Stryper: Pouco público e clássicos de sobra em São Paulo
Resenha - Stryper (Via Funchal, São Paulo, 12/08/2006)
Por Rodrigo Scelza
Postado em 22 de agosto de 2006
Passando pela primeira vez no Brasil, os cristãos do Stryper mostraram para os poucos presentes na Via Funchal que estão numa das melhores fases de sua carreira.
Chegando ao Via Funchal, poucos presentes e diferentes estilos de fãs da banda, desde os do visual glam rock que assombra os dias de hoje no Brasil, até os fãs mais tranqüilos que curtem a banda não pelo visual que marcou a sua fase inicial, mas também pelo feito pelos irmãos Sweet & cia.
Um pouco mais de 2000 pessoas se amontoaram pra ver o que seria a primeira passagem da banda em terras brasileiras, depois do primeiro cancelamento e uma nova data remarcada. Quem gosta da banda e não foi, com medo de ver um novo set por causa do lançamento do fraco e moderno Reborn, se arrependerá profundamente, porque o show foi uma verdadeira volta aos gloriosos tempos que a banda passou no começo/final dos anos 80.
Por volta das 22 horas as luzes se apagaram e o "sampler" da maravilhosa "Battle Hymn Of The Republic" fez um coro de vozes gritarem "aleluia". Cortinas abertas e Michael Sweet com os braços também abertos e muito feliz recebe a banda tocando "Sing Along Song". Daí em diante o que nós vimos foi um desfile de clássicos como "The Rock That Makes Me Roll" e "Reach Out", do segundo álbum da banda, "Soldiers Under Command".
Uma pequena pausa para Michael saudar os fãs brasileiros e esclarecer o que de fato aconteceu quando a primeira data anunciada tinha sido cancelada. Logo após, pediu para os presentes voltarem a 1986, quando aconteceu o lançamento do disco "To Hell With The Devil" onde os cabelos deles estavam um pouco mais cheios e bem para o alto, e finalizou dizendo: "Se conhecem essa música, então, pulem!". Não só uma foi tocada, mas sim duas em seqüência; "Calling on You" e "Free" fizeram o público gritar a plenos pulmões. A banda em vários momentos mostrou grande surpresa com a recepção dos brasileiros.
A próxima tocada foi "All For One", única do disco "Against The Law", último da banda antes do anúncio do encerramento de atividades em 1991. "Loud And Clear" por sua vez foi também a única do primeiro álbum, "The Yellow and Black Attack", de 1983. Grande interação com o público; Michael interrompeu a música para pedir aos presentes que alternassem suas vozes com a dele no refrão. Excelente idéia!
Como eles estavam divulgando a turnê do álbum "Reborn", três músicas do mesmo foram tocadas. Não gosto do álbum, mas as versões para "Open Your Eyes", o remake de "In God We Trust" e "Live Again" me surpreenderam por todo o seu peso ao vivo.
Aliás, pausa para comentar... como a banda está extremamente pesada ao vivo! O Stryper se adequou muito bem à mudança dos tempos. Não soa datado e nem brega e sim extremamente pesado . Suas músicas mais hard rock soam como metal bem tradicional. As composições novas não são do meu agrado, mas se tornam bastante homogêneas junto às músicas antigas.
Antes de "Live Again" a banda foi apresentada, seguindo-se um pequeno solo de cada um dos integrantes, com exceção do "frontman", Michael Sweet. Oz Fox fez um pequeno, porém muito rápido e técnico solo, provando ser um dos melhores do estilo. Robert Sweet é um baterista competente e chega a ser intrigante porque ele ainda toca de lado para o público; mas seu solo poderia ter sido deixado de lado. A grande surpresa foi Tracey Ferrie, o novo baixista, que mostrou ser, no mínimo, excelente! Deixando a história de lado e olhando para técnica, ele é muito superior a Tim Gaines, o clássico da banda.
Após isso a banda distribuiu bíblias ao público. Muitos marmanjos se debateram para pegar o item. Como gosta de rezar, esse povo?!
A banda retorna com uma nova versão para a balada mais famosa do grupo, "Honestly". Versão muito fraca, um popzinho safado; antes fosse somente violão e voz, ficaria mais honesto. Único ponto fraco do show.
Depois da lástima, outra música do "To Hell With The Devil" foi tocada antes do Bis, "The Way". Muito bem executada, porém uma música, na minha opinião, totalmente substituível.
A volta para o Bis foi só alegria com três clássicos soberbos! "To Hell WIth The Devil", "More Than A Man" e "Soldiers Under Command" fecharam a noite com o público cantando em uníssono e deixando Michael Sweet de queixo caído com a reação da platéia.
Ao final, preces agradecendo a Deus pelo grande show e aos presentes que contribuíram para essa grande noite; belo momento que emocionou a muitos e fez outros tantos rirem com a pregação. Saldo da noite: excelente show, maravilhosa banda e a esperança de vê-los mais uma vez em nossas terras.
Aleluia, irmãos!
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