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Queen + Paul Rodgers: rock cósmico de grandes estrelas

Resenha - Cosmos Rocks - Queen + Paul Rodgers

Por Fernão Silveira
Postado em 07 de novembro de 2008

Antes de falar qualquer coisa a respeito de "The Cosmos Rocks", é preciso que este cronista faça um mea culpa. Para mim, um autêntico "viúvo de Freddie Mercury", apenas imaginar o QUEEN sem ele já parecia impossível e inviável. O que dizer, então, de resenhar um disco novo da banda, com outro vocalista no lugar de Freddie e sem John Deacon no baixo? Uma afronta, uma violência... Porém, após muito pensar sobre o tema e ouvir "The Cosmos Rocks" inúmeras vezes, decidi tentar deixar o sentimentalismo de lado e aceitar o desafio de escrever sobre este álbum, que é um dos mais esperados lançamentos do mercado fonográfico mundial em 2008.

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Acredito piamente que para entender e assimilar "The Cosmos Rocks" é preciso tomar como verdadeira a premissa que Brian May, Roger Taylor e Paul Rodgers (o incumbido da ingrata tarefa de "substituir o insubstituível") repetem como um mantra há alguns anos: ninguém está aqui para tomar o lugar de Freddie Mercury – tanto que a nova banda faz questão de usar o nome QUEEN + PAUL RODGERS (embora muitos fãs mais conservadores se perguntem por que, então, não deixar que o nome QUEEN repouse nas glórias do passado, juntamente com o seu astro principal...).

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Se estamos de acordo que nós - este cronista e você, caro(a) leitor(a) - vamos deixar de lado o sentimentalismo e todas as reminiscências a respeito do QUEEN original e da genialidade ímpar de Freddie, olhemos atentamente para "The Cosmos Rocks"...

Sim, estamos diante de um dos melhores (senão o melhor) álbuns de rock de 2008. É inegável que Brian May, Roger Taylor e Paul Rodgers, excelente vocalista e fundador de bandas muito importantes (FREE e BAD COMPANY), são músicos de primeira linha, veteranos que realmente gostam do que fazem e não têm medo ou vergonha de trabalhar no presente, apesar das inevitáveis comparações com um passado cheio de glórias. E é justamente isso que transparece em "The Cosmos Rocks": um rock n' roll old-school, mas antenado nos dias de hoje, sem deixar a impressão de que estamos ouvindo "tiozões que querem parecer moderninhos".

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É claro que há impressões digitais inconfundíveis do antigo QUEEN, especialmente nos riffs e solos de Brian May, e também do BAD COMPANY, nos vocais de Paul Rodgers. Além disso, eles trazem aquele espírito bluseiro do FREE, só possível para músicos que realmente entendem do ofício. A somatória de fatores não deixa de ser interessante.

O disco traz rocks energéticos e vigorosos, como a própria faixa-título, "Still Burnin'", "C-lebrity" (a primeira música de divulgação deste novo trabalho), a criativa "Warboys" (com seu jeito de marchinha militar garantido pela bateria de Taylor) e "Surf's Up... School's Out" (que lembra a sonoridade do QUEEN em discos como "Jazz" e "The Game").

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As baladas também marcam forte presença, conservando uma característica dos discos oitentistas do QUEEN. "Small", "We Believe", "Some Things That Glitter", "Through the Night" e "Say It's Not True" (cantada por Taylor, May e Rodgers) garantem a satisfação para fãs que sentem saudades de hits mais suaves, mas não menos tocantes, como tanto Freddie e seus colegas quanto Rodgers e seu BAD COMPANY faziam muito bem.

Também é preciso destacar o ecletismo de algumas faixas – e não dá para lembrar de QUEEN sem pensar em ecletismo e muitas matizes musicais. "Time to Shine" talvez seja uma das mais felizes uniões dos principais pontos fortes de May, Taylor e Rodgers: vocal muito bem trabalhado, com inteligentes efeitos de estúdio, uma guitarra pulsante, às vezes aguda, às vezes discreta, e uma bateria instigante, que garante o pano de fundo perfeito para tudo isso. "Call Me", que muitos podem definir como uma faixa "bobinha", trouxe à minha cabeça aquela alegria despretensiosa de músicas como "Lazing on a Sunday Afternoon" e "Friends Will Be Friends". Ou seja: é impossível ouvir e não sair cantarolando... E "Voodoo", por sua parte, é a faixa mais FREE deste novo QUEEN: bluseira, quase uma jam session de Rodgers e May, que brinca com a sua Red Special como se eles estivessem apenas aquecendo para um ensaio ou gravação.

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No final das contas, acredito cada vez mais que "The Cosmos Rocks" é uma boa notícia para os fãs do QUEEN – ainda mais com as perspectivas de uma esperadíssima passagem pelo Brasil, no fim de novembro deste ano. Então, façamos como Freddie (a quem May, Taylor e Rodgers dedicam este novo álbum) cantava: por mais que a saudade seja grande e que frequentemente caiamos na tentação de fazer comparações com o passado, vamos nos convencer que "The Show Must Go On"...

"The Cosmos Rocks" – QUEEN + PAUL RODGERS

1 – Cosmos Rockin'
2 – Time to Shine
3 – Still Burnin'
4 – Small
5 – Warboys
6 – We Believe
7 – Call Me
8 – Voodoo
9 – Some Things That Glitter
10 – C-lebrity
11 – Through the Night
12 – Say It's Not True
13 – Surf's Up… School’s Out
14 – Small Reprise

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Gravadora: EMI

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Sobre Fernão Silveira

Paulistano, são-paulino, nascido nos "loucos anos 70" (1979 ainda é década de 70, certo?) e jornalista. Sua profissão já o levou a cobrir momentos antológicos da história da humanidade, como o título paulista do São Caetano, a conquista da Copa do Brasil pelo Santo André, a visita de Paris Hilton a São Paulo e shows de bandas como Judas Priest, Whitesnake, W.A.S.P., Megadeth, Slayer, Scorpions, Slipknot, Sepultura e por aí vai. Ainda tem muito gás para o nobre ofício jornalístico, mas acha que não vai muito mais longe depois de ter entrevistado Blackie Lawless, Glenn Tipton, Rogério Ceni e, claro, Paris Hilton.
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