Alice Cooper: místico, emblemático e histórico
Resenha - Alice Cooper (Rock In Rio, Rio de Janeiro, 21/09/2017)
Por Rudson Xaulin
Fonte: Rudson Xaulin
Postado em 22 de setembro de 2017
Nome místico, emblemático e histórico: ALICE COOPER.
Com essa credencial, vamos falar um pouco do que foi o show, bem no que se refere à palavra "SHOW", de um dos nomes mais queridos do rock n’ roll mundial. Até então para muitos, o melhor show do festival, por enquanto. E eu não sei se alguma banda poderá fazer um show, como a palavra mesmo abrange, melhor do que o da titia! E injusto, acho eu, ele ser colocado no palco Sunset, obviamente.
A abertura do show, sombria e tenebrosa como sempre, ficou a cargo de BRUTAL PLANET, e estava aberto o teatro de horror! E alguém ali reclamaria disso? O local ficou lotado, mostrando que muitos ali esperavam pelo casamento perfeito de "música e teatro", a arte como um todo, que só a tia sabe fazer! ALICE COOPER faz isso com tanta maestria, que muita gente ali quer ver sangue, decapitação, bonecos horrendos e tudo o que se pode esperar do show de horror já tradicional dele, e mais uma vez, todos devem ter ficado satisfeitos.
A banda é muita coesa, ALICE deixou de lado coisas muito recentes, mas a banda mostra sempre calibre para as faixas mais antigas. Destaques para UNDER MY WHEELS, clássico absoluto, que ficou pesado, frio e levou o público para os cantos mais sombrios da alma, acho que era bem isso mesmo que ele, e conseguiu. O set foi bem curto, passagens interessantes para um solo de guitarra de NITA STRAUSS e um belo desempenho em POISON. Uma das mais sinistras faixas de ALICE é HALO OF FILES, que ao vivo é mais um translado entre sanidade e loucura, mas é isso que se espera de um show dele, e mais uma vez, tivemos isso de modo gritante. Muitas pessoas desavisadas estranham a performance de ALICE COOPER, mas depois de entenderem o que ele de fato faz, percebe-se que estamos diante de um dos últimos showman legítimo que o rock n’ roll vai gerar. Mesmo ALICE estando na casa dos 70 anos, parece o mesmo jovial roqueiro maluco que te da um show alucinógeno.
Em FEED MY FRANKENSTEIN, que levou ao palco um boneco gigante e grotesco, nada de efeitos especiais, é mesmo um cara andando pelo palco, naquela fantasia doida, divertindo todo mundo. Um velho efeito visual que nunca perde a graça! Tivemos em destaque ainda COLD ETHYL, uma das faixas que ficaram mais pesadas ao vivo, mostrando total competência da cozinha da banda, e um ALICE "chamando umas bonecas na porrada", carregando mais polêmica para o seu show, mas no fim é apenas o velho COOPER encenando ele mesmo, quando está no paco, se tornando o cara malvado do rock n’ roll.
ALICE COOPER ainda foi parar na guilhotina! E o efeito é tão bom, que você pode ouvir alguém dizer dentro da sua mente "cabeças irão rolar", de tanto que se espera por isso no show. Depois ainda uma espécie carrasco demoníaco anda por aí com uma cabeça decepada, hilário e chocante! Para o cover de FIRE, tivemos a participação de ARTHUR BROW, o mestre, com a cabeça em chamas! E assim a primeira parte do show terminou.
Para o bis, claro que SCHOOL’S OUT, essa não pode ficar de fora e é sempre o carro chefe dos shows de COOPER. Como se diz sempre: "O melhor fica para o final". ALICE trouxe ao palco seu amigo JOE PERRY, do AEROSMITH para essa faixa e terminaram o show juntos, de forma maestral e única. ALICE COOPER deu ao Rock In Rio uma performance inesquecível, ensinou de fato como se faz o bom e velho rock n’ roll ainda chocar.
Rock In Rio 2017
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 5 discos de rock que Regis Tadeu coloca no topo; "não tem uma música ruim"
Dave Mustaine fala sobre "Ride the Lightning" e elogia Lars Ulrich: "Um excelente compositor"
A melhor música do AC/DC de todos os tempos, segundo o ator Jack Black
A banda que fez Jimmy Page passar vergonha; "eu não queria estar ali"
Dave Mustaine cutuca bandas que retomaram atividade após turnês de despedida
Wolfgang Van Halen diz que as pessoas estão começando a levar seu trabalho a sério
Motörhead "salvou" baterista do Faith No More de ter que ouvir Ted Nugent
A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
A banda que "nocauteou" Ray Manzarek, do The Doors; "Acho que era minha favorita"
Os trabalhos do Guns N' Roses que Slash evita rever; "nem sei o que tem ali"
O padrão que une todos os solos da história do Iron Maiden, segundo Adrian Smith
O que Max Cavalera não gostava sobre os mineiros, segundo ex-roadie do Sepultura
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
Cinco bandas que, sem querer, deram origem a subgêneros do rock e do metal
David Gilmour largou vício maléfico após ouvir erro em disco do Pink Floyd
Listas: 10 melhores bandas da era pós-Nirvana
A chocante e nojenta cena protagonizada por Ozzy mostrada no filme do Mötley Crüe
Rock In Rio: E se no festival só tocasse rock?
Rock in Rio 2017: confira a programação completa do festival
Andreas Kisser: as bandas nacionais que ele gostaria de ver no Rock in Rio
As 50 melhores músicas de 2025, segundo a Classic Rock
Os melhores álbuns de 2025, segundo João Renato Alves
Os 50 melhores álbuns de 2025 na opinião da Classic Rock
A banda que Joe Perry quase escolheu no lugar do Aerosmith; a proposta parecia fazer sentido
Com mais de 160 shows, Welcome to Rockville anuncia cast para 2026



