Tray Of Gift e Lothlöryen: celebrando a utopia em São Paulo
Resenha - Tray of Gift e Lothlöryen (Manifesto Bar, SP, 06/05/2012)
Por Kito Vallim
Postado em 12 de maio de 2012
Entramos no Manifesto Rock Bar alguns segundos antes da banda que fecharia a noite, o Tray of Gift. Já dentro do bar, conversamos brevemente com o vocalista Adriano Sarto e com o guitarrista e mentor da banda, Rodrigo Berne. Ambos super gente boa!
Após alguns minutos entra no palco a primeira banda da noite, o Ryche X, cover de Queensryche.Com um set list galgado no 'Operation: Mindcrime', mas sem deixar de lado clássicos como 'Take Hold of the Flame' e 'Jet City Woman', a banda fez um set list enxuto, mas que funcionou perfeitamente e empolgou, o modesto público presente no Manifesto naquela noite de domingo.
Alguns minutos se passaram e a incrível banda Lothlöryen entrou no palco. Com temas baseados em assuntos que permeiam a mente humana e a loucura, a banda apresentou um set list repleto de (sensacionais) composições do mais recente CD entitulado 'Raving Souls Society'.
Este que vos fala pouco conhecia do trabalho já realizado pela banda e, até então, pouco havia se empolgado com o que ouvira, mas as composições apresentadas naquele domingo no Manifesto foram do mais alto nível e merecem a atenção de todos os fans do bom metal! Sem demagogia. O sexteto é formado por Daniel Felipe (vocal); Leko Soares (guitarra); Leo Godde (teclado); Tim Alan Wagner (guitarra); Marcelo Benelli (bateria) e, na minha humilde opinião e sem querer desmerecer os já citados, o verdadeiro monstro que roubou as atenções com uma presença de palco raramente vista em shows, especialmente nos dias de hoje, Marcelo Godde (baixo)! O cara destruiu tudo, mas teve que sair do palco antes para a banda finalizar com um cover de Blind Guardian.
E vamos enfim falar sobre os headliners da noite. O Lothlöryen esquentou a platéia para o Tray of Gift colocar tudo abaixo!A banda entrou com tudo, tocando 'Dance of the Little Ones' e agitando o Manifesto Bar. Redundante, na verdade, explicar o efeito que essa abertura causou nas pessoas que estavam vendo o show. Em seguida a banda tocou a abertura do 'debut' que vai sair pela Cogumelo Records mês que vem, Blue Current, uma maravilhosa composição que não deve em NADA ao Tuatha de Danann.
O show continuou com mais clássicos do Tuatha alternando sons da própria banda, como Bards of the Infinity do longínquo homônimo da banda, o som Starry King do Tray of Gift e mesmo cover de The Doors Waiting for the sun.O show se tornou mais cadenciado com a entrada de Last Words do Tuatha, nesse ponto já era possível perceber uma coisa mesmo para o fan menos atento na pista do manifesto: A banda que eles estavam vendo era o Tuatha de Danann.
O que começava com uma leve impressão com as primeiras notas de flauta da 1a música, agora ficava evidente. Lembra quando o Shaman mudou o nome para Shaaman? O Rhapsody para Rhapsody of Fire? Estamos vendo a MESMA coisa acontecer aqui. O Tray of Gift baseou metade de seu set list em seu debut e metade no Tuatha, mas ninguém iria estranhar se fosse o Tuatha tocando seus clásicos e apresentando músicas novas de seu próximo álbum, então escutem a banda sem preconceitos desse tipo, que VALE a pena! Claro, Bruno Maia não estava no palco, e visualmente a banda não parece ser a mesma, com um figurino menos colorido e algumas músicas mais pesadas, mas a essência to Tray of Gift é exatamente a MESMA do Tuatha. Mesmo que algumas pessoas discordem, depois de assistir a banda tocando, vão concordar comigo.
E esse fato fica evidente quando o baixista Giovanni Gomes anuncia no microfone "vamos tocar uma música nossa, quer dizer, uma música nossa da época do Tuatha chamada Lover of the Queen". Eles se sentem ainda na banda, eles tocam como se fossem da banda. Eles apenas não tem mais o nome, mas são um grupo (grande, de 7 membros) unido no palco, que sabe tocar, sabe agitar e sabe dar vida e emoção aos clássicos do Tuatha, bem como fazer o público, mesmo que modesto, agitar ao som de canções nunca antes ouvidas! Quem é músico sabe como isso é difícil! O som continua com 'Tray of Gift' (que já chegou a ser tocada com o Tuatha em tempos passados, mas nunca gravada.), a baladinha Full of Youth, Celtic e, na minha humilde opiniao, a melhor música que a banda apresentou do debut, It's Almost Improper to Ask. O Fim do show se aproximava e muitas surpresas ainda estavam para ser mostradas, entre elas a belíssima 'Believe It's True', seguida pela mais que clásica 'Finganforn', cantada em uníssono pelos que estavam presentes em pleno domingo, próximos da meia-noite, tendo que voltar para a rotina sem gracinha e chata do dia-a-dia. Mas a mágica ainda não havia terminado, o gran finale ficaria por conta de Out in the Fields de Gary Moore.
Todos iriam para suas casas felizes por ter visto o nascimento de uma grande banda, certo? Errado! Rodrigo Berne ja estava desconectando sua guitarra e algumas pessoas ainda pediam por mais, quando Giovanni Gomes, o Troll da noite, chega no microfone e, para delírio de todos, profere as palavras "Acho que dá pra tocar aquele outro cover do Gary Moore" e assim foi. Queen of the Witches foi o final maravilhoso para um show maravilhoso que deixou um gosto de 'quero mais' e estou ansioso,
Assim como os que estiveram presentes, para um retorno do Tray of Gift para a nossa querida cidade! Parabéns para Rodrigo Berne (guitarra); Adriano Sarto (vocal); Giovani Gomes (baixo); Marcos Teixeira (flauta); Felipe Batiston (Teclados); Wilson Melkor (bateria) e Raphael Wagner (guitarra) pela energia mostrada no palco, cada integrante lá estava tocando como se cada pessoa assistindo fossem mil! Garra rara de ser ver hoje em dia!
Fonte: Meavy Hetal
Url original:
http://www.facebook.com/note.php?note_id=455350734480474
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps