Whitesnake: Em São Paulo, um pouco da história do Hard Rock
Resenha - Whitesnake (Credicard Hall, São Paulo, 09/05/2008)
Por Eduardo Contro
Postado em 12 de maio de 2008
Em dia de trânsito caótico na cidade de São Paulo, com recorde de congestionamento e tudo o que uma noite de sexta-feira na Marginal Tietê pode proporcionar, o Whitesnake fez uma apresentação memorável no Credicard Hall.
Coverdale e os músicos que o acompanham mostraram em São Paulo, para 7 mil pessoas, um pouco da história dessa grande banda de hard rock muito apreciada até hoje (os ingressos estavam esgotados desde 15 de abril).
Em sua quarta passagem pelo Brasil, o Whitesnake apresentou sucessos antigos e canções de seu primeiro disco de inéditas lançado em onze anos, o bom "Good To Be Bad" (de 2008).
Quem conseguiu chegar até lá até um pouco atrasado, pôde presenciar uma noite de gala. Às 22h30 o grupo abria a noite mandando o som "Best Years", do seu 11º álbum.
Na seqüência, retomaram um pouco de sua trajetória com "Fool For Your Loving", um clássico dos primórdios da banda, para incendiar o público.
Injusto seria dizer que essa recente formação é só mais uma das 50 (exagerando um pouco, claro) do Whitesnake. Os integrantes atuais fazem bonito. Para se ter uma idéia, Doug Aldrich (guitarra), toca com Dio; Reb Beach (também guitarra), no Winger; Timothy Drury (teclados), no Eagles; e Uriah Duff (baixo) e Chris Frasier (bateria) completam a banda com muita qualidade.
Mas não é só isso que agrada. A simpatia dos músicos (incluindo Coverdale) chama atenção. Não por trocar tantas palavras com o público, mas pela sensação prazerosa pela música, o sorriso estampado na cara em cima do palco, a empolgação de tocar que chega a parecer como se fosse a primeira vez.
Esse modo raro de agir de um rockstar traz definitivamente o público pra perto da banda, faz o fã mais fã do que nunca. A troca veio com força, fazendo a galera agitar bastante o tempo todo. Provável que no alto dos seus 57 anos, Coverdale tenha aprendido tudo o que se deve e o que não se deve fazer em cima do palco.
Vale destacar o som impecável. Ambos os guitarristas mostraram muito virtuosismo, mas principalmente, muita precisão. Todas as músicas foram executadas sem erro (ao menos aparentes), e com um som muito limpo e volume ideal, digno de congratulações à casa. Aliás, difícil destacar apenas um dos integrantes.
Para fechar em grande estilo, o grupo apresentou também "Still Of The Night", seguida de "Soldier Of Fortune", do Deep Purple, banda da qual foi vocalista entre 1973 e 1976, antes de formar o Whitesnake. Continuando o embalo de sons pré-Whitesnake, vieram ainda os clássicos "Burn" e "Stormbringer".
Ao longo de sua carreira o Coverdale provou o suspiro das mulheres e muitas críticas, mas, sem dúvida, conseguiu seu espaço com muito trabalho. Seguindo o nome do seu último disco, em duas horas de show, David prova que "it is good to be bad to the bone". E que continue assim, "bad" (no melhor sentido possível), até, quem sabe, seus 70/ 80 anos.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A melhor música de "Let It Be", segundo John Lennon; "ela se sustenta até sem melodia"
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
Trivium agradece Greyson Nekrutman e anuncia novo baterista
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
A canção do ZZ Top que, para Mark Knopfler, resume "o que importa" na música
As 10 melhores músicas do Iron Maiden, de acordo com o Loudwire
Site americano elege melhores guitarristas do metal progressivo de todos os tempos
Os 75 melhores discos da história do metal, segundo o Heavy Consequence
O megahit dos Beatles que Mick Jagger acha bobo: "Ele dizia que Stones não fariam"
O único frontman que Charlie Watts achava melhor que Mick Jagger
Após fim do Black Sabbath, Tony Iommi volta aos palcos e ganha homenagem de Brian May
Marcie Free, uma das maiores vozes do AOR, morre aos 71 anos
A banda em que Iron Maiden se inspirou para figurino na época do "Piece of Mind"
Nicko McBrain tocará no próximo álbum do Iron Maiden? O próprio responde
O melhor disco do Kiss, de acordo com a Classic Rock

Glenn Hughes não acredita que David Coverdale voltará aos palcos
O cantor que muitos achavam imitar Robert Plant, que passava pano para ele
O músico que aproximou o Thin Lizzy do heavy metal
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista


