Dream Theater: a diferença entre show solo em SP e no Rock in Rio, segundo LaBrie
Por Igor Miranda
Postado em 21 de julho de 2022
O Dream Theater vem ao Brasil para dois shows em circunstâncias diferentes. O primeiro, em São Paulo, acontece dia 31 de agosto no Pavilhão Pacaembu. O segundo, no Rio de Janeiro, será em 2 de setembro no festival Rock in Rio.
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Ainda que uma multidão esteja prevista para a apresentação em São Paulo, o espaço é consideravelmente menor que a Cidade do Rock do evento carioca: o Pavilhão Pacaembu comporta até 9 mil fãs. Além disso, em território paulista, o grupo de metal progressivo será a única atração da noite – diferentemente do festival que rola dois dias depois, onde os caras dividem palco com Iron Maiden, Gojira, Sepultura, Bullet For My Valentine, entre outros.
Inevitavelmente, SP terá uma performance mais intimista e próxima dos fãs. Mas em entrevista ao canal IgorMiranda.com.br no YouTube (vídeo completo na sequência), o vocalista James LaBrie trouxe reflexões mais pontuais a respeito da diferença entre tocar em um festival tão grande e realizar um show solo.
"É preciso considerar que quando se está num festival grande, com várias bandas, haverá fãs que não necessariamente sabem quem você é. Podem ter ouvido falar de nós, ‘ah sim, sim, já ouvi falar desse tal de Dream Theater’, mas nunca pararam para ouvir nossas músicas, e então estão ouvindo-as pela primeira vez ao ver a banda pessoalmente. É algo que se deve levar em consideração e fazer o melhor em relação a isso", afirmou, inicialmente.
A preocupação com o repertório é uma constante para o Dream Theater em ocasiões de festivais. "Estamos sempre pensando ‘ok, vamos tocar essa música e essa outra e aquela’ no festival, para pessoas que nunca nos ouviram antes, então há uma boa chance de elas irem embora pensando ‘uau, isso foi realmente legal, quero ouvir mais’. E então elas entram na internet e ouvem mais coisas que oferecemos em nossos muitos álbuns. É isso que você busca, você quer passar uma primeira impressão realmente forte, algo que se espera que seja muito bom para cada um ali que ainda não tenha se familiarizado com a banda. Esse é o objetivo", declarou.
Em apresentações solo, o contexto se altera. "Quando você está tocando em um show só seu, todos que estão lá são seus fãs – claro que também tem os que levam um amigo, a namorada, a esposa, o marido, o irmão, a irmã, etc. para ver a banda pela primeira vez. Sabe como é: ‘não, você tem que ir ver essa banda’, e aí eles chegam em casa dizendo ‘p#ta m#rda, cara, não sabia o que esperar, mas uau!’, ‘gostei deles, virei fã, vou pesquisar mais sobre eles’", disse.
Tempo, sempre valioso para o Dream Theater
Brincadeiras sobre duração das músicas do Dream Theater à parte, James LaBrie deixou claro que o tempo de show também é uma variável importante a se considerar quando um show é realizado em ambiente solo ou em festival. "Quando você faz um show só seu, você tem mais tempo para tocar. Em festivais, todo mundo fica meio apertado de tempo. Chegamos a um patamar onde, na maioria dos festivais em que tocamos, nossos sets têm no mínimo 75 minutos, entre isso e uma hora e meia. Algumas bandas tocam só por meia hora, o que certamente deve passar bem rápido pra eles", comentou.
Por fim, ele destacou: "Acho que podemos dizer também que, quando somos headliners em festivais, não precisamos nos preocupar muito com tempo de palco, embora não toquemos um set tão extenso como se fosse em um show só nosso – o que, na verdade, seria um exagero para qualquer festival".
Assista à entrevista completa com James LaBrie (com legendas em português) no player de vídeo a seguir.
Rock in Rio 2022
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