Panzer Fest: resenha da segunda edição do festival
Resenha - Panzer Fest II (Blackmore Rock Bar, São Paulo, 07/12/2013)
Por Monica Prado
Postado em 20 de dezembro de 2013
O Blackmore Rock Bar, situado no bairro de Moema, em São Paulo, abrigou, na tarde do dia 7 de Dezembro a segunda edição do evento Panzer Fest. O local foi elogiado após a reforma, e, com o público ansioso, após quase uma hora e meia de atraso teve início a apresentação da primeira banda, o Fire Strike, que subiu ao palco convidada pelo mestre de cerimônias Vinícius Neves. O vocal do Fire Strike comandado por Aline Nunes surpreendeu a platéia com as músicas de seu recém lançado EP, "Lion And Tiger".
A banda é também formada por Heinrique Schuindt (guitarra), Hellywild (guitarra), Edivan Diamond (baixo) e Jean Praelli (bateria), sendo conhecida pelo som e visual dos anos 80. "Streets of Fire" terceira faixa do set list contagiou com seu hard rock. O cover de "Screaming For Vengeance" do Judas Priest foi uma ótima escolha para cativar a platéia e o encerramento ficou por conta de "Lion and Tiger", com backings poderosos. A banda mostrou que não falta vontade, garra nem talento para fixar seu espaço na cena do rock.
O show do Kamboja, segunda banda a se apresentar repercutiu bastante, tanto pelo lado bom quanto pelo lado ruim. O quarteto formado por Fábio Makarrão (vocal), André Curci (guitarra), Frank Gasparotto (baixo) e Paulão Thomaz (bateria) não negou a influência do lendário AC/DC.
O vocalista Makarrão protagonizou uma das piores encenações já vistas, entre elas: ofensas ao público feminino e depreciação dos organizadores do evento. Os demais integrantes da banda se desculparam na sequência, mostrando que não compactuam das mesmas ideias do vocalista. Ufa, ainda bem! Vamos falar da parte boa então.
O som da banda, que canta em Português, envolve temas presentes na vida rotineira de qualquer cidadão, e cativa por transitar pela ironia. Isso não faz com que o rock deixe de ser bem pesado, executado por um grupo bem entrosado e que não manda recado. Faz sua mensagem chegar direto ao ponto, sem fazer concessões. A terceira faixa executada "Se Deus Pudesse me Ouvir" mostrou toda força desta banda que merece uma nova chance para apagar o episódio infeliz do vocalista.
Na terceira apresentação da noite, a banda Executer conseguiu apagar a sensação estranha causada pela banda anterior e brindou o público com um banho de thrash metal pesado, e mostraram toda experiência proveniente de um quarteto que já produziu três álbuns e um recente DVD.
Juca (vocal), Elias (guitarra) Paulo Castro (baixo) e Béba (bateria) mostraram um material de primeira, prato cheio para o bate cabeça se formar com força. "Inspiration For Crime", "Money", "And The Rotteness Goes On", "Damn Speech", "No Destiny" e "Rotten Authorities" explodiram com força no ouvido da galera contagiada. O título das faixas e suas letras mostram que o quarteto produz e executa um material caprichado, e que os caras já deixaram de ser moleques faz tempo, se é que um dia foram, pelo menos no cenário do heavy.
O grupo Panzer mostrou músicas do EP "Brazilian Threat" e do novo álbum "Honor" destilando ira para uma plateia em transe.
A formação atual conta com os remanescentes André Pars (guitarra) e Edson Graseffi (bateria). Rafinha Moreira (vocal) e Rafael DM (baixo) foram boas escolhas para dar continuidade a uma história que já dura doze anos. O thrash/stoner metal é mesclado com influências de Black Sabbath e Pantera.
A música "Speedy" do álbum "The Strongest" (2001) abriu o show, seguida pelas pesadas "Burden Of Proof", "The Last Man On Earth" e "Victim Of Chances" que fazem parte do terceiro álbum "Honor", muito bem recebido pela crítica.
Silvano Aguilera, do Woslom, juntou-se ao grupo para tocar "Savior" e "Affliction".
"Rising" finalizou uma apresentação correta, feita com sangue e suor, com um som preciso feito por integrantes agitaram a galera que se mostrou extremamente satisfeita.
Luiz Carlos Louzada (vocal), Zhema Rodero (guitarra), Ivan Pellicciotti (baixo) e Artur Von Barbarian (bateria) formam a banda Vulcano, referência no cenário do Black/Death metal brasileiro, reunindo importante referências como Black Sabbath, Motorhead e Venom.
