos residuos de Grunge, como no polêmico HITNF.
As músicas em si possuem qualidade, principlamente as que remetem à fase progressiva e hard rock da banda, como é o caso de "How Could I..", "Liquid Sky" e a emocionante balada "The Right Side Of My Mind". Outros momentos interessantes podem ser encontrados nas faixas "Falling Down", "Sacred Ground" e na pesadona "Breakdown", mostrando um estilo novo, diferente de tudo que se ouviu em matéria de Queensryche. Porém existem composições pouco inspiradas como o caso das fracas "Burning Man" e "One Life", completamente desnecessárias.
Q2K sem dúvida é melhor que seu antecessor, mas ainda está longe de clássicos como The Warning, Rage For Order e Operation: MindCrime, recomendado apenas para os fãs de carteirinha. Vale destacar a bela capa, realmente interessante.
1. Falling Down - Uma música no mínimo interessante. A levada de bateria é intensa e pulsante, o bom riff com clima setentista além da boa atuação do vocal, criam um clima descontraído, um tema que está longe de ser Heavy Metal, mas que entretanto empolga pela originalidade. Destaque para os solos, Kelly Gray usa e abusa de melodias bluesy, jah Wilton viaja na linha hard rock como de costume! Faling Down está no lugar certo!
2. Sacred Ground - Uma música com arranjos simples, que investe mais em melodias de voz bem aplicadas e variações de tonalidades. As guitarras criam uma atmosfera psicodélica, usando e abusando de efeitos. É interessante, porém irá desagradar fãs mais radicais, ou aqueles que procuram uma sonoridade mais pesada e direta.
3. One Life - Uma das bolas foras do álbum. Levada arrastada, uma semi balada sem impacto, com vocais melancólicos e guitarras com timbres abafados, em muitos momentos esta se aproxima do grunge, nao empolgam, pelo contrário tira a boa impressão deixada pelas duas boas músicas do inicio. Os bons backing vocals salvam One Life, mesmo assim não fazem milagre.
4. When The Rain Comes - Intimista, climática e progressiva. Os timbres das guitarras lembram um pouco Led Zeppelin. Tate mais uma vez mostra-se perfeito. Ótimas melodias, boa variação dos timbres e uma interpretação bem emotiva. Em suma, uma boa música.
5. How Could I - O retrato da proposta da banda neste álbum é encontrado nesta música, ou seja, nela estão contidos arranjos mais simples, melodias acessiveis e cativantes, andamentos cadenciados com a ótima participação da bateria de Scott Rockfield, além da presença de clímax, ou seja, a música ganha em emoção e em peso em seu decorrer. Fugindo do Grunge (Ainda bem!).
6. Beside You - Razoável, tem boas idéias, principalmente na hora do refrão, entretanto as harmonias das guitarras são um tanto quanto pobres, já que trata-se de uma balada, ou seja, a ausência de um belo solo e de um riff marcante fazem de Beside You monótona. Apesar de não ser péssima é um tanto quanto dispensável.
7. Liquid Sky - A melhor faixa do álbum. As guitarras sincronizadas já entram solando nos instantes iniciais da música. Como antigamente, Tate arrasando com um timbre que varia de grave para médio e ótimos riffs disparados pela dupla Wilton e Gray. Porém o que mais impressiona nesta música é o refrão, perfeito, cativante, e de facil assimilação, ótimo para shows.
8. Breakdown - Pesada, com guitarras bem graves e uma linha de baixo bem dinâmica, criam uma parede sonora que dá um ótimo suporte para a voz potente de Geoff Tate, este interpretando a música como ninguém. O Fator Clímax está presente em Breakdown, a música vai ficando mais tensa e emocionante com o tempo. Um novo caminho que pode ser explorado nos próximos álbuns.
9. Burnning Man - A pior faixa de Q2K, que a essa altura prova que a banda está à procura de um novo direcionamento musical devido à grande diversidades de estilos contidas nas faixas do mesmo. Burning Man não foge a regra, é diferente de todas as antecessoras, e infelizmente a banda não acertou desta vez. A boa levada de bateria é o únco ponto positivo desta música que possui efeitos irritantes, péssimas melodias de guitarras e um refrão chato e repetitivo.
10. Wot Kinda Man - Calcada no estilo de HITNF, entretanto menos arrastada, com uma participação intensa da bateria de Scott Rockfield, que é o destaque absoluto do álbum, além de ter um clima bem empolgante e uma boa variação de ritmos. Vale destacar a linha de baixo de Eddie Jackson, que dá o "groove" necessário para este estilo de composição
11. The Right Side Of My Mind - Mais um momento de inspiração pura. Notamos que o velho Queensryche dá sinais de vida em faixas como esta. Uma viagem em melodias arrastadas e calmas que cuminam em um ótimo refrão com ótimos arranjos de voz capitaneadas pelo mestre Geoff Tate. As guitarras hipnotizam o ouvinte ora com efeitos pscodélicos, ora com riffs mais fortes, ou ainda com solos cheio de feelings. A letra desta música também é interessante, com seu enfoque psicológico.
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