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Summer Breeze B

Jimmy Page comenta como era capturar a sonoridade de John Bonham

Por André Garcia
Postado em 25 de dezembro de 2022

Quando se pensa no som do Led Zeppelin, logo se pensa nos vocais agudos de Robert Plant, os riffs matadores e solos incendiários de Jimmy Page e a trovejante bateria de John Bonham. Como produtor de toda a discografia da banda, uma das principais tarefas de Page era capturar o grandioso som da bateria de Bonham.

Foto: Site Oficial Led Zeppelin
Foto: Site Oficial Led Zeppelin

Bruce Dickinson

Em entrevista para a Rolling Stone em 2020, entre outras coisas, o guitar hero falou sobre esse assunto.

Rolling Stone: Você prestava atenção ao som ambiente dos discos que ouvia para inspirar o que você fez ao produzir a bateria de John Bonham?

Jimmy Page: É mais difícil com bateria. Eu toquei com os maiores bateristas do universo dos músicos de estúdio — eles tinham a nata. Eu via como eles usavam aqueles ótimos bateristas, que tinham uma grande acústica em seu som, naquelas cabines isoladas. Agora você não consegue mais imaginar eles sem ser por trás do acrílico.

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Você não conseguia ouvir eles, porque tentavam silenciar todos os instrumentos. Quando você ouvia a gravação, os bateristas pareciam tão decepcionados, porque eles tocavam com o coração, e ficava soando como se estivessem dentro de uma mala. Todos os harmônicos da bateria eram sugados, com tudo sendo colocado no mudo, o som sofria. Aquilo perdia todo o lance de um instrumento acústico.

Eu aprendi aquilo muito cedo, e, quando ouvi John Bonham, instintivamente sabia o que fazer: botar um microfone em cima dele, para captar todos aqueles harmônicos saindo da bateria, porque ele sabia afinar a bateria. Na verdade, as baterias dele eram afinadas no tom das faixas. Mas foi assim que era ter distância, fazer profundidade com os microfones.

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Rolling Stone: Realmente, dá para ouvir o efeito da sala na bateria dele em músicas como "When the Levee Breaks".

Jimmy Page: Quando estávamos no Headley [Grange Studios, uma construção do final do século XVIII], nós começamos gravando na sala de estar, até que chegou uma segunda bateria. A gente não viu, mas ela estava montada em um salão principal. Quando John Bonham começou a tocar, foi uma reverberação… Ficava escadaria acima, uns três andares: degraus de madeira, piso ladrilhado — as superfícies reflexivas eram magníficas. Então toda a bateria estava meio que literalmente cantando naquele vácuo enorme. Eu ouvi aquela bateria e sabia exatamente o que fazer.

Nós gravamos "When the Levee Breaks", que foi algo que fizemos em um estúdio chamado If It Keeps on Raining [se continuar chovendo], e não soava nada como aquilo. Mas eu simplesmente sabia, conseguia ouvir na minha cabeça o que estávamos lá para fazer, como ficaria o som da bateria com aquela reverberação de lá.

Led Zeppelin

Após a separação do Yardbirds em 1968, coube ao guitarrista Jimmy Page cumprir o restante da agenda de shows acompanhado de outros músicos como The New Yardbirds. Os escolhidos para a missão foram Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham, e o resultado ficou tão bom que foi unânime a decisão de dar continuidade àquilo com o nome Led Zeppelin.

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Já em seus primeiros álbuns, se tornou uma das maiores bandas do planeta com seu blues, não só pesado como enriquecido com referências musicais das mais diversas. Após chegar à estratosfera com "Led Zeppelin IV" e hits como "Stairway to Heaven", nos trabalhos seguintes embarcou em uma sonoridade mais experimental e progressiva, usando e abusando de elementos de estúdio. Fase essa que chegou ao auge no álbum duplo "Physical Graffiti" (1975).

A partir dali, por outro lado, a banda começou a sofrer com os desgastes entre seus integrantes. Para piorar, Robert Plant passou por problemas de saúde e tragédias pessoais, como a morte de seu filho Karac, de apenas cinco anos. E isso ao mesmo tempo que Jimmy Page, conforme afundava no alcoolismo, não conseguia mais repetir ao vivo as performances do começo da década.

Bruce Dickinson

A história do Led Zeppelin foi repentina e tragicamente encerrada em 1980 com a morte do baterista John Bonham, após tomar dezenas de doses de whisky. Apesar de reuniões esporádicas com bateristas como Phil Collins e Jason Bonham — filho de Bonzo — jamais produziu novo material.

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Sobre André Garcia

Sou redator e tradutor freelancer e escritor, autor do livro de contos Liber IMP. Ouço rock desde pequeno, leio coisas sobre bandas desde sempre e escrevo sobre ela já tem anos. Cresci como fã de Iron Maiden e paladino do rock, mas já me tratei. Hoje sou fã de nomes como Beatles, David Bowie, The Cure, Kraftwerk e Velvet Underground, e de cenas como a Londres psicodélica, a Nova Iorque proto-punk e a Manchester pós-punk. Escrevo notas e notícias rápidas para o Whiplash.Net visando compartilhar conteúdo relevante sobre música e cultura pop.
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