A descrição de Jimi Hendrix de seu processo criativo em 1968
Por André Garcia
Postado em 15 de março de 2023
Em 1966, Jimi Hendrix partiu dos Estados Unidos como um anônimo e desembarcou em Londres, onde já em seu primeiro show se tornou uma sensação. Em questão de meses, ele já era considerado um dos maiores, mais influentes e originais guitarristas de todos os tempos, eclipsando guitar heroes britânicos como Eric Clapton, Pete Townshend e Jeff Beck.
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Em 1968, Hendrix deu uma entrevista para a Guitar Player onde, entre outras coisas, comentou como era seu processo criativo na banda.
"Em algumas músicas, você ouve o conflito e a pompa, mas o que fazemos é gravar as faixas de guitarra e, em seguida, adicionamos eco aqui e ali. Não estamos adicionando coisas eletrônicas falsas. Usamos a mesma coisa que qualquer outra pessoa, mas usamos com imaginação e bom senso. Em 'House Burning Down', por exemplo, fizemos a guitarra soar como se estivesse pegando fogo! A música está constantemente mudando de dimensão e, no topo, a guitarra atravessa tudo."
"Grande parte dos nossos ensaios é pensando nisso. Eles [Mitch Mitchell e Noel Redding] ouvem a melodia que tenho e a jogam em suas mentes e imaginam o braço da guitarra. Aí então vamos para o estúdio e eu dou a eles uma ideia geral, talvez Mitch e eu gravemos uma faixa completamente sozinhos e depois adicionemos o restante."
"Às vezes, se eu tenho uma nova música, ou se os caras querem tirar uma folga, ou algo assim, vou ao estúdio sozinho fazer uma gravação simples, com uma ideia geral de bateria, guitarra, baixo e vocal. Outras vezes, eu entro no estúdio tocando guitarra freneticamente, cantando e digo que é uma música nova. Tentamos colocar nossa própria personalidade em cada música que tocamos, não importa qual seja. Eu escrevo músicas para liberar a frustração. Às vezes gosto de tocar solos para me expressar, mas a maneira como toco é crua e natural, sai naturalmente para mim."
"A música está ficando cada vez melhor, mas a ideia agora não é ser o mais complicado possível, mas sim colocar o máximo de si mesmo nela. A música tem que ir a lugares. Vamos extrair o máximo do que sentimos como um grupo de três pessoas, mas as coisas acontecem naturalmente."
Em 1968 Jimi Hendrix lançou seu terceiro (e último) álbum de estúdio, "Electric Ladyland", um verdadeiro divisor de águas na história do rock. Com mais de dois milhões de cópias vendidas, foi um grande sucesso comercial, e ainda foi aclamado pela crítica por sua inovadora mistura de estilos musicais.
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