Dimmu Borgir: "Good night, Rio! Thank you very much and Hail Satan!"
Resenha - Dimmu Borgir (Claro Hall, Rio de Janeiro, 24/04/2004)
Por Rafael Carnovale
Postado em 24 de abril de 2004
Fotos: Anderson Guimarães.
"GOOD NIGHT RIO DE JANEEEEIIIRO, THANK YOU VERY MUCH AND HAIL SATAN!!!!!!!!!!!!!".
Com esta singela despedida, o vocalista Shagrath encerrava o massacre sonoro de 68 minutos executado pelos noruegueses do Dimmu Borgir. Foi realmente um show brutal, o primeiro show de uma banda de metal extremo numa casa como o CLARO HALL, com garantia de som de alto nível. Pena que o público foi bem abaixo do esperado. Apenas 1.500 pessoas compareceram para presenciar o massacre de Shagrath, Vortex (baixo), Silenoz e Galder (guitarras) e Mustis (teclado), num dos primeiros shows após a saída do baterista Nicholas Baker, substituído por um músico contratado. Tudo indicava que seria um dia massacrante, a começar pelo tempo, que se manteve fechado por boa parte do domingo, criando um bom clima.
Mas a noite não começou com Dimmu Borgir. As bandas cariocas Arkanum e Avec Tristesse ficaram encarregadas da abertura. Abertura que começou com um atraso significativo, com muitos fãs entrando enquanto o Arkanum ainda passava seu som. Perto das 23 horas o Arkanum começou seu "set", com "Unorthodox" (que aparece na coletânea da revista Valhalla), seguindo com "Psalme of Uncertainity" e "When the Empyreal Calls". A banda é bem competente, com destaque para o vocalista Nihil e o guitarrista Alan Domingues (com uma performance bem teatral). A banda ainda executou "The Silent Waters", "Iconoclast" e uma bela versão para "The Rise of Sodom and Gomorrah", do Therion, que contou com um quarteto de cordas. Uma banda que merece atenção. A banda possui duas demos e mostrou antes de tudo muita vontade. Boa surpresa para começar a noite.
Após um breve intervalo o Avec Tristesse sobe ao palco, com a intro "I am But One", de seu novo cd, lançado recentemente. A banda pautou seu "set" no disco novo, com músicas como "All Love is Gone", "Lost in Your Complexity", "She, The Lust" e "A View to the End", porém o show foi afetado por diversos problemas no som, que prejudicaram a performance da banda. Muitos reclamavam que o som estava bom em partes da casa, e em outras, péssimo. A banda ainda detonou dois "covers": "Roswell47" do Hypocrisy e "Unhallowed" do Dissection. Foi um bom show, mas os problemas técnicos atrapalharam, o que foi confirmado depois pela banda. Mas prestem atenção. Outra banda carioca muito competente.
Os nervos do público já estavam a flor da pele quando por volta da meia noite o pano de fundo com a imagem do cd "Death Cult Armagedon" foi mostrado e as luzes se apagaram. Uma "intro" operística e soturna, seguida da entrada da banda deixou a galera louca. O Dimmu já veio com tudo detonando um de seus maiores hits: "Spellbound", seguida de "In Death´s Embrace".
Sem pensar muito a banda emenda numa porrada só "Vredesbyrd", que deixa o público atônico com a brutalidade dos noruegueses. O som estava ótimo e o jogo de luzes alternando verde,azul e vermelho funcionou perfeitamente. O vocalista Shagrath aproveitou a deixa para saudar a galera, e anunciar "Cataclism Children", do novo cd, seguida pelo clássico "Kings of Carnival Creation". O público ficou dividido. Parte observava atônita a performance da banda enquanto parte cantava e pulava sem parar. Sem parar também vieram "Allegiance" e "Arcane Lifeforce Mysteria".
Shagrath se mostrou um excelente vocalista e antes de tudo um "frontman" até que simpático, debaixo de todo o "corpsepaint" e a indumentária de couro e metal que usa. As guitarras de Galder e Silenoz ditaram o ritmo com extrema habilidade na excelente "The Insight and the Catharsis", com o auxílio sempre eficaz de Vortex no baixo, e nos vocais limpos, que o mesmo executa com maestria. Tudo complementado pela parafernália de Mustis, que encobriu seus teclados com um grande pano negro. A bateria foi bem suprida, embora Nicholas faça falta, assumidamente.
"Blessings Upon the Throne of Tyranny" e "Mourning Palace" fecham o show. A banda se retira do palco, após a despedida já citada acima e muitos se perguntam se apenas 68 minutos de show justificaram os 50 reais do ingresso. Considerando a brutalidade dos rapazes, até que foi suficiente, mas mais alguns minutos não fariam falta. Agora... eu fico me perguntando.... este show teve um público muito reduzido, considerando a fama do Dimmu Borgir pelo Brasil e a quantidade de fãs de black metal pelo estado. Será que a galera amarelou? De qualquer modo, quem foi viu um grande evento, e tomara que venham mais deste porte.
Agradecimentos:
Claro Hall e CIE (Bianca Senna)
Top Link (Paulo Barón)
Nuclear Blast (Rogério e Gerard Werron)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Poucas horas após deixar o Arch Enemy, Alissa White-Gluz lança primeira música de seu álbum solo
Fabio Lione e Angra comunicam fim da parceria
Arch Enemy anuncia a saída da vocalista Alissa White-Gluz
Rick Wakeman passa por cirurgia para implante de válvula no cérebro
A melhor banda de rock de todos os tempos, segundo Bono do U2
Mystic Festival terá cerca de 100 bandas em 4 dias de shows; confira os primeiros nomes
Tobias Forge quer praticar mergulho para tornar uso de máscara no palco menos claustrofóbico
As duas únicas camisas de futebol permitidas nos shows do Oasis em São Paulo
O membro do Angra que contribuiu demais para reunião da formação "Rebirth"
Angra fará show com formação de "Rebirth" no Bangers Open Air 2026
O cara que canta muito, mas Malcolm Young disse que jamais poderia entrar no AC/DC
O cantor que Robert Plant admite que nunca conseguiu igualar
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Ortografia: como deveriam realmente se chamar as bandas?
O disco clássico dos Beatles que influenciou a criação do metal extremo
Lobão coloca dois álbuns de rock nacional obrigatórios junto com Led Zeppelin e Black Sabbath
Dimmu Borgir anuncia que novo álbum de estúdio está pronto
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!



