Imagine Dragons: Plateia afiada e som limitado no Lollapalooza
Resenha - Imagine Dragons (Lollapalooza Brasil, São Paulo, 05/04/2014)
Por Diego Camara
Postado em 07 de abril de 2014
Este era sem dúvidas um dos shows mais esperados da garotada. Expoente da nova geração do rock, o IMAGINE DRAGONS veio com tudo para o Lollapalooza para tentar demarcar seu nome definitivamente como banda da nova geração. O público compareceu em peso ao palco Ônix: a garotada na vontade ver a banda que ouvem nas rádios, no MP3 e em todos os lugares; os mais velhos querendo saber o que diabos seria esse artista e se ele seria capaz de traduzir no palco aquilo que fazem no disco. No final, boa parte do público saiu energizada, mas a maioria acabou na interrogação, sem saber ainda do que esses caras são capazes.
Fotos: Renan Facciolo / Roadie Crew
O Palco Ônix, um dos reservados para tocar as principais bandas da noite, parecia um plano bem arquitetado. A elevação na parte de trás, como que uma montanha, criava um clima meio de arena. Parecia bonito, teoricamente parecia muito inteligente... certo? Porém não, não foi. Nem para a visão do público, que mesmo do alto apanhou bastante para conseguir ver a banda, nem para o áudio que não conseguiu nem de perto alcançar os ouvidos dos fãs, que eram muitos: parecia que o público quase como um todo estava extremamente curioso para saber afinal do que essa nova geração era feita.
A banda abriu o show com "Fallen" e "Tiptoe", duas ótimas músicas do único disco full da banda, "Night Visions", e desde o início o som sofrível não conseguia alcançar os ouvidos do público, que se entreolhava e não sabia muito o que estava acontecendo. A plateia da frente, porém, parecia escutar muito bem, e puxou a banda com ótima vontade. Cantando juntos, levantando os braços, causaram ali mais que a banda e rivalizaram com os vocais de Dan Reynolds.
O setlist, para o porte de uma banda de um único álbum, realmente se saiu muito bem e causou o efeito necessário na plateia, que cantou em boa parte do show e serviu como termômetro da banda. O público, porém, pareceu em geral não entender muito bem o cover de "Song 2", do BLUR. Será que realmente a maioria do público não conhecia a letra da música? O refrão, repetido, era fácil de prever e cantar junto.
O grande destaque do show foi o vocalista Dan Reynolds, que mostrou ser um excelente frontman, dominando o público e guiando a cantoria dos fãs, que não paravam um instante sequer. A capacidade de improvisação da banda, porém, era pouca, e se fixava mais na percussão de Daniel Platzman, que parece ser o integrante mais talentoso da banda e o responsável por puxar e conduzir o ritmo do Imagine Dragons.
Fechando o show, a sequência final realmente emocionou o público. "On Top of the World", em um ritmo tranquilo e muito puxado para o reggae, fez o público cantar com vontade seu refrão. Realmente aquele tipo de música para animar o público. O show foi fechado com o hit maior da banda, "Radioactive", com uma puxada extremamente enjoativa do refrão, que é repetido em uníssono por todo o público: pegajoso, perigoso, prende na cabeça, por essas e outras a banda conquistou seu espaço tão rápido e, se continuar a fazer uma música simples e pegajosa, ainda vai dar muito o que falar para a garotada, que parece estar muito familiarizada com este nível musical.
Imagine Dragons é:
Dan Reynolds – Vocal
Ben McKee – Baixo
Wayne Semon – Guitarra
Daniel Platzman – Bateria
Setlist:
1. Fallen
2. Tiptoe
3. Hear Me
4. It's Time
5. Amsterdam
6. Rocks
7. Song 2 (cover do Blur)
8. Cha-Ching (Till We Grow Older)
9. Demons
10. Bleeding Out
11. On Top of the World
12. The River
13. Radioactive
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