Tarkus: Os cinquenta anos de um clássico do Rock Progressivo
Por José Luís Moreira
Postado em 22 de junho de 2021
Há cinquenta anos o supergrupo Emerson Lake & Palmer, ou simplesmente E L P como ficou internacionalmente conhecido, lançava no Reino Unido o seu segundo álbum de estúdio e seu primeiro trabalho conceitual. Na icônica capa desenhada por William Neal, a cabeça e a couraça de um tatu-canastra embasada em uma esteira de um tanque bélico retratam este momento épico do gênero.
Emerson Lake And Palmer - Mais...
Nesta longa suíte Keith Emerson mostra toda a sua criatividade e talento na arte de compor e pilotar seu órgão Hammond e seus sintetizadores Moog, instrumentos que ele colaborou com o engenheiro americano Robert Moog na criação de alguns modelos analógicos, monofônicos e polifônicos.
Tarkus tem o seu lado "A" tomado totalmente pela música título, com mais de vinte minutos de duração e dividida em sete partes. O conceito da obra em que o tatu briga com uma figura lendária da antiga Pérsia veio dos resultados obtidos através das pesquisas de ritmos realizadas por Emerson e Palmer durante a turnê europeia de lançamento do álbum de estreia do grupo. A gravação foi realizada em Londres e contou com trabalho do competente Eddie Offord na engenharia de som.
A importância desta faixa pode ser dimensionada pelas inúmeras interpretações realizadas ao longo dos anos por vários tecladistas ou de grupos ao redor do mundo. Seja pela multi-instrumentista americana, cega, Rachel Flowers - que acabou por ser uma especialista em covers da banda, e muito admirada pelo seu ídolo maior - que faz uma belíssima leitura ao piano solo, seja através da interpretação vigorosa de Jordan Ruddes (Dream Theater) presente no CD/DVD "Keith Emerson – Fanfare For The Uncommom Man, tributo a ele realizado em maio de 2016, apenas dois meses após a sua morte e até mesmo pela leitura literalmente clássica executada pela Tokyo Philharmonic Orchestra.
O lado "B" do LP, traz músicas despretensiosas que contrastam bastante com o lado principal do álbum. "Bitchies Crystal" e " A Time and a Place", são duas faixas em que o flerte com o prog rock estão bem presentes. Na dobradinha "The Only Way (Hymn)/Infinite Space (Conclusion)" Emerson se utiliza do Órgão da Igreja de São Marcos, localizada na cidade de Birmingham, Inglaterra, para gravar trechos de obras de J. S. Bach em que Lake colabora com sua voz suave, seguida com a conclusão da melodia com Emerson ao piano. As demais, "Jeremy Bender" e "Are You Ready Eddy?" são trabalhos diferentes, que, de certa forma, ficaram fora das características do grupo.
É interessante observarmos o quanto esta faixa resiste ao tempo. Passado meio século, a sensação de ouvi-la pela milésima vez é como se fosse a primeira, lá atrás. A música produzida por estes músicos maravilhosos fazem de Tarkus um momento especial, inesquecível e duradouro dentro deste rico universo musical chamado rock progressivo.
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