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Thorhammerfest IV: Wotan vive em São Paulo

Resenha - Thorhammerfest IV (Manifesto Bar, São Paulo, 18/12/2011)

Por Durr Campos
Postado em 22 de dezembro de 2011

Em sua quarta edição, o já tradicional THORHAMMER, maior festa de celebração pagã de São Paulo, novamente trouxe o melhor dos estilos pagan, folk, viking e epic metal. O Manifesto foi novamente a casa onde três dos principais nomes dentre dos gêneros supracitados realizaram ótimas apresentações. A Whiplash.Net esteve por lá e registrou todos os detalhes, em especial para os leitores que não puderam estar de corpo presente. Peguem seu hidromel, façam uma prece a Wotan e nos acompanhe nas próximas linhas.

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Texto Durr Campos/ Fotos Pierre Cortes

Direto de Mariporã, Região Metropolitana da capital paulista, o CROWN OF FALLEN HEROES abriu de forma esplendorosa a festa. Formada há sete anos como uma "one man band" por Heathen Mist, o conceito gira basicamente em torno da glorificação aos antigos ancestrais pagãos a partir de composições inspiradas pela natureza e estórias de velhas batalhas, quando "as grandes virtudes dos homens prevaleciam" (nota do redator: Trecho extraído da página oficial deles no Facebook). Enfim, para situar os caríssimos leitores, trata-se de uma bela mistura daquela velha escola do black metal praticado na primeira metade dos anos 90, mas sem abrir mão das passagens acústicas e vocais limpos. Eles lançaram recentemente um promo e no momento estão em negociação com um selo brasileiro para o lançamento do debut. Pessoalmente adorei "Let us Hear the Valkyries Song", a cativante "Shield of Heathen Faith" e a ótima versão para "Into The Ardent Awaited Land", do clássico debut ...En Their Medh Riki Fara.., lançado em 1996 pelos alemães do Falkenbach. Aliás, este cover entregou de fato qual a proposta musical do projeto. Em tempo, acompanharam Heathen Mist o baixista Júlio César, além do guitarrista/vocalista/flautista Holykran e a baterista Guerriera Nox, ambos do maravilhoso Iron Woods.

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Em seguida os santistas do HUGIN MUNIN vieram com tudo. O pessoal estava lançando seu álbum Ten Thousand Spears For Ten Gods (nota do redator: Veja resenha mais abaixo feita pelo fotógrafo e redator Pierre Cortes), certamente um dos artefatos mais aguardados no underground. Fizeram o melhor show da noite e olha que foram anunciados de última hora, assim que os paulistanos do Wodanaz cancelaram sua apresentação semanas antes. Voltando ao Hugin Munin, o som foge às regras de boa parte dos maiores nomes do pagan/viking metal, indo para um caminho mais moderno, com riffs de guitarra pesadíssimos e uma pegada que nos remete a bandas thrash e hardcore. Inclusive encontrei algo do Pantera e do velho Sepultura em trechos de suas canções, bem na forma de se portar em cena do vocalista Surt. Pois bem, essa mistura aí gerou quatro (!) apagões no Manifesto. Isso mesmo, a massa sonora sugou a energia do lugar e, pasmen!, deu um toque único ao set deles. Logicamente que o jogo de cintura e bom humor dos integrantes e público ajudaram muito. Os "irmãos do Sul", como foram apelidados na Europa, tocaram, dentre outros hinos de batalha, as excelentes "Warbound" e "Once in a Grave". Para finalizar, acreditem se quiser, um singelo "wall of death" (nota do redator: Ritual bastante corriqueiro em shows punk e hardcore, o qual consiste na formação de dois "muros" pelo público, um de frente para o outro, que se chocam sob o comando do artista, formando um mosh-pit). Menção honrosa ao baixista Sigurd, um dos melhores que já vi em minha errante vida metálica.

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Ao quinteto que responde pela alcunha de TERSIVEL coube a tarefa árdua de superar a avalanche sonora anterior e fechar o THORHAMMER. Headliners da noite, seguiram à risca os 90 minutos anunciados pela organização do festival. Pelo horário avançado, em pleno domingo, achei que poderiam ter encurtado um pouco, mas isso em nada atrapalhou a banda, muito pelo contrário, pois tiveram tempo o bastante para brindar seus fãs com um repertório cheio de músicas extremamente qualificadas. Os argentinos vieram promover o novíssimo For One Pagan Brotherhood, registro este que vem angariando uma coleção de elogios por parte da imprensa especializada. Da bolachinha tocaram algumas das minhas favoritas, a exemplos das inspiradas "Those Days Are Gone", "We Are the Fading Sun", Pagan Nation – que lembra muito os irlandeses do Cruachan - e as divertidíssimas "Tarantella Siciliana" e "Cosa Nostra", com seu refrão impossível de sair da memória: "Cosa nostra, la muzzarella, el pepperoni y tersivel". Aliás, o vocalista/guitarrista Lian Gerbino introduziu com o auxílio apenas do teclado este trecho e preparou muito bem o público, que retribuiu a extrema simpatia – de todos os membros, diga-se - cantando em uníssono. Os hermanos, espertos, ainda tocaram "Hail And Kill", do Manowar, ganhando de vez os atentos e empolgados expectadores. Já se passava da meia-noite quando este que foi um dos melhores acontecimentos da cidade em tempos teve seu fim. Forma mais interessante de comemorar o solstício de verão impossível.

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Sobre Durr Campos

Graduado em Jornalismo, o autor já atuou em diversos segmentos de sua área, mas a paixão pela música que tanto ama sempre falou mais alto e lá foi ele se aventurar pela Europa, onde reside atualmente e possui família. Lendo seus diversos artigos, reviews e traduções publicados aqui no site, pode-se ter uma ideia do leque de estilos que fazem sua cabeça. Como costuma dizer, não vê problema algum em colocar para tocar Napalm Death, seguido de algo do New Order ou Depeche Mode, daí viajar com Deep Purple, bailar com Journey, dar um tapa na Bay Area e finalizar o dia com alguma coisa do ABBA ou Impetigo.
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