Irmã abre o baú de Renato Russo em 2004
Fonte: Folha Online
Postado em 28 de dezembro de 2003
MARCELO RUBENS PAIVA
Articulista da Folha de S.Paulo
A autorização da vasta obra de Renato Russo está nas mãos de três pessoas: do pai, Renato Manfredini, da mãe, Maria do Carmo Manfredini, e da irmã, Carmem Tereza Manfredini.
"Atualmente, analisamos os projetos entre nós três e entramos num acordo. O Giuliano [14, filho de Renato] é muito novo para decidir sobre essas coisas", explica Carmem, 41.
Carmem, que também dá aulas de inglês, explica que teve de proibir obras anteriores: "Soubemos por meio da imprensa e de amigos, e a gente embargou".
Segundo ela, sempre pedem autorizações para vários projetos, não apenas peças ou filmes, mas também livros didáticos de português e de religião, que analisam as letras do irmão.
Legião Urbana - Mais Novidades
É ela quem organiza a obra do cantor, com a ajuda da amiga Renata Azambuja, artista plástica.
O baú começa a se abrir em 2004. No Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, haverá exposição com objetos pessoais, manuscritos e fotos inéditas.
"Ele odiava computador, fazia tudo a mão. É legal para ver o processo de trabalho dele. São toneladas de papel. Há coisas interessantes: partes de letras se misturam até chegar a uma versão final. Ele mudava e reaproveitava o material", conta Carmem.
"Dá trabalho ser herdeira e representante de um legado artístico e cultural. É um trabalho de diplomacia: receber pessoas, dar entrevistas, estar em eventos. Mas é prazeroso porque, se não fizermos, a memória reduz", explica.
Quanto ao espetáculo de Fezu Duarte, Carmem conta por que autorizaram: "Havia pessoas amigas envolvidas. Olhamos qual era a da peça, analisamos e achamos bem legal. Parece uma coisa séria. E achei a cara do meu irmão: o cavaleiro solitário lutando contra o mal com um grupo de amigos, e um quê de coisa medieval", diz. "A gente sempre parte desse princípio, o que ele pensaria, se ele gostaria", afirma.
Os Manfredini não sabiam que a fama do filho iria permanecer. Imaginavam que, após a morte, em decorrência da Aids, não falariam mais dele.
"Meus pais foram chamados para inauguração de bibliotecas em escolas públicas com o nome do Renato. Isso não pára. E eles vão, com prazer", diz Carmem.
"Aqui em Brasília, o governo até pensa em mapear os lugares que o Renato frequentava para incentivar o turismo. Já tem duas praças. Numa delas, Eduardo e Mônica, os jovens vão lá, ficam cantando, virou um reduto cultural", diz.
Carmem também surpreenderá em 2004. Vai montar um show e cantar. "Sou uma pessoa insegura, mas já decidi que vou fazer. O problema é definir o repertório."
Se irá cantar músicas do irmão? Sim, provavelmente "Depois do Começo". "Achei que as pessoas iriam pensar que eu estava me aproveitando. Mas disseram que, se eu não fizesse nada do Renato, ficariam revoltadas."
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Inferno Metal Festival anuncia as primeiras 26 bandas da edição de 2026
Os dois maiores bateristas de todos os tempos para Lars Ulrich, do Metallica
Os 5 melhores álbuns do rock nacional, segundo jornalista André Barcinski
A banda de thrash fora do "Big Four" que é a preferida de James Hetfield, vocalista do Metallica
Kirk Hammett cita os fatores que impediram o Exodus de ser maior
Guns N' Roses é anunciado como headliner do Monsters of Rock 2026
A música favorita de todos os tempos de Brian Johnson, vocalista do AC/DC
As músicas do Iron Maiden que Dave Murray não gosta: "Poderia ter soado melhor"
O músico que Neil Young disse ter mudado a história; "ele jogou um coquetel molotov no rock"
A banda brasileira que está seguindo passos de Angra e Sepultura, segundo produtor
A banda que deixou o Rage Against The Machine no chinelo tocando depois deles em festival
Adeus Megadeth! Último disco será lançado no Brasil em janeiro de 2026
O guitarrista do panteão do rock que Lou Reed dizia ser "profundamente sem talento"
Os 16 vocalistas mais icônicos da história do rock, segundo o The Metalverse
Dave Mustaine diz que som da guitarra do Metallica mudou o mundo
"John Lennon tentou reunir os Beatles, mas eu não topei", revela Paul McCartney
O show dos Beatles que acabou em pancadaria entre dois membros em pleno palco
A sensata visão de Marcelo Barbosa sobre a crise entre Edu Falaschi e o Angra


A opinião de Renato Russo sobre uso de homeopatia para dependência química
O show de banda australiana que virou tragédia e matou dois amigos de Renato Russo
O incomum caso de família que fez Renato Russo ter um sobrenome apenas
O elemento em comum entre os nomes Metallica e Legião Urbana, segundo Humberto Gessinger
Como briga por nome Legião Urbana faz jovens se desinteressarem cada vez mais pela banda
Como foi ver Renato Russo do auge até não conseguir mais cantar, segundo Carlos Trilha



