Nevermore
Postado em 06 de abril de 2006
Por Alessandro Muzi
Atualizada por Danilo Halliwell Freire
Nevermore, uma bem sucedida banda de thrash metal vinda de Seattle, se mostra como uma das forças da música nos anos 90. Seus álbuns contém letras de uma inteligência incomum em bandas deste gênero, e uma reconhecível técnica musical, o que torna a banda um dos mais felizes "acontecimentos" dessa década.
O Nevermore surgiu no final dos anos 80, com a saída de Warrel Dane e Jim Sheppard da banda Sanctuary. De acordo com Warren Dane, em entrevista para a MiningCo, a razão para a saída foram conflitos internos: Sanctuary pretendia fazer uma música com sonoridade grunge, atitude totalmente refutada por Warrel Dane. Ele, o baixista Jim Sheppard e Jeff Loomis resolveram formar uma banda para tocar aquilo que mais gostavam: Heavy Metal. A entrada do baterista Van Willians fechou a formação da banda.
 
Seu primeiro álbum, Nevermore, já mostra duas características da banda facilmente reconhecíveis: as letras muito bem escritas e o vocal marcante de Warrel Dane. O álbum é ótimo, com músicas rápidas como Sea of Possibilities, densas como What Tomorrow Knows, e críticas como Godmoney.
Após o lançamento do seu álbum de estréia, o Nevermore resolve incluir mais um guitarrista em sua formação, Pat O'Brien (atualmente no Cannibal Corpse) para dar maior força às apresentações ao vivo da banda. Em 1995 a banda sai em turnê, acompanhando bandas como Blind Guardian, e o Death de Chuck Schuldiner. A turne foi marcada por uma apresentação no DYNAMO Open Air Festival, na Holanda, onde 100.000 pessoas viram a banda, numa apresentação apoteótica.
 
Ao final do ano a banda resolve gravar um novo álbum. A falta de tempo para compor novas músicas fez com que a banda lançasse um EP, com apenas uma música nova. As outras músicas do álbum são covers do Bauhaus e três músicas regravadas para dar um clima mais sombrio.
Finalmente, em outubro de 1996 o segundo álbum da banda é lançado. The Politics Of Ecstasy, de novo aborda temas políticos em suas letras. O vocal de Warrel Dane está um pouco diferente neste álbum, que é ausente dos agudos característicos dele.
Em 1997, após uma turne junto com Iced Earth de Jon Schaffer , o Nevermore promove uma mudança de formação. Tim Calvert (ex-Forbidden) substitui Pat O'Brien. Tim, amigo de longa data da banda recusara alguns convites anteriores para se juntar a banda. Assim que a banda soube que ele saíra do Forbidden, refizeram o convite e desta vez ele aceitou. Ainda no final de 1997, o Nevermore fez uma bem sucedida turne americana com o Flotsam & Jetsam (ex-banda de Jason Newsted, baixista do Metallica).
 
No ano de 1998, além de fazer algumas apresentações ao vivo, a banda trabalhou no seu último álbum , que veio a ser lançado em 1999. Dreaming Neon Black, que pode ser considerado não apenas o melhor álbum do Nevermore, mas um dos melhores álbuns lançados nos anos 90, mostra um som pesado e muitas vezes angustiante. O vocal de Warrel Dane está melhor do que nunca, e mostra uma personalidade difícil de ser encontrada nos cantores atuais. Destaque para as músicas Death of Passion e Dreaming Neon Black, além petardos como Beyond Whitin. Forever mostra um Nevermore diferente, com uma música mais intimista, quase como uma continuação da música Dreaming Neon Black ("In this Neon Black gloom I still see her face/I know you're dreaming...")
 
O Nevermore trabalhava em um projeto de um álbum de covers, Beyond the Black, em meados de 1999, a ser lançado no começo do ano 2000, mas que foi cancelado em prol de um novo álbum.
E esse novo álbum era Dead Heart In A Dead World. O mais agressivo disco da banda até hoje. Produzido por Andy Sneap (Stuck Mojo, Testament), o instrumental possui um peso avassalador, com destaque para as guitarras, agora, tocadas em instrumentos de 7 cordas, propiciando um som ainda mais pesado. Os vocais estão soberbos, com uma excelente performance de Warrel Dane, logo perceptível na primeira música, Narcosynthesis, e ecoando sobre todo o disco. Apesar de não se tratar de um disco instrumental, as letras tem um papel importante, mostrando o grande conhecimento lírico de Warrel Dane (que é formado em Teologia e Sociologia), e uma análise dos aspectos do mundo.
 
O Nevermore talvez seja a única banda dos últimos anos, a fazer o puro heavy metal, sem misturas, nem novos estilos, apenas o que os fans do velho estilo apreciam. E tomara que continue assim.
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