Ian Gillan diz que Blackmore é um pé no saco e manda reunião para o espaço
Por Mateus Ribeiro
Postado em 24 de novembro de 2022
O lendário músico inglês Ian Gillan, vocalista da banda Deep Purple, recentemente concedeu entrevista à rádio espanhola RockFM. Durante a conversa, que foi ao ar dia 21 de novembro, o cantor e compositor falou sobre a chance do Deep Purple se reunir com o guitarrista Ritchie Blackmore.
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Considerado um dos guitarristas mais influentes da música pesada, Blackmore foi um dos fundadores do Deep Purple e saiu da banda definitivamente em 1993 (ele já havia abandonado o grupo na década de 1970). E no que depender de Gillan, dificilmente o temperamental guitarrista voltará para a banda que ele fundou, como pode ser conferido em transcrição publicada pelo Blabbermouth.
"Algo mudou em Ritchie
Embora tenha boas lembranças de seu ex-companheiro, Gillan mencionou que a relação ficou diferente na segunda passagem de Blackmore pelo Deep Purple.
"Olha, o Deep Purple é uma família que está junta antes de eu entrar. Em 68, era Ritchie Blackmore, Jon Lord, Ian Paice, Nick Simper e Rod Evans. Roger Glover e eu nos juntamos em 69. Nos períodos intermediários, houve David Coverdale e Glenn Hughes e alguns outros caras. E então, quando crescemos, quando nos acomodamos e a química humana estava bem , estávamos nos dando bem. Tivemos a reunião com ‘Perfect Strangers’ [disco lançado em 1984], mas tudo foi um pouco diferente. Ritchie era diferente, e acho que todos nós éramos. Ritchie costumava ser meu colega de quarto no Deep Purple. Nós costumávamos festejar juntos. E eu não gosto de pensar no lado negativo. Eu só tenho muitas memórias fantásticas de Ritchie como um grande guitarrista, com um senso de humor perverso".

"Ou ele ou eu"
Na sequência, Gillan relembrou a sua segunda saída da banda, que ocorreu em 1989. Na ocasião, ele foi substituído por Joe Lynn Turner. Mas anos depois, Gillan voltou ao Purple, o que não agradou Blackmore.
"Mas algo mudou em Ritchie quando voltamos a ficar juntos, e todos nós mudamos, a química humana não era exatamente a mesma. Então, ficou difícil. E no final, havia esse antagonismo. Eu fui demitido da banda porque queria fazer mais turnês, e Ritchie queria fazer menos turnês. Nós tivemos uma reunião um dia e eu disse: ‘Por que não vamos para a América do Sul? Por que não vamos para a Rússia? Por que não tocamos por todo o mundo? Somos uma banda que toca ao vivo’. Então, no dia seguinte, Ritchie foi até a gerência e disse: ‘Bem, ou ele ou eu’. Eles optaram por ele. Tudo bem.
Eles [Deep Purple] gravaram com outro cantor, não consigo lembrar o nome dele. A gravadora disse: ‘Ou você traz Ian de volta para a banda ou vamos rescindir o contrato’. Então eu voltei para o Deep Purple e Ritchie enlouqueceu. Ele não gostou. Então, eventualmente, ele saiu.
Então, em termos normais, em uma família ou algo assim, porque somos uma família, você pensaria que é como um divórcio ou algo parecido. Ele saiu; ele se foi. Mas ele queria manter o controle da banda depois de ter saído. Ele tem sido um pé no saco desde então [Risos]. Mas estamos nos dando muito melhor ultimamente. Acho que o empresário dele tem muito a ver com isso, com o problema que existe".
"Não há amor ali"
No fim das contas, Gillan deixou claro que um retorno de Blackmore ao Deep Purple é improvável e que a reunião aconteceria apenas por dinheiro.
"Acho que a ideia de uma convocação para uma grande reunião ou algo assim seria totalmente desrespeitoso com a formação atual. Seria horrível. A atmosfera seria terrível. Seria artificial. Seria apenas pelo dinheiro e nada mais. Porque não há amor ali. Não há afinidade (...).
Eu poderia continuar por muito tempo, mas a resposta simples é não. É como se fosse a ex-mulher. Não queremos voltar a ficar juntos", finalizou Gillan.
A formação atual do Deep Purple conta com Ian Gillan (vocal), Simon McBride (guitarra), Roger Glover (baixo), Ian Paice (bateria) e Don Airey (teclado). O trabalho mais recente da banda é o álbum de covers "Turning To Crime", lançado em 2021.
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