Tuatha de Danann: Contagiante, Tuatha de Danann faz Santa Catarina dan
Resenha - Tuatha de Danann (Pavilhão Henry Paul, Timbó, 18/03/2006)
Por Clóvis Eduardo
Postado em 23 de março de 2006
Lá pelo final de 2005, um rapaz barbudo e de cabelo comprido começou a contar umas lorotas de que o Tuatha de Danann tocaria em Santa Catarina. Como a maioria do povo ainda não acredita em duendes, fadinhas ou poções mágicas, resolveu-se dizer que era mentira. Alguns afirmavam até: " – Uma banda com anúncios em revista, participação em grandes shows no Brasil e uma turnê pela Europa nas costas não viria nunca pra Timbó (onde?) fazer show!" Pois bem. Aos que duvidaram, ousaram ou se recusaram a ver, a resposta: Sim, eles vieram. Que bom.
Fotos: Makila Crowley (www.makilacrowley.com.br)
Tuatha de Danann - Mais Novidades
Não que eles sejam astros do mundo rock, intocáveis ou viraram milionários. Mas da fama eles já podem se vangloriar. Ver pela primeira vez, o Tuatha de Danann no palco do Centro de Eventos Henry Paul, tradicional por festas nada convencionais para o pessoal de preto, foi animal. Ainda mais acompanhados de quatro excelentes bandas de Santa Catarina. Calor, metal e alegria. Quer mais?
A Flesh Grinder – uma banda que merece reconhecimento pelo poder de persistência e coragem – começou já de pegada no Splatter/Grind que conquistou a Europa. Já com uma bagagem por ter passado por Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, Bélgica e Áustria, o trio formado em Joinville se destaca pelo som e pela imagem bem característica do estilo. Sobram composições de atrocidades corporais e os termos mais nojentos possíveis. O público ainda se ajeitava no local, e a Flesh Grinder já estava destruíndo tudo.
A próxima a subir ao palco foi a Shadow of Sadness, que aperfeiçoa cada vez mais o seu Death Metal. Como segunda banda da noite, mandou músicas próprias com muito estilo. Formado em Itapema, o grupo demonstra personalidade no palco e muito peso e melodia nas canções. O cover de "Death in Fire" do Amon Amarth e de "Slave The World" do Sepultura foi muito bem aceito pelas cerca de 1,5 mil pessoas que curtiam as apresentações.
Assim como experiência é adquirida gradativamente para a Shadow of Sadness, o terceiro grupo da noite, Steel Warrior, dá um banho de entrosamento e habilidade. A banda é uma das principais representantes catarinenses e também já esteve de passagem pela Europa, com uma grande aceitação pelo Heavy Metal tradicional que executa. Mas ainda que o grupo formado em Itajaí mostrasse muita força no palco, a ansiedade de ver o Tuatha de Danann ia além.
As representantes de Santa Catarina não se intimidaram como apenas bandas de abertura de um dos grandes nomes do metal nacional. O Tuatha de Danann mostrou que essas menções são bem merecidas. O quinteto, formado por Bruno Maia, Rodrigo Berne, Giovani Gomes, Rodrigo Abreu e por Edgar Brito demorou a entrar no palco, mas fez um show contagiante do início ao fim. Flautas, teclados, violões tornam as canções do grupo bem interessantes, ainda mais ao vivo. Lembra muito o Jethro Tull, só que bem mais pesado. A variação e a participação dos componentes nos vocais é um dos pontos altos da "festa" que eles promovem.
"The Dance Of The Little Ones", "Lover Of The Queen", "Tingaralatingadun", "Bella Natura" e a bastante requisitada "Fingaform", deixaram os fãs bastante eufóricos. O quinteto mostrou-se simpático e feliz com o momento. Para fechar, um cover clássico de "Rockin' In The Free World", do Neil Young, e encerraram a apresentação com muita classe. Não à toa, a resposta que o Tuatha de Dannan recebeu nos palcos internacionais foi semelhante ao carinho demonstrado em Timbó.
O ouvido estava mais calmo com as melodias alegres da banda mineira, mas a última banda da noite, a Infektus, na função de anfitriã, tratou de esmagar novamente os tímpanos. Pedradas do mais puro Death Metal encerraram a noite. Ao final, público exausto pelo alto nível das apresentações e a certeza de que a rota das grandes bandas nacionais tenha sempre passagem obrigatória por Santa Catarina.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O único "filme de rock realmente bom" da história, segundo Jack Black
Irmãos Cavalera não querem participar de último show do Sepultura, segundo Andreas Kisser
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
Fender lança linha de instrumentos em comemoração aos 50 anos do Iron Maiden
Obituary anuncia turnê sul-americana com 5 datas no Brasil em fevereiro de 2026
Andreas Kisser diz que não tem a "mínima vontade" de voltar a tocar com irmãos Cavalera
Geezer Butler e Tony Iommi homenageiam Ozzy Osbourne, que faria 77 anos nesta quarta-feira
O álbum do Almah que ambição era bater de frente com Angra, segundo produtor
O artista que se surpreendeu ao descobrir que seu hit é o maior do estilo no Spotify
"Mike Shinoda sempre colocava meu filho para baixo", diz mãe de Chester do Linkin Park
O maior guitarrista da história na opinião do mestre Neil Young


Molchat Doma retorna ao Brasil com seu novo álbum Belaya Polosa
Gloryhammer - primeira apresentação no Brasil em ótimo nível
Planet Hemp é daquelas bandas necessárias e que fará falta
Masterplan - Resenha e fotos do show em Porto Alegre
Poppy - Uma psicodelia de gêneros no primeiro show solo da artista no Brasil
Festival Índigo cumpre a promessa em apostar no Alternativo
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!



