Ancient Bards: um dos melhores do power/sinfônico de 2019
Resenha - Origine - Black Crystal Sword Saga Part 2 - Ancient Bards
Por Victor de Andrade Lopes
Postado em 03 de fevereiro de 2019
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Foi por meio de uma bem-sucedida campanha de financiamento coletivo que o sexteto italiano de power metal sinfônico Ancient Bards chegou ao seu quarto disco de estúdio, Origine - The Black Crystal Sword Saga Part 2, o primeiro com o guitarrista Simone Bertozzi, que passou quatro anos sendo membro de apoio do grupo antes de ser efetivado.
A banda prometeu que este seria o maior álbum já feito por eles. Com efeito, ele empolga em quase todos os momentos e faz valer cada centavo que os fãs confiaram no site Indiegogo (a campanha arrecadou 169% da meta). Agora, se ele supera todos os três ótimos trabalhos de estúdio anteriores dessa rapaziada italiana, já são outros 500...
Enfim, Origine (chamá-lo-ei apenas assim daqui em diante) começa com uma introdução clichê (termo que aqui significa "narração orquestrada") autointitulada (apenas "Origine" mesmo) que prepara o terreno para "Impious Dystopia", uma faixa enérgica, acelerada, dinâmica, em suma, um excelente cartão de visitas.
No "meião" do álbum, temos "Fantasy's Wings" e "Aureum Legacy", que desaceleram um pouco as coisas (sem detrimento da qualidade) até chegarmos a "Light", uma balada verdadeiramente tocante e totalmente desprovida daquele ar burocrático que canções similares carregam; "Oscurità", que retoma o ritmo com altas orquestrações e coros; e "Titanism", que mantém a peteca lá em cima, com mais foco no metal.
Abrindo a reta final, a progressão, repetitividade e grandiosidade de "The Hollow" chegam concedendo a ela uma fortíssima pegada de introdução. A música poderia ter sido colocada no lugar de "Origine" tranquilamente, exceto pela questão das letras, é claro. No fim, acaba soando como um longo interlúdio que liga nada a lugar nenhum.
Depois de "Home of the Rejects", faixa morna, porém dona de um notável refrão, chegamos à épica "The Great Divide", com seus quase 15 minutos muito bem preenchidos por tudo o que o Ancient Bards tem a oferecer de melhor, incluindo um interlúdio sereno e pouco denso com destaque ainda maior para os vocais femininos.
As alas mais trogloditas da comunidade metal são insensíveis à beleza de um metal épico e misturado a orquestrações e por isso rejeitam esta e outras bandas consideradas "nerds" demais. Só que isso as priva não apenas de um quinteto instrumental de competência acima de qualquer suspeita, mas também da belíssima voz de Sara Squadrani, que rouba a cena numa performance de arrepiar.
Como disse ao abrir esta resenha, eu não me apressaria em dizer que este realmente é o melhor álbum do Ancient Bards. Mas que é um puta dum disco, com certeza é. Mal terminamos o mês de janeiro e já acho difícil pensar numa lista de melhores do power metal/metal sinfônico de 2019 sem a presença de Origine...
Abaixo, o clipe de "Impious Dystopia":
Track-listing:
1. "Origine"
2. "Impious Dystopia"
3. "Fantasy's Wings"
4. "Aureum Legacy"
5. "Light"
6. "Oscurità"
7. "Titanism"
8. "The Hollow"
9. "Home of the Rejects"
10. "The Great Divide"
Fonte: Sinfonia de Ideias
http://bit.ly/OTBCSSP2
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Megadeth anuncia mais datas da turnê de despedida
Os quatro clássicos pesados que já encheram o saco (mas merecem segunda chance)
Os cinco maiores guitarristas de todos os tempos para Neil Young
Helloween cancela shows na Ásia devido a problemas de saúde de Michael Kiske
"Estou muito feliz pela banda e por tudo que conquistamos", afirma Fabio Lione
Rockstadt Extreme Fest terá 5 dias de shows com cerca de 100 bandas; veja as primeiras
Fabio Lione se despede do Angra e Alirio Netto assume os vocais em momento histórico
Os dois guitarristas que são melhores que Ritchie Blackmore, de acordo com Glenn Hughes
Wacken Open Air anuncia Judas Priest, Arch Enemy e mais de 50 atrações da edição 2026
"Fade to Black" causou revolta na comunidade do metal, segundo Lars Ulrich
As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
A melhor banda de rock progressivo de todos os tempos, segundo Geddy Lee
O supergrupo que Robert Plant recusou convite para entrar por achar "complicado demais"
Sepultura anuncia último show da carreira em Portugal
A balada do rock nacional que uma rádio tocou 79 vezes em menos de 24 horas
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva


