Roger Waters x David Gilmour; Nick Mason revelou quem foi o culpado da treta
Por Bruce William
Postado em 19 de abril de 2022
Nos primeiros dias do mês de abril de 2022 tivemos o lançamento de uma canção inédita creditada ao Pink Floyd, trazendo o guitarrista David Gilmour e o baterista Nick Mason, além do baixista Guy Pratt e do tecladista Nitin Sawhney. Juntos, eles fizeram um arranjo instrumental que serviu de base para os vocais de Andriy Khlyvnyuk, da banda ucraniana Boombox. Andriy cantou uma versão a capella de "The Red Viburnum In The Meadow", canção de protesto ucraniana datada da Primeira Guerra Mundial.
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No decorrer de sua longa trajetória, o Pink Floyd contou com cinco integrantes que passaram para a história como os músicos que consolidaram a banda: o baterista Nick Mason, o baixista e vocalista Roger Waters, o vocalista e guitarrista David Gilmour, o tecladista e vocalista Richard Wright e o guitarrista e vocalista Syd Barrett, os dois últimos já falecidos, portanto ainda temos três integrantes vivos e ativos como músicos. Mas, como vimos, somente dois deles (Gilmours e Mason) participaram da canção inédita, e conforme explicou Regis Tadeu, foi necessária a autorização de Roger Waters para que ela fosse lançada sob o nome Pink Floyd, ou seja, ele ainda possui poder dentro da banda, embora ele tenha saído em 1985.
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Sendo assim, porque ele também não participou de "Hey Hey Rise Up"? Esta é a pergunta que não quer calar, ainda mais que a música saiu sob o nome da banda para tentar angariar mais pessoas para a causa ucraniana, conforme revelou Gilmour em entrevista.
"É uma coisa muito estranha, na minha opinião", disse Nick Mason durante entrevista com a Rolling Stone em dezembro de 2018. "Mas penso que o problema é que Roger não respeita de fato o David. Para Roger, escrever é tudo, e tocar guitarra e cantar são coisas que... não que qualquer um possa fazer, mas digamos que tudo deva ser julgado pela escrita e não pela forma de tocar", explica o baterista.
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Mason também acha que a decisão de Gilmour de continuar com o nome Pink Floyd depois da saída de Waters ainda gera discórdia entre eles. "Acho que o Roger cometeu um tipo de erro ao deixar a banda assumindo que sem ele a banda desistiria", diz Nick. "É uma irritação constante que ele sempre volte a esse assunto. Temo ficar preso nisso, pois é algo entre eles, eu estou fora. Na verdade me dou bem com os dois, acho decepcionante que dois cavalheiros bastante idosos ainda estejam tretados", diz o baterista.
A relação entre Waters e Gilmour despencou ladeira abaixo nos vinte anos após o Pink Floyd seguir em frente sem Waters, mas em 2005 eles deixaram suas diferenças de lado para uma reunião triunfante no Live 8. Embora isto não tenha levado a uma reunião do Floyd, no verão de 2010 eles tocaram um alegre mini-set juntos em um evento beneficente do Reino Unido para crianças palestinas. No ano seguinte, Gilmour tocou "Comfortably Numb" com Waters no 02 Arena e depois apareceu com Mason para o bis final.
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Mas eles não fizeram nenhuma aparição pública juntos nos últimos sete anos, e quando Gilmour lançou o álbum de 2014 do Floyd, "The Endless River", como uma homenagem ao falecido Richard Wright, ele nem considerou convidar Waters para participar. "Por que diabos alguém pensa que o que fazemos agora teria algo a ver com ele é um mistério para mim", disse Gilmour à Rolling Stone. "Roger estava cansado de estar em um grupo pop. Ele está muito acostumado a ser o único que manda em sua carreira. O simples pensamento de entrar em algo que tem alguma forma de democracia deixa ele confuso. Além disso, eu estava na casa dos trinta quando Roger deixou o grupo e estou com 68 agora, então tudo aconteceu há mais de meia vida de distância, nós realmente não temos mais tanto em comum", desabafa o músico.
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