Resenha - Kiss (Arena do Grêmio, Porto Alegre, 26/04/2022)
Por Marcus Rovere
Postado em 28 de abril de 2022
"Se vocês querem o melhor, vocês terão o melhor"! A banda mais quente do planeta, KISS!
Foi com esse anúncio nas caixas de som que o Kiss foi introduzido ao palco da Arena do Grêmio para suprir a expectativa de mais de 20 mil fãs àvidos por um show de rock que não acontecia há mais de dois anos. A pandemia que começou em Março de 2020, pouco antes do previsto show do Kiss na cidade, se estendeu e deixou os fãs de rock com saudades de vivenciar momentos assim. De lá pra cá tivemos quarentena, perdas e esperança com a chegada das vacinas e o resultado bem sucedido que elas trouxeram. E com isso, a expectativa de voltarmos aos encontros ao vivo com os nossos ídolos.
Antes do Kiss, a banda gaúcha Hit the Noise fez a abertura soltando o dedo e distribuindo peso e riffs a todos. O grupo deixou boa impressão e certamente cativou o público.
A última tour definitiva do quarteto então se iniciava. No telão vídeos do grupo em backstage, se preparando para o palco e ao som de "Detroit Rock City", um bandeirão que escondia o palco cai e em plataformas lá estão Paul Stanley, Gene Simmons, Tommy Thayer e Eric Singer.
Êxtase e frenesi tomam conta de um estádio que canta junto cada trecho e reflete o que diz na música, "Levante-se! Todo mundo vai mexer os pés. Dance! Todo mundo vai deixar seus lugares. Você vai ficar pirado em Detroit, Cidade do Rock", troque por Porto Alegre e o cenário estava descrito. Por falar em descrever cenários, a próxima música também refletia o momento. "Grite, grite, grite bem alto". A grudenta "Shout it Out Loud" manteve o clima em altíssimo nível. A combinação de uma banda histórica, o clima de despedida que fazia aproveitar cada detalhe e a grande produção apresentada tornavam tudo especial. "Deuce", "War Machine", "Heavens on Fire"... a banda ia revisitando toda sua carreira com praticamente todos os grandes hits e destaques de cada álbum. "Heavens on Fire" traz Gene disparando fogo, "Say Yeah" e "Cold Gin" faz todos dançarem no estádio. "Lick It Up! Liiiick It Up"! E mais uma vez o estádio entoando a plenos pulmões os refrões do grupo, que se repetiu com "Calling Dr. Love"!
"Psycho Circus" trouxe a memória de fãs da velha guarda a lembrança do primeiro show do Kiss em Porto Alegre. Em 1999 o grupo se apresentou junto dos quase desconhecidos alemães do Rammstein em sua estreia em solo gaúcho justamente na tour deste álbum. Em Love Gun, mais um momento marcante. Paul Stanley sobrevoa o estádio passando pelo público até um segundo palco e de lá comanda a platéia emendando "I Was Made For Lovin’ You". Delírio coletivo é o que melhor define. Com Paul de volta ao palco principal, é a vez de "Black Diamond", que encerra a primeira parte do show.
Uma luz acende no palco, lá está o baterista Eric Singer, "The Catman", no piano para uma intimista e incrível versão de "Beth", e a arena se ilumina com isqueiros e lanternas de celular. O grupo todo volta ao palco com "Do You Love Me" que, sem intervalos, emenda em "Rock And Roll All Nite". O grande clássico, a faixa definitiva e a descrição perfeita. Era tudo que todos queriam, ROCK N ROLL A NOITE TODA! Não bastasse a execução perfeita da dobradinha final, bolas gigante com o nome da banda voavam pela plateia e um show de papel picado tomou conta de todo o ar, fechando de forma espetacular em todos os sentidos essa noite.
O Kiss se despede de Porto Alegre, mas a noite memorável ficará para sempre na cabeça dos milhares presente.
Fotos por Liny Oliveira
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