O nobre motivo que fez Fernanda Lira mudar de opinião sobre termo "banda de mulheres"
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de abril de 2022
Dentro do heavy metal existem diversos subgêneros, como power, thrash e black metal. Porém, em muitos casos, quando se trata de uma banda com vocal feminino, não é raro encontrar o termo "female fronted metal" ou "banda de mulheres" para se referir.
Em entrevista ao podcast Bate Cabeça, da Roadie Crew, Fernanda Lira, da Crypta, explicou seu ponto de vista sobre o termo e comentou o motivo pelo qual mudou de opinião sobre ser chamada de "banda de mulheres".
"Sempre gostei de bandas de rock e metal com mulheres na formação. Dá para ser roqueiro doido sendo mina! Por muito tempo, me incomodei com essa coisa de falar que é ‘female fronted’. Não precisava dizer ‘banda de mulheres’. Simplesmente ‘banda’ estaria bom. Não achava necessário. Hoje, minha opinião é outra. Depois de dez anos tocando profissionalmente, vejo que existem coisas muito específicas que você só passa quando é uma mulher na cena. Por exemplo, ser barrada no próprio camarim, porque acham que você está com a banda e não que você é a banda. Isso os homens não passam. Outra coisa é subir no palco e vir uns caras ensinar onde era o botão de volume. Achavam que não sabíamos. Gente que vem tirar foto e pega na bunda. Tenho que ensinar que se fosse o Kerry King ele não ia pegar na bunda dele. Hoje, tenho orgulho, quero que fale que é uma banda só de minas. Para mim, isso representa uma luta. É uma bandeira que carrego", disse.
Confira a entrevista completa aqui.
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