Vulcano ficou responsável por encerrar a primeira parte do evento, e celebrou seus clássicos "Satanic Legions, "Witche´s Sabbath", "Dominios Of Death" e "Death Metal" junto ao público.
Nenhuma faixa do novo álbum "The Man The Key The Beast" (2013) fez parte da apresentação, que contou basicamente com composições dos álbuns "Bloody Vengeance" (1986), "Tales From The Black Book" (2004) e "Drowning In Blood" (2011). "Total Destruição" encerrou a apresentação marcada por uma voz monstruosa e vibrante de Louzada, e pela garra e vontade dos integrantes, que mostraram o motivo de estarem ali: se divertem muito com aquilo que fazem, e fazem muito bem feito!
A segunda parte do evento foi destinada ao "Brazilian Metal Jam", um encontro de vários músicos do cenário nacional tocando clássicos do metal mundial. Os músicos das bandas foram apresentados: Goatlove, Hellarise, Sakrah, Voodoopriest, Ancesttral, Anthares, Centúrias, Exhort, Electric Age, King Bird, Devon, Helllight, Chaosfear, e Woslom, além de alguns das bandas que tocaram no evento interpretando canções do Motörhead, Black Sabbath, W.A.S.P, Metallica, Pantera, Judas Priest, Danzig, Misfits e Slayer.
O público saiu satisfeito, o local agradou pelo som, iluminação e espaço mas a organização e o sistema de ventilação precisam melhorar. Mas isto é um detalhe, não que não seja importante. Mas o que vale mesmo é saber que virá a terceira edição do PANZER FEST. Até lá!
FIRE STRIKE
1- True As A Dream
2- Night Fever
3- Streets Of Fire
4- Screaming For Vengeance (Judas Priest Cover)
5- Lion And Tiger
KAMBOJA
1- Tarde No Bar
2- Batendo De Frente
3- Se Deus Pudesse Me Ouvir
4- Acelerando
5- Dona Da Madrugada
EXECUTER
1- Inspiration For Crime
2- Money
3- And The Rotteness Goes On
4- Damn Speech
5- No Destiny
6- Rotten Authorities
PANZER
1- Speedy
2- Burden Of Proof
3- The Last Man On Earth
4- Victim Of Choices
5- Savior
6- Affliction
7- Rising
VULCANO
1- Satanic Legions
2- Witche´s Sabbath
3- Dominios Of Death
4- Death Metal
5- Awash In Blood
6- Gates Of Iron
7- The Evil Always Returns
8- From The Black Metal...
9- Total Destruição
BRAZILIAN METAL JAM
1- Walk (Pantera)
2- Neon Knights (Black Sabbath)
3- The Ripper (Judas Priest)
4- I Wanna Be Somebody (W.A.S.P.)
5- Mother (Danzig)
6- Dig Up Her Bones (Misfits)
7- Hit The Lights (Metallica)
8- Raining Blood (Slayer)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
David Ellefson explica porque perdeu o interesse em Kiss e AC/DC; "Foda-se, estou fora"
A dificuldade de Canisso no estúdio que acabou virando música dos Raimundos
Iron Maiden bate Linkin Park entre turnês de rock mais lucrativas de 2025; veja o top 10
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
A lenda do rock nacional que não gosta de Iron Maiden; "fazem música para criança!"
Os 15 melhores álbuns de metal de 2025 segundo a Rolling Stone
A banda de rock nacional que nunca foi gigante: "Se foi grande, cadê meu Honda Civic?"
Queen oferece presente de Natal aos fãs com a faixa inédita "Polar Bear"
Cinco bandas de heavy metal que possuem líderes incontestáveis
Gene Simmons relembra velório de Ace Frehley e diz que não conseguiu encarar o caixão
Show do Slipknot no Resurrection Fest 2025 é disponibilizado online
Justin Hawkins (The Darkness) considera história do Iron Maiden mais relevante que a do Oasis
A cena que Ney Matogrosso viu no quartel que o fez ver que entre homens pode existir amor

O último grito na Fundição Progresso: Planet Hemp e o barulho que vira eternidade
Pierce the Veil - banda dá um grande passo com o público brasileiro
Tiamat - aquele gótico com uma pegada sueca
Boris - casa lotada e público dos mais diversos para ver única apresentação no Brasil
Molchat Doma retorna ao Brasil com seu novo álbum Belaya Polosa
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente


