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Resenha - Soul Mover - Glenn Hughes

Por Fábio Faria
Postado em 04 de novembro de 2005

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

"Meu estilo é hard rock / soul / funky", afirma o lendário baixista / vocalista Glenn Hughes, que dessa forma descreve com precisão o que ouvinte encontra em seu décimo álbum como artista solo, batizado de "Soul Mover". Para os desavisados, além de ótimo instrumentista e de possuir uma voz extraordinária, vale lembrar que Hughes tem no currículo participações em bandas importantíssimas na história do Rock & Roll, tais como Trapeze, Deep Purple e Black Sabbath. Já sua carreira solo é marcada por bons álbuns, participações especiais em vários projetos, mas sem um disco que possa ser considerado realmente um clássico.

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É nesse contexto que Glenn Hughes coloca no mercado brasileiro via Century Media mais um bom disco de Rock. "Soul Mover" não tem faixas com potencial de 'hits', mas é um trabalho coeso em sua totalidade. Com letras simples que falam do cotidiano - ora de forma mais direta ora mais introspectiva - encaixadas em composições certeiras que passeiam com desenvoltura pelos estilos citados pelo próprio Hughes, além de possuir ainda uma veia "bluesy" e de flertar harmonicamente com o jazz. Para que essa mistura funcione bem, o baixista conta com a participação no CD do baterista Chad Smith (Red Hot Chili Peppers) – formando uma "cozinha" poderosa -, o guitarrista e o companheiro de longa data J.J Marsh, o tecladista Ed Roth e a participação de Dave Navarro (ex-Red Hot Chili Peppers / Jane's Addiction).

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Aliás, é possível fazer uma conexão com o som do Red Hot Chili Peppers em vários momentos, mas é na faixa-título que ela fica mais evidente. "Soul Mover", escolhida como música de trabalho e aparecendo no CD também na forma multimídia como um clipe bem legal e despojado, começa, e pelo instrumental pode-se jurar que é uma das canções dos Peppers; a batida característica de Chad Smith, o baixo "funkeado" no estilo Flea, e as guitarras de Dave Navarro e J.J Marsh com licks pepperianos. Obviamente, a voz de Glenn se sobressai e faz a diferença.

O disco segue e ouvimos "She Moves Ghostly" com um clima meio tribal lembrando algo que Santana faria, só que mais pesado. Smith faz um ótimo trabalho na percussão, que aliada à última intervenção de Dave Navarro no CD cria um clima frenético. "High Road" começa quase como um blues e rapidamente se transforma no que poderia facilmente fazer parte de algo do repertório do Red Hot. Sim, vale reforçar que essa referência pode ser percebida em várias passagens durante todo o álbum. Em seguida, "Orion" é uma faixa bem hard rock com um riff de guitarra repetitivo e um refrão cativante.

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A próxima faixa é "Change Yourself", a mais calma de todas as que a precederam, ainda que não possa ser considerada uma balada, já que tem lá seu peso e refrão mais acessível. Balada mesmo é o que "Let It Go" aparenta ser com sua introdução climática até que o riff pesadão no melhor estilo Tony Iommi explode e temos a canção que mais se aproxima do Heavy Metal propriamente dito. Vale destacar os solos de J.J Marsh e os incríveis vocais de Glenn Hughes. Na seqüência, "Dark Star", outra com levada funk / soul mais acentuada. Em "Isolation" é possível ver o talento de Glenn tanto como compositor como cantor; a faixa começa com percussão e um clima jazzístico que servem de base para os vocais cheios de "feeling" dos anos 70 e um refrão bem hard rock.

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Voltamos à levada funk em "Land Of The Living' (Wonderland)" com destaque para o fraseado da guitarra. "Miss Little Insane" lembra algo que o Depp Purple vem fazendo nos últimos anos, com os vocais de Glenn soando como os de Mike Patton (ex-Faith No More). A veia "bluesy" aflora de forma emocionante em "Last Mistake" e finalmente a longa "Don't Let Me Bleed" fecha o álbum de forma competente.

Em suma, "Soul Mover" é um bom disco que deve ser apreciado do começo ao fim, sem interrupções. Indicado para amantes de boa música e que não tenham a cabeça fechada.

Tracklist:
Soul Mover
She Moves Ghostly
High Road
Orion
Change Yourself
Let It Go
Dark Star
Isolation
Land Of The Living' (Wonderland)
Miss Little Insane
Last Mistake
Don't Let Me Bleed

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Formação:
Glenn Hughes (vocais, baixo e 'Black Fuzz Guitar' em "High Road")
J. J. Marsh (guitarra)
Ed Roth (teclado)
Chad Smith (bateria e percussão)
Dave Navarro (guitarra solo em "Soul Mover" e na introdução de "She Moves Ghostly")

Material cedido por:
Century Media Records
Caixa Postal 1240
São Paulo-SP 01059-970 Brasil
Fone: 55-11-3097.8117/ Fax: 55-11-3816. 1195
[email protected]
Site: www.centurymedia.com

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Sobre Fábio Faria

"Maidenmaníaco" convicto, nascido em 1973, passou a escutar Rock com 10 anos de idade. Primeiro disco adquirido foi "Destroyer" do Kiss. Logo depois conheceu o álbum "Killers" do Iron Maiden, e a identificação foi instantânea. Curte todos os estilos e sub-estilos do Rock e do Metal. Sem preconceito, escuta desde Black Sabbath, Yes, Janis Joplin, Slayer, In Flames, Sex Pistols até Dream Theater, U2, Blind Guardian, Slipknot, Carcass, etc. Bandas favoritas: Iron Maiden e Beatles.
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