Robert Fripp: "Você tem que praticar pra c*ralho, e a p*rra do tempo todo!"
Por André Garcia
Postado em 02 de novembro de 2022
Robert Fripp está longe de ser um dos nomes mais conhecidos do rock, mas à frente do King Crimson construiu uma das mais respeitadas carreiras. Conhecido por fazer shows tocando guitarra sentado numa cadeira desde o final dos anos 60, ele se especializou em misturar música clássica, jazz e experimentalismo como um cientista musical.
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Após debutar no emergente rock progressivo com a obra-prima "The Court of the Crimson King" (1969), fez sucesso na década seguinte com trabalhos como "Starless and Bible Back" e "Red"(ambos de 1974). Após um hiato, ressurgiu na década de 80 com uma sonoridade totalmente diferente, influenciada por new wave e world music.
Quem nasceu no século XXI talvez conheça Robert Fripp por seus divertidos e inusitados vídeos com sua esposa, Toyah Willcox. Entretanto, se trata de um artista que, além de perfeccionista, coloca a música em primeiro lugar em sua vida, e se dedica a ela com fervorosa devoção.
Em entrevista para a Telegraph, o guitarrista revelou que inicia seu dia com um banho frio, apenas para exercitar sua determinação: "Seu corpo não quer entrar na ducha fria, então você está dizendo para ele 'Siga minhas ordens'." Ao ser perguntado sobre seu perfeccionismo e a necessidade de praticar, ele se comparou a um atleta olímpico.
"Você pediria a um atleta olímpico para não praticar? As guitarras do King Crimson são uma modalidade olímpica do rock — elas são fenomenalmente difíceis, e requerem de duas a quatro horas por dia de exercícios. Então, em resposta à sua pergunta... Se é necessário praticar tanto? É claro. Você tem que praticar pra c*ralho e a p*rra do tempo todo!"
"Se seu objetivo primário é servir à música, tudo segue essa direção. Como dizer a um músico que ele tem um ponto fraco? Que sua arrogância está tão enraizada que o impede de desenvolver sua música? Bem, ao longo dos anos, empreguei diferentes técnicas: dar uns toques, deixar estampado, e, uma ocasião ou outra, um chute."
"Perfeição não é meu objetivo. Perfeição é intangível, mas podemos almejar servir à perfeição. Lidar com figuras que priorizam seus interesses pessoais [em relação] ao que é possível [realizar] — é de partir o coração. É como chegar na hora da Eucaristia, e alguém vai e mija no altar."
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