Black Sabbath: "Apoteozzy" no Rio de Janeiro
Resenha - Black Sabbath, Megadeth (Praça da Apoteose, RJ, 13/10/2013)
Por Leandro Maciel
Postado em 17 de outubro de 2013
Os pioneiros do Heavy Metal do Black Sabbath se apresentaram ontem (13/10) na Praça da Apoteose - Rio de Janeiro. O show faz parte da turnê de divulgação do novo álbum do grupo, chamado "13" e também marca a volta do grupo. Há tempos a Apoteose não sediava um show tão incrível e memorável como o de ontem, que reuniu no mínimo 40 mil fiéis fãs. O Megadeth ficou responsável pela abertura do show.
Por incrível que pareça, não notei nenhum problema de organização antes das aberturas dos mesmos - que é normal nesses grandes eventos. Às 7h da manhã já haviam pelo menos 30 pessoas na fila. Ao meio dia ela já dobrava o quarteirão.
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Construído por Oscar Niemeyer e com capacidade para 88.500 pessoas, a Praça da Apoteose ia se tornando pequena para tanta camisa preta. Um novo nome teria que ter sido dado ao local. Esse nome é "Apoteozzy" - (trocadilho indispensável).
Após longas 7 horas que esperei na fila, abrem-se os portões! Na ansiedade de pegar um lugar bom para ver de perto o show, um inesperado tombo me pegou. Tive o pé esquerdo deslocado. Isso foi algo que poderia acabar com minha noite. Após três horas do tombo, não aguentei e tive que ser levado à enfermaria. Depois de ter sido tratado voltei ao mesmo lugar e, mesmo quase não suportando a dor, consegui ficar de pé até o final e presenciar um dos shows mais épicos que a juventude carioca poderia presenciar.
Enfim 20h! Cortinas abaixando e adrenalina subindo cada vez mais. Pra dar mais emoção aos fãs, eis que ouvia-se uns gritos estranhos do nada - "Ú-ú" e "oÔoÔoÔoÔ". Tratava-se, claro, de Ozzy com suas maluquices de performance para levar os fãs à loucura. Já de cortinas baixas surgia no palco três deuses que simplesmente marcaram a música pesada. Tony Iommi, Ozzy Osbourne e Geezer Butler! Logo de primeira ouvia-se o riff clássico que seria a primeira música. "War Pigs", que por sinal também inicia o clássico disco "Paranoid", lançado em 1970. Foram cantados do início ao fim tanto os riffs quanto a letra da música.
Em seguida Ozzy anunciava "Into The Void" como a segunda música do setlist. A música marca uma das mais 'pesadas' músicas do Sabbath - foi daí que PODERIA ter sido a maior origem do Thrash Metal.
A primeira música do álbum "13" a ser executada na noite foi "Age of Reason", claramente uma das melhores do álbum. A música se encaixou perfeitamente no setlist, que estava recheado de clássicos. A canção (Age of Reason) resgata toda a potência dos primórdios da banda - um Heavy Metal puro e único. Pra não perder o clima, logo após o término, surgia uma sirene conhecida... aquela introdução épica e sinistra... "Black Sabbath"!
Após outras músicas clássicas da banda terem sido executadas (veja o setlist completo no final da resenha), eis que começava uma das mais esperadas. Tratava-se de "Sabbath Bloody Sabbath". Para a tristeza de muitos só tocaram o riff. Iommi adaptou-a música para chegar às casas da última música, que foi "Paranoid"!
Muitos ainda tem lá suas dúvidas sobre Tommy Clufetos, (eu mesmo tinha... até ontem...). Tommy Clufetos, pra quem não conhece, é o baterista que substitui o original Bill Ward nos shows dessa nova turnê da banda. Ele toca na banda de Ozzy desde 2010. Tommy incrivelmente consegue ter a pegada do Black Sabbath, lembrando vagamente o estilo de Bill Ward. Ele consegue executar com perfeição cada detalhe das músicas do grupo. Vale dar uma atenção especial à execução de "Fairies Wears Boots" - Tommy simplesmente detonou. Não é uma tarefa nada fácil substituir um membro original, mas Clufetos mostrou que isso é possível, mesmo que hajam tantas críticas.
Setlist completo:
1- War Pigs
2- Into the Void"
3- Under the Sun/Every Day Comes and Goes
4- Snowblind
5- Age of Reason
6- Black Sabbath
7- Behind the Wall of Sleep
8- N.I.B.
9- Fairies Wear Boots
10- Rat Salad
11- Iron Man
12- God Is Dead?
13- Dirty Women
14- Children of the Grave
Bis:
15- Paranoid (com a introdução de Sabbath Bloody Sabbath).
Agradecimentos à Pedro Dutra e Alice Xavier pelas fotos.
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