G3 no Claro Hall: Casa cheia, fãs de Dream Theater e jogo que começou
Resenha - G3 2006 (Claro Hall, Rio de Janeiro , 29/10/2006)
Por Dee Dumore
Postado em 07 de novembro de 2006
Casa cheia, mesas tomadas, fãs de Dream Theater por toda parte pra verem o último show da "tour" com essa formação. Show de G3 é jogo ganho, não importa quem esteja na tour! Nesse caso, Eric Johnson, John "Dream Theater" Petrucci e Joe "O dono da bola" Satriani.
Fotos: Antônio César
O show começa com Johnson, que entra portando uma honestíssima Fender Strato e parcos porém turbinados pedais de efeito, tocando "Summer Jam". De posse do set list, eu já sabia onde seria gol e onde seria tensão do público… A música seguinte de Johnson, "Back Pages" seguiu cantada pelo próprio, que além de uma guitarra excepcional, também canta que é uma beleza! Acompanhando-o, Tommy Taylor na bateria e Roscoe Beck no baixo, que formam com Johnson a sua Electric Band. O show corria tranqüilo até demais considerando a natureza dos shows do G3.
Eric Johnson não é muito chegado a malabarismos e nem a "fritura" de notas (é sem dúvidas o mais tranqüilo dos três), mas na quarta faixa, "Brilliant Room", ele mostra que pode fazer isso tanto quanto qualquer um dos dois colegas de "tour", levantando o público das chatinhas cadeiras do Claro Hall. Em sua primeira vez no País, Eric agradeceu o carinho e a animação do público e prometeu voltar mais vezes.
Depois de um breve intervalo para mudança de equipamentos de palco, é a vez dele – John Petrucci – o cara do Dream Theater (por mais que isso doa no La Brie). A casa inteira de pé para ver a entrada fulminante do guitarrista no palco. Para a distração do público, a primeira faixa começa com a bateria de Mike Portnoy e o baixo de David La Rue. Logo em seguida, Petrucci entra em cena com a sua Ernie Ball Signature Series, mais forte e igualmente animado, tocando "Jaws of Life", para o delírio do público que descaradamente foi para vê-lo. As faixas seguem com muito peso, muita distorção, mas também com muito feeling, tanto nas notas como nos títulos ("Glasgow Kiss", "Lost without You", "Wishful Thinking"), alternando momentos mais intimistas e menos agressivos. A segunda faixa levou a casa inteira à mais completa comoção – "Glasgow Kiss" – com todos os fãs, fotógrafos, redatores e seguranças de pé! E ele seguiu o show ao som do bom e velho "PETRUTCHÊ! PETRUTCHÊ!" do público. A partir da terceira faixa, "Lost without You", Portnoy e sua barba verde começam a disputa da atenção dos ‘Dream Theaters’ presentes, girando baqueta atrás de baqueta, com seus malabarismos característicos, sendo extremamente ovacionado pelo público. Vez ou outra ele deixava a baqueta cair no chão. O show de Petrucci transcorreu tranqüilo, com momentos de calmaria e muito feeling, com outros de peso e notas corridas. Quase um ano depois da vinda do Dream Theater ao Brasil, a dupla Petrucci-Portnoy fez muitos fãs felizes, e David La Rue também fez bonito, com direito a solos e aplausos de pé da parte dos fãs, dentre eles Pepeu Gomes.
Mais um rápido intervalo para a entrada do "dono" do negócio, aquele que convida - Joe Satriani - Satch para os íntimos. O "alien" mais querido da guitarra entrou no palco para "Flying" com a sua Ibanez Signature Series branca de sempre, o mesmo Cry Baby que os outros dois usaram e a casa inteira de pé, aos gritos de "JOE! JOE! JOE!". Joe Satriani é o cara que assovia e chupa cana – a segunda faixa, "Extremist", é acompanhada por ele na gaita e na guitarra. Até aí, a tranqüilidade de Johnson e o feeling de Petrucci deram lugar ao virtuosismo extremo e às notórias brincadeiras de Satch, o mais careteiro dos três e também o mais empolgado. No baixo com ele estava, mais uma vez, David La Rue.
