Kiss: Gene dá explicação diferente para volta após primeira turnê de despedida
Por Igor Miranda
Fonte: Los Angeles Times
Postado em 07 de fevereiro de 2019
O vocalista e baixista Gene Simmons falou, em entrevista ao Los Angeles Times, sobre o fato do Kiss estar em sua segunda turnê de despedida. A "End Of The Road" promete concluir as atividades da banda, após um giro mundial que deve durar por volta de três anos.
No início do século, porém, o Kiss realizou a "Farewell Tour", ainda durante a reunião de sua formação original, sob o mesmo pretexto: realizar uma excursão derradeira antes de "pendurar as botas de plataforma". Ao fim da tour, entre 2003 e 2004, eles mudaram de ideia e decidiram seguir - primeiramente, com o guitarrista Tommy Thayer e, depois, com o baterista Eric Singer, que já havia integrado o grupo na década de 1990.
Simmons manteve parte da explicação repetida ao longo dos anos - de que a culpa de toda a situação era do guitarrista Ace Frehley e do baterista Peter Criss, que haviam retornado à banda em 1996. "Teve a ver com nossos dois integrantes originais que, de novo, chegaram ao fim da linha. Cada um deles esteve dentro e fora da banda por três vezes diferentes. Nós os amamos enquanto pessoas, mas nem todo mundo foi feito para se apresentar em longo prazo", afirmou.
Em seguida, Gene apresentou uma variável diferente para sua explicação: os fãs. "Nós pensávamos que não dava para seguir com o Kiss sem Ace e Peter, mas os fãs perguntavam: 'por que não?'. Nós vimos outras bandas que estavam com vidas muito saudáveis e continuaram. Então, muitas dessas regras são autoimpostas e, no fim das contas, nos ajoelhamos diante de nossos chefes, que são os fãs", disse.
Curiosamente, a versão de Gene Simmons não se enquadra tão bem com a trajetória do Kiss, já que Ace Frehley e Peter Criss deixaram a formação no início da década de 1980 e, mesmo assim, a banda permaneceu na ativa. Músicos como os guitarristas Vinnie Vincent, Mark St. John e Bruce Kulick e o baterista Eric Carr, além do já citado Eric Singer, ocuparam, ao longo dos anos, as duas vagas deixadas.
Em entrevista anterior à Rolling Stone, o vocalista e guitarrista Paul Stanley também explicou por que o Kiss decidiu continuar após a "Farewell Tour". "A turnê de despedida foi no fim do tempo em que trouxemos de volta dois integrantes originais (Ace Frehley e Peter Criss) e foi um trabalho tão penoso, difícil e infeliz que parecia algo como: 'vamos parar por aqui'. Após a turnê acabar, não demorou muito para que eu percebesse que não queria dizer adeus à banda. Eu queria dizer adeus a dois membros", afirmou, na ocasião.
Histórico do falso fim
Em 2000, após duas turnês com a reunida formação original - composta por Paul Stanley, Gene Simmons Ace Frehley e Peter Criss -, o Kiss anunciou que encerraria suas atividades, mas, antes, realizariam a "Farewell Tour". A excursão rodou pela América do Norte em 2000.
O contrato do baterista Peter Criss se encerrava após o último show de 2000, mas foram marcadas datas em 2001, na Ásia e na Austrália. Não foi possível renovar com Criss, então, Eric Singer assumiu o posto para essas datas específicas.
Em 2002, já sem Ace Frehley, mas com Peter Criss de volta, a banda anunciou que não se aposentaria. No ano seguinte, foi realizada a "World Domination Tour", com o guitarrista Tommy Thayer no posto de Ace Frehley.
O contrato de Peter Criss, novamente, não foi renovado e ele deixou o Kiss em definitivo. Em 2004, o grupo voltou com Eric Singer, além de Tommy Thayer.
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