Som de Peso: os 40 anos de "Heroes", do David Bowie
Por Bruce William
Postado em 14 de outubro de 2017
Hoje comemoramos 40 anos do lançamento de Heroes, um dos melhores e mais conhecidos álbuns da carreira de David Bowie. Assista e descubra tudo sobre o segundo disco da Trilogia de Berlim, feita em parceria com Brian Eno.
"Heroes" é um álbum de David Bowie, lançado em 1977. Segundo disco de sua "Trilogia de Berlim", com Brian Eno, "Heroes" desenvolveu o som de Low em uma direção mais positiva. Dos três álbuns, é o mais condizente com a denominação "de Berlim", sendo o único inteiramente gravado lá.
Gravado no Hansa Tonstudio, na Berlim Ocidental, "Heroes" reflete o zeitgeist da Guerra Fria, simbolizada pela cidade dividida. O coprodutor Tony Visconti o considerou "uma das minhas últimas grandes aventuras na criação de álbuns. O estúdio ficava a cerca de 500 jardas [457 metros] do muro. Guardas da Volkspolizei ficavam olhando a janela da nossa sala de controle com com binóculos poderosos". David Bowie novamente prestou homenagens à suas influências de Krautrock: o título faz uma referência à faixa "Hero" no álbum Neu!75 da banda alemã Neu! - cujo guitarrista, Michael Rother, fora originalmente escalado para tocar no álbum - enquanto "V-2 Schneider" foi inspirada por Florian Schneider, do Kraftwerk. Em 1977, Kraftwerk mencionara Bowie na faixa-título de Trans-Europa Express.
Brian Eno chamou Robert Fripp e o convidou para tocar a guitarra no álbum. Fripp, que se considerara aposentado da música, disse: "Bem, não sei, porque não toco há três anos, mas se você está preparado para arriscar, então também estou." Ao chegar no estúdio, cansado por causa do seu voo de vinda, ele tocou na faixa "Beauty and the Beast" e a primeira gravação foi usada no versão final da canção.
Apesar de "Heroes" ter continuado a exploração de Bowie da música ambiente e ter incluído instrumentais obscuros e atmosféricos como "Sense of Doubt" e "Neuköln", o álbum foi visto como uma expressão artística altamente positiva e apaixonada, particularmente após o melancólico Low. A letra de "Joe the Lion", escrita e gravada no microfone "em menos de uma hora", segundo Visconti, simboliza o caráter improvisador do disco (via wikipedia).
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