Creedence em POA: espetáculo marcado pela intensidade
Resenha - Creedence Clearwater Revisited (Teatro Bourbon, POA, 15/11/2010)
Por Maximiliano P.
Fonte: rockrevista.blogspot.com
Postado em 25 de novembro de 2010
Na segunda-feira, indo para Porto Alegre ver o CREEDENCE CLEARWATER REVISITED, começou a tocar no CD do carro a lindíssima "Long As I Can See The Light". Olhei para a camiseta que estava levando para o show (da banda, obviamente), e minha mente começou a voar.
Imediatamente recordei quantas bandas cover assisti na minha vida "boêmia", e quantos por cento delas fizeram releituras do CREEDENCE. "Proud Mary", "Hey Tonight", "Have You Ever Seen The Rain", "Who Will Stop The Rain", "Green River"... Imagens vieram à minha cabeça: as capas dos discos do CREEDENCE que meu tio me apresentou no final dos anos 80; os CD's "Chronicals Vol. 01 e 02", que nove em cada dez roqueiros com mais de 30 anos com certeza possuem...
Creedence C. Revival - + Novidades
Só aí caiu a ficha: faltavam instantes para estar pertinho daqueles caras que praticamente me debutaram no rock'n roll e que criaram todos esses sucessos... Pensei em quão imortal é uma banda para continuar arrastando seguidores pelo mundo, mesmo 38 anos após ter se separado, e dei um amplo sorriso pela oportunidade que estava por ter.
Ao chegar no teatro e entrar na pista, confesso que me senti muito à vontade, por ter a impressão de estar em um grande bar: encontrei amigos, observei toda aquela galera se espremendo na beira do palco, tomando cerveja e conversando sobre trivialidades enquanto aguardavam a banda. Como eu já imaginava, estavam lá muitos motoqueiros, alguns yuppies, outros poucos carinhas engravatados. O CREEDENCE é universal, assim como os Beatles e os Rolling Stones: agrada pobres e ricos, homens e mulheres, selvagens e domesticados, jovens e não tão jovens assim...
Seis minutos após o anúncio da banda, que foi feito pontualmente às 21h, os membros originais do CREEDENCE, Stu Cook (bateria) e Doug Clifford (baixo), acompanhados do guitarrista Tal Morris, do multi-instrumentista Steve Gunner e do vocalista John "Bulldog" Tristão, vieram dos bastidores e abriram com a clássica "Born On the Bayou".
À propósito, "clássica" é uma palavra que expressa precisamente o repertório dos 91 minutos de show. Todas as músicas foram cantadas do início ao fim pela platéia, que conhecia todos os 19 sucessos da noite.
O espetáculo foi marcado pela intensidade, do público e da banda... O gaúcho tem o rock na sua essência, e isso ficou claro quando canções mais roqueiras, e não só os maiores hits, empolgaram a platéia. Foram os casos de "I Heard it Trough The Grapevine" e "Susie Q.", esta com uma performance sensacional do inspirado guitarman Tal Morris.
Obviamente o momento que o teatro veio abaixo foi quando, no bis, a banda anunciou e tocou "Have You Ever Seen The Rain". Da mesma forma, muitos foram às lágrimas no momento em que o baixista e o baterista relembraram Tom e John Fogerty, os outros membros originais da banda, e celebraram com um forte abraço 52 anos de amizade e convivência profissional.
O set list completo foi o seguinte: Born on the Bayou, Green River, Cotton Fields, Commotion, Who Will Stop The Rain, Susie Q., Hey Tonight, Long As I Can See The Light, Down on The Corner, Looking Out My Back Door, I Heard it Trough The Grapevine, The Midnight Special, Bad Moon Rising, Proud Mary, Fortunate Son. Bis: Have You Ever Seen The Rain, Travelin' Band, Good Golly Miss Molly e Up Around The Bend.
Na volta, novamente o "shuffle" do som me premiou com o CREEDENCE (desta vez "Walk On The Water"), e o sentimento saudosista da ida foi substituído pela satisfação de um garoto que acabou de comer um enorme pirulito colorido.
Concluí que o CREEDENCE é eterno, seja na formação original, seja apenas com dois membros natos, ou até mesmo nas bandas de cover dos bares da vida... Afinal, citando Carlos Drummond de Andrade, "eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata...".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
Fender lança linha de instrumentos em comemoração aos 50 anos do Iron Maiden
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
Evanescence anuncia turnê mundial para 2026
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
O único "filme de rock realmente bom" da história, segundo Jack Black
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
Parceria com Yungblud rende marca histórica ao Aerosmith
As três bandas clássicas que Jimmy London, do Matanza Ritual, não gosta
Em publicação sobre "Rebirth", Angra confirma Alírio Netto na formação atual
Membro abandonado pela própria banda é salvo por financiamento coletivo
O disco que saiu das apresentações ao vivo do Iron Maiden em 2011 e nunca mais voltou
A clássica canção do Queen que causaria "cancelamento" caso fosse lançada nos dias de hoje
Audioslave: Tom Morello diz que Rick Rubin quis sair correndo da casa de Chris Cornell

A banda que arruinou o show do Creedence em Woodstock, de acordo com John Fogerty
O dia em que o jogador Creedence Clearwater Couto conheceu o Creedence Clearwater Revisited
O curioso título original de "Fortunate Son" do Creedence Clearwater Revival
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!



