Gleen Hughes comenta carreira e Deep Purple
Por Renato Guedes de Almeida
Fonte: Blog Purpendicular
Postado em 02 de julho de 2006
Na última sexta feira, dia 30 de Junho, Gleen Hughes deu uma entrevista ao Purpendicular (revista eletrônica) onde comentou sobre o Deep Purple e sua carreira. Seguem abaixo algumas de suas declarações.
"Estamos fechando nas próximas semanas um acordo com uma gravadora brasileira pra lançar Songs for the Divine por aí. Já me sondaram pra ir a um festival em outubro, que vai passar pelo Rio. Adoro o Brasil, sou louco por São Paulo, mas infelizmente ainda não conheço o Rio. Vai ser uma boa chance."
"Quando eu entrei no Deep Purple, em 1973, a indústria da música era muito diferente de como é hoje. Era mais simples. Tinha mais a ver com grandes bandas e boa música. Nos últimos 20 anos é que mudou bastante. Pra minha carreira, foi um passo natural saltar do Trapeze para o Deep Purple. O Trapeze era muito popular na América, mas ainda não nos conheciam na Europa."
"Eu entrei no Deep Purple com 21 anos, em junho de 1973. A idéia de ter um dueto de vozes no Deep Purple já andava pela cabeça do Ritchie e do Jon. Desde o começo estavam convidando o Paul Rodgers. Fiquei amigo, individualmente, de todos os colegas da banda."
"Quando eu cheguei na banda, cheguei trazendo elementos de blues. Eu era um dos poucos caras brancos que entendiam a música dos cantores negros. Eu e o Bolin conhecíamos a fórmula secreta pra misturar o rock com o funk. Todo mundo curtiu, no começo. Especialmente depois da entrada do Bolin, a gente começou a aprofundar isso."
"O Ritchie é um cara mais difícil, mas até aí todos os grandes guitarristas são difíceis. O Jimmy Page é difícil, o Jeff Beck é. Todos são. O Tony Iommi é mais tranqüilo, mas é exceção."
"Tommy Bolin era uma figuraça. Gente boa, crianção... só que ele tinha aquele problema muito sério com a heroína. Em 1975, eu comecei a pegar pesado com as drogas. Cocaína, Heroína... nessa época o Bolin já estava começando a experimentar com morfina."
"Quando o cara é famoso, vive cercado de gente oferecendo drogas, bebida, carros, aviões, mulher. Tudo de graça. Infelizmente, eu era muito jovem, não estava preparado pra tudo isso. Não queria ficar viciado, mas infelizmente depois que a coisa começa o cara fica querendo mais. A coisa foi mais pesada comigo e com o Bolin. Não digo que os outros não viessem junto, mas eles eram mais da bebida. Eu nunca fui de beber, mas acabei pegando pesado com a cocaína. As drogas são uma merda, fodem a vida do cara. Eu estou há 15 anos lutando com elas."
"O que acabou com o Deep Purple, há 30 anos, foi uma combinação de sexo, drogas e rock’n’roll. Rolava muita doideira. Tinha troca de mulheres, muita droga e o negócio de a música ir numa direção diferente."
"Agora em agosto ou setembro, devo ir a um estúdio pra ouvir as fitas dos ensaios de Stormbringer pro disco novo. Infelizmente, parece que não sobraram músicas extras. Mas eu vou vasculhar tudo aquilo, todas aquelas fitas dos ensaios. Devo achar alguma coisa nova e diferente. Mas o disco ainda vai demorar um pouco, talvez só saia em janeiro."
"Diga aos fãs brasileiros que eu vou adorar voltar lá pra cantar minhas músicas. Adoro o país e sua musicalidade."
A entrevista foi feita por Marcelo Soares.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Cinco grandes bandas de heavy metal que passarão pelo Brasil em 2026
O New York Times escolheu: a melhor música do ano de 2025 é de uma banda de metal
System of a Down volta à América Latina em maio de 2026
O que James Hetfield realmente pensa sobre o Megadeth; "uma bagunça triangulada"
Guns N' Roses confirma local do show em Porto Alegre ano que vem
O músico a quem Eric Clapton devia desculpas e foi ao show para fazer as pazes
Nile confirma retorno ao Brasil em março de 2026 com três apresentações
A mensagem curta e simbólica sobre o Sepultura que Iggor Cavalera compartilhou no Instagram
O clássico do Guns N' Roses que Regis Tadeu detesta: "Muito legal, nota três"
Após aposentadoria, David Coverdale anuncia saída das redes sociais
Como Cliff Burton ajudou a moldar o Faith No More - mesmo sem nunca ter tocado na banda
Como Eric Clapton inspirou Steve Morse a se reinventar após perdas pessoais e limites físicos
Garotos Podres são indiciados e interrogados na polícia por conta de "Papai Noel Velho Batuta"
Frase de Fabio Lione provoca burburinho e fãs veem indireta sobre insatisfação no Angra
Alírio Netto viver na Europa, como Fabio Lione, será problema para o Angra? Ele responde
As duas músicas "muito difíceis" que o Metallica evita tocar ao vivo
Todas as músicas do Iron Maiden, da pior para a melhor, segundo o Loudwire


O músico "complicado" com quem Ronnie James Dio teve que trabalhar; "uma pessoa realmente ruim"
O que Ritchie Blackmore pensa sobre Jimmy Page como músico; "um guitarrista estranho"
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
O improviso do Deep Purple após noite inteira de farra que virou canção clássica
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
Os dois guitarristas que são melhores que Ritchie Blackmore, de acordo com Glenn Hughes
Glenn Hughes celebra 28 anos de sobriedade; "Pela graça de Deus, estou vivendo uma vida limpa"
Os quatro clássicos pesados que já encheram o saco (mas merecem segunda chance)
VH1: 100 melhores músicas de hard rock de todos os tempos
Total Guitar: os 20 melhores riffs de guitarra da história