Show de Satriani significa troca de guitarras a cada duas músicas. Já na terceira ele estava com sua Signature vermelha, animando o público, pedindo palmas para La Rue. Na faixa seguinte, Satch começa "Super Colossal" com sua Ibanez que traz seu próprio rosto estampado no corpo da guitarra. Logo em seguida, "Just like Lightnin’", Satch larga a brincadeira e parte para o que todos alí esperam ver – tocando com os dentes, fazendo a guitarra falar como gente e os músicos acompanhando cada passo e cada nota. Ao avistar uma faixa no meio do público em que se lia "Joe, God Bless You", Satch aponta e agradece, sabendo que ele pode fazer quase tudo no palco – a aprovação do público é imediata.
A famosa Ibanez cromada prata entra em cena em "Crowd Chant", onde ele pede ao público para acompanhar com a voz o que ele toca na guitarra, como manda o título da música. O que ninguém, além de mim e dos músicos, sabia era que seguido dessa distração viria "Summer Song" – a queridinha do público. Passado a comoção de "Summer Song" e o solo de bateria aplaudido de pé, veio a décima e última faixa de Satch, "Always With Me, Always With You", com reposta do público brasileiro e seu peculiar "ÔÔÔÔ!!".
Mal terminou o set e Petrucci está no palco, fazendo a segunda guitarra de "Always", para completo desespero do público. Por ultimo entra Eric Johnson para completar o grupo, terminar "Always...", e começar a jam session, que teria "Voodoo Child" como primeira faixa do trio, cantada por Johnson. Seguiram com "Red House", também cantada por Johnson e por ultimo, depois de quase 5 horas de show, "Rockin’ in the Free World", com todos os três e mais a casa toda cantando.
A conclusão??? É bom que não demorem muito para voltar!
ERIC JOHNSON:
"Summer Jam"
"Back Pages"
"Trademark"
"Brilliant Room"
"Manhattan"
"Morning Sun"
"Columbia"
"Desert Rose"
"Cliffs"
JOHN PETRUCCI:
"Jaws of Life"
"Glasgow Kiss"
"Lost Without You"
"Curve"
"Wishful Thinking"
"Damage Control"
JOE SATRIANI:
"Flying In A Blue Dream"
"The Extremist"
"Redshift"
"Cool #9"
"Satch Boogie"
"Super Colossal"
"Just Like Lightnin’"
"Crowd Chant"
"Summer Song"
"Always With Me, Always With You"
JAM SESSION:
"Voodoo Child"
"Red House"
"Rockin’ in the Free World"







Luis Alberto Braga Rodrigues | Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
We Are One Tour 2026 anuncia data extra para São Paulo
Dave Mustaine acha que continuará fazendo música após o fim do Megadeth
Os 11 melhores álbuns de metal progressivo de 2025, segundo a Loudwire
As 5 melhores bandas de rock de Brasília de todos os tempos, segundo Sérgio Martins
Para criticar Ace Frehley, Gene Simmons mente que ninguém morre devido a quedas
Como foi lidar com viúvas de Ritchie Blackmore no Deep Purple, segundo Steve Morse
A atitude de Lula que Dinho considerou "insulto e erro"; diversos rockstars fizeram coro
Uma resposta às críticas que Regis Tadeu fez aos Engenheiros do Hawaii
O que significa "Acabou Chorare" e quem é a "Preta Pretinha" no clássico dos Novos Baianos


Molchat Doma retorna ao Brasil com seu novo álbum Belaya Polosa
Gloryhammer - primeira apresentação no Brasil em ótimo nível
Planet Hemp é daquelas bandas necessárias e que fará falta
Masterplan - Resenha e fotos do show em Porto Alegre
Poppy - Uma psicodelia de gêneros no primeiro show solo da artista no Brasil
Festival Índigo cumpre a promessa em apostar no Alternativo
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!

