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Monster of Rock: como foi o evento em Macapá, no Amapá

Resenha - Monsters of Rock (Museu da Imagem e do Som, Macapá, Amapá, 06/10/2012)

Por Bruno Blackened
Postado em 11 de outubro de 2012

Seguindo a mesma ideia do Coletivo Frente Norte, o Monsters of Rock (organizado por Alan Flexa, tecladista da AMATHERASU) contou com a participação das bandas KEONA SPIRIT (Heavy/Power Metal), AMATHERASU (Doom Metal) e CERIMONIAL SOMBRIO (Gothic Metal). O evento aconteceu no auditório do Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS-AP), localizado no segundo piso do Teatro das Bacabeiras.

Devido às eleições que aconteceriam no dia seguinte, os shows tinham hora pra começar e terminar, mas ninguém estava realmente se importando com isso, pois o que se viu foram bandas que tem músicos excepcionais e trabalhos mais sérios do que qualquer político.

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A primeira a entrar em cena foi a KEONA SPIRIT. Melhorando (e muito) em performance, Wasted Years (IRON MAIDEN cover) foi apenas um aperitivo para preparar os banguers para o que viria a seguir:Rainbow in the Dark (DIO cover)contou com a participação da Alan Flexa na guitarra, o que deu peso extra na interpretação.

Distant Thunder (SHAMAN cover) foi a próxima. Esta é uma das músicas que já tem a cara dos shows da KEONA e sua execução foi magistral. Depois dela, Paranoid (BLACK SABBATH cover), com destaque para os famosos "Hey!" nas paradinhas.

"Está na hora de quebrar a lei!", anuncia o vocalista Ravel Amanajás, o que indica que Breaking the Law (JUDAS PRIEST) está por vir, com direito ao coro "Oh, oh, oooh!" acompanhando o riff principal e característico dessa música.

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O teclado de Dyuna Monteles encarrega-se de anunciar Lisbon (ANGRA). Mais uma vez, coros entoados pelos Metalheads acompanham a já conhecida e marcante intro. Futebol, Mulher e Rock ‘n’ Roll (DR. SIN) é a próxima do set, fazendo o público pular e agitar muito.

Outra faixa que tem a cara das apresentações da KEONA SPIRIT é Angels Cry (ANGRA), mas o caos ainda estava por vir: The Number of the Beast (IRON MAIDEN) encerrou com chave de metal, com direito a uma roda insana. Problemas técnicos aconteceram com o microfone (que ficou baixo lá pelo quarto cover) e no baixo de Gabriel Wetch, mas não foram suficientes para atrapalhar o show. Mais uma vez, a KEONA SPIRIT está de parabéns pela ótima apresentação e desempenho. O mais animado do Monsters of Rock, sem dúvida (o que será comentado adiante). Até o Cebolinha (sim, ele mesmo!) compareceu! (Havia um evento infantil acontecendo um piso abaixo enquanto as bandas tocavam).

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Depois de uma pausa, é chegada a hora da AMATHERASU apresentar-se. Formado por Jéssica Lima (vocal), Ygor Valente (vocal), Leandro Paiva (baixo), Lenno Marques (guitarra), Gabriel Taz (bateria) e Alan Flexa (teclado), o grupo apresentou quatro músicas próprias: Abismo de Pandora, Herança de Sangue, Eclipse parte 1 e Eclipse parte 2.

Foi uma apresentação tímida por parte do público, mas a banda manda muito bem o seu recado e, apesar do vocalista Ygor não mover-se, compensa com seu gutural poderoso. Jéssica também não deixa por menos e alia bem seu vocal lírico a proposta musical da banda. Segundo Ygor, o grupo já está trabalhando para lançar o primeiro EP.

Encerrando o Monsters of Rock, CERIMONIAL SOMBRIO. A banda também apresentou trabalho autoral e o fez com maestria, apesar do público reduzido, diferente da apresentação anterior, no 2º Cerimonial Fest, que contou com uma plateia maior e sedenta por Gothic Metal. E eis a pergunta: Por que o show da KEONA contou com um público tão animado e, nas demais bandas, parado, apenas aplaudindo ao final de cada execução? Qual o diferencial? Existem vários fatores, como o estilo musical praticado por cada banda, que pode empolgar em maior ou menor escala, mas um diferencial: A KEONA SPIRIT está constantemente interagindo com seus amigos e fãs no Facebook, algo que ainda não (ou pouco) nota-se nas demais bandas.

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Em geral, as três estão de parabéns por fazerem o Monsters of Rock provar que a realização de um evento com bandas de diferentes estilos no cast pode sim dar certo. Toda e qualquer iniciativa que sirva para fortalecer o Heavy Metal amapaense é válida. Independente do evento ser misturado ou segmentado, os grupos estarão lá para botar a casa abaixo e os banguers para apoiar e curtir suas bandas favoritas!

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Sobre Bruno Blackened

Metalhead desde os 16, jornalista desde os 23. Grande incentivador da cena Metal amapaense através de resenhas, reportagens, fotos, artigos, entrevistas e assiduidade nos shows. Minhas vertentes favoritas são o Thrash, Death e Power Metal. \m/
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