David Gilmour: Live At Pompeii é mais que show, um verdadeiro legado
Resenha - Live At Pompeii - David Gilmour
Por Ricardo Bellucci
Fonte: Rolling Stone
Postado em 17 de maio de 2019
A construção da sonoridade de um artista solo depende de uma série de elementos, como da sua capacidade técnica, personalidade, bagagem musical e experiência de vida. Esses elementos juntos, somados ao seu talento natural, formam o amálgama que caracteriza sua alma como músico.
David Gilmour tem essas características em profusão! Sua personalidade introspectiva, reflexiva e sensível acaba por se revelar, de forma ampla, não apenas em seus solos, mas em suas composições, permeando a estrutura sonora de cada faixa.
Quando em 1972 o Pink Floyd gravou um documentário nas ruínas de Pompéia, na Itália, foi possível perceber, sentir, melhor dizendo, a presença da assinatura de Gilmour em cada faixa. Gravado sem a presença do público, em um cenário lisérgico, descrito por muitos como uma verdadeira paisagem lunar, o documentário original acabou por se transformar em um clássico, um ícone da cultura pop efervescente do início dos anos setenta.
Em 2016, David Gilmour decidiu revisitar as ruínas de Pompéia, em um show solo, com a presença do público. Assistir a esse novo espetáculo não significa um mero retorno ao passado, vai além, muito além, na realidade. Gilmour faz uma releitura, a seu modo, claro, de grandes clássicos do Floyd, assim como de músicas da sua profícua carreira solo. Assistir a esse novo show nos leva a pensar se o objetivo de Gilmour não foi o de fazer um balanço de sua carreira, construindo, através do som que ecoa pelas ruínas de Pompéia, criando um verdadeiro legado para a posteridade. Assim como fiz a minha releitura, ao assistir o show, convido o leitor a fazer a sua, viajando na sonoridade única da música de David Gilmour!



Siga e receba novidades do Whiplash.Net:
Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